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‘Euphoria’


Euphoría,as ‘capacidade de sustentar, de tolerar algo com facilidade’”.

A melhor série do ano… Obrigado HBO!


A fresquíssima série da HBO, ‘euphoria’ é a série da nova geração (a “Z”), que vem com alertas para todas as gerações, é um brilho visual, e um espetáculo televisivo; tem um tremendo elenco e Zendaya, um roteiro nu e cru, incrível direção, figurino, cabelo e maquiagem, sets fabulosos e uma arrepiante trilha sonora… É sem dúvida, até o momento a série do ano, do canal de tv paga por assinatura.

Não vi logo de cara o que a série poderia trazer ou inovar, óbvio que o visual chamou a atenção, mas após ver aquele insano primeiro episódio e a tremenda atuação e talento de Zendaya, eu logo me apaixonei por ela e era essa série que precisávamos em pleno séc. XXI; eu realmente não me queixo de venderem ‘euphoria’ como a série da atriz, porque olha… Que desempenho e que série!


Na série... Rue (fantasticamente vivida por Zendaya), é a nossa guia (e locutora), vemos ela e um grupo de jovens adentrando a experiências e vivências da adolescência, e a personagem principal já lida com algo que é bem pesado, ela é uma viciada (dependente química). Jules (vivida por Hunter Schafer) é o interesse amoroso de Rue; ela é uma garota trans de muita atitude (tanto a personagem, quanto a atriz).

Somos guiados por Rue, no que contempla seu mundo, a partir de seu ponto de vista e de sua atual condição, onde após conhecer Jules, ela que largar as drogas, ela nos mostra também seus “amigos” e como eles são.

Pode soar como algo que já teve, como “Skins”, mas eu lhes asseguro que aqui o material é bem mais descascado e visualmente até mais assustador, quando a trama aborda questões dessa era digital que vivemos, e assuntos como: essa nova geração, as invasões de privacidade, vícios, ansiedade e um dos males do século… A depressão. Não que outras séries já não tenham mostrado e se apropriado desses temas, mas são de adolescentes que estamos falando aqui e novamente, uma nova geração!


O roteiro é certeiro e sim, nu e cru com seus personagens, eles são mais reais do que nunca. Temos algumas personalidades ali que evocam pessoas reais e suas camadas. Sam Levinson, o criador, roteirista e produtor executivo se inspirou numa série israelita de mesmo nome, mas muito do que vemos em Rue, vem de suas vivências, é um retrato assustador, mas necessário de ser visto e de se entender.


Como eu disse o visual da série é deslumbrante; as cenas são inebriantes; a fotografia é magistral, assim como os modos de filmagem. O modo da narrativa que costura a linha do tempo entre idas e vindas, soma-se a assinatura da mesma. Minhas ressalvas vão para várias cenas (a série inteira), mas resgato duas cenas do primeiro episódio, a da Rue andando drogada na festa, quando tudo roda… É insano e o trabalho em construir um set giratório, isso foi o must. Outra cena é a dela nos mostrando o do porque ela não anda de bicicleta quando está drogada, é uma icônica cena, com takes hilários.


Só tenho elogios ao incrível elenco, que entregou performances deslumbrantes. Vou mais uma vez ressaltar as atuações de Zendaya e Hunter, pelo simples fato delas serem as principais e por nós cairmos de amor pela história conturbada que a trama as envolve e o quão tóxica a relação delas chega a um certo ponto.

Labrinth é quem cuida da trilha sonora original, que é outro deslumbrante personagem. Nossos ouvidos se pegam com músicas atuais da cena musical internacional, já que a série está aterrada nesse ano (assim cremos, já que não é dito o ano em que ela se passa); podemos ouvir também na trilha sonora, músicas de Lizzo, Billie Eilish, Rosalía, BTS e até Beyoncé.


Outro ponto fortíssimo da série, além das histórias de Rue e Jules, são das outras personagens femininas e esse girl power visto em tela. A de Kat (Barbie Ferreira) com a aceitação de seu corpo e todo o seu empoderamento; Maddy (Alexa Demie) com o seu relacionamento tóxico abusivo com o Nate (Jacob Elordi). E Cassie (Sydney Sweeney), que é o retrato da sexualização feminina, e como ela lida com isso.


Como a série foi renovada para uma segunda temporada logo no seu quarto episódio, creio ser interessante ver mais da personagem de Lexi (Maude Apatow), que além dela ser irmã de Cassie, ela também foi por um tempo melhor amiga de Rue, e elas se conectam novamente; é inegável a química entre Zendaya, Apatow e Schafer. Outro personagem que merece ser mais explorado é o do Fezco (Angus Cloud), não que seu arco não tenha sido interessantíssimo, já que o mesmo começa como o traficante da Rue.


Não posso deixar de dizer que o quarto episódio dessa primeira temporada, o “Shook One: Pt II” é o meu favorito, o ritmo frenético e a tensão dele é muito boa, não que os outros não tenham essa pegada, mas todo o set do parque de diversões e praticamente todos os personagens concentrados ali... Foi um espetáculo, a direção de Levinson é realmente marcante.

Afirmo que ‘euphoria’ não era o que eu esperava, e acabou superando tudo o que eu não esperava dela, uma fascinante obra televisiva. O visual requintado, somado a tudo que já falei, nos entregou uma série contemporânea dos dias atuais, e eu a amei! Sim, o que foi aquele final, com a Rue cantando uma nova versão de “All For Us”, de Labrinth, só mostra e agrega os seus outros talentos, cantar e dançar, foi fenomenal!


Nota: ★★★★★

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