“The Politician”
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Drama, adolescentes, musicas… Jessica Lange e Gwyneth Paltrow.
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“The Politician” é a nova série do trio… Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan, e a primeira deles para o serviço de streaming Netflix. Quem conhece bem o trio, sabe que eles nos trouxeram a maravilhosa “Glee” (uma das minhas séries favoritas), que tinha como cenário adolescentes, musicas e drama.
Aqui temos uma nova série de comédia e drama, mas agora focada nos bastidores da política estudantil - e futuramente a própria política; De começo temos como cenário o ensino médio de uma escola de elite, em meio ao séc. XXI, com adolescentes trazendo assuntos ao grande ecrã que ecoam muita, mais muita atenção!
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A trama a lá “Glee” traz um ambicioso adolescente, Payton (incrivelmente vivido por Ben Platt), que quer um dia ser o presidente dos EUA; ambição é o ponto chave, mas seus passos para chegar lá, percorreram os corredores da sua escola (de elite), onde ele está no último ano do ensino médio, e que é onde ele se elege para presidente do corpo dos estudantes.
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Um presidente, precisa de um bom vice, e para chamar a atenção, e ganhar os seus eleitores, ele convida uma garota com câncer, Infinity (maravilhosamente vivida por Zoey Deutch); que é criada por sua vó muito protetora Dusty (excepcionalmente vivida por Jessica Lange), que vê nessa parceria, alguns benefícios para ela e sua neta, já que o rapaz, tem uma família rica.
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Daí para frente o acompanhamos numa trama bem engraçada e de crescimento; ao lado dele, Alice (Julia Schlaepfer), McAfee (Laura Dreyfuss) e Theo (James Sullivan), que são seus “minions”.
O grupo é um aceno a lá “Meninas Malvadas”, que Murphy fez sua própria versão - mais satirizada que nunca; com a série “Scream Queens”. Concorrendo contra o rapaz, temos a primeira vista, uma adolescente rica, e um pouco sem sal... Astrid (maravilhosamente vivida por Lucy Boynton).
Na série temos suspense, comédia e drama, tudo ao seu ponto. Logo nos primeiros episódios vemos que assuntos como sexualidade, depressão e suicídio, que são o que a série quer mostrar além de sua trama - o trio sabe muito bem lidar com esses assuntos. É decorrente refletir a atual situação política do país. Há um episódio que o personagem de Payton é direto ao quesito do porte de arma, ele é contrário ao uso, e ele ainda debate sobre o assunto, onde usa de um acontecimento, ligando as escolas e as lojas de armas; enfim uma baita reflexão, para não dizer crítica. Há eu amei a abertura, onde vemos como no caso do personagem, como é moldado e criado um político - no caso, o Payton; com a música ‘Chicago’ do Sufjan Stevens.
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Um dos melhores episódios, é o quinto, intitulado “The Voter”, somos imerso a um episódio que parece não pertencer a série, os personagens principais não tem os holofotes aqui, somos guiados por um personagem (vivido por Russell Posner) que representa os eleitores indecisos, e o peso que eles têm nas votações - mesmo que aqui seja uma estudantil. Brennan fez um ótimo trabalho na direção do episódio.
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A personagem Georgina, que é mãe de Payton, é uma ricaça excêntrica, mas de boa índole, apesar de saber que seu filho tem uma baita ambição, mas ela é a seu favor. Um dos melhores personagens da série, Gwyneth Paltrow está excepcional no papel; a química dela com Platt é de brilhar os olhos. Platt entrega uma absurda atuação, ele carrega todo o apreço de ser o principal, e de ser um garoto ambicioso, que está disposto a usar tudo o que tem a seu favor, isso só de começo, por uma eleição estudantil. Os momentos que ele canta são soberbos, sua interpretação de ‘River’ da Joni Mitchell, me tirou lágrimas.
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O universo da série traz todo o brilho e representatividade que Murphy, Falchuk e Brennan trouxeram e contribuíram para com a televisão na última década. As referências e fontes, vem por vezes das outras séries criadas por esses caras.
A representatividade não vem só pelos personagens lgbtqia+, que ganham destaque aqui também, como vem também através dos atores, Platt é assumidamente homossexual, assim com Murphy, outro reflexo aqui, é a comunidade trans, diretamente com o personagem de Theo, que é vivido pelo ator trans Sullivan, e o caso se aplica também para a diretora trans, Janet Mock, que dirige um episódio aqui, e que dirigiu episódios da série “Pose” (que traz um cast de mulheres trans vivendo tais papéis na década de 1980). “The Politician” não é o que eu estava esperando, e sim o que eu precisava.
Nota: ★★★★