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“Aladdin”


Will Smith está impecável como o Gênio… Já o filme, deixou a desejar!


Realmente o Walt Disney Studios esteja “desesperado” pelo nosso dinheiro? Talvez sim! Uma coisa é certa, as adaptações de suas clássicas animações para live-actions, continuam. Talvez tenhamos decepções neste caminho. Sinceramente eu não esperava por “Aladdin” em carne e osso, tão cedo e tampouco por um baita musical e óbvio faltou magia, poxa estamos falando de um gênio da lâmpada que realiza desejos. O problema é que na animação dos anos 90, se fazia necessário um brilho e de uma viva paleta de cores, que chegava a cegar os olhos, e você podia brincar com a magia… Até com um tigre, macaco e um tapete voador. Certos detalhes no remake, deixaram a desejar, como o próprio vilão, a diferença entre os dois personagens dos filmes é gritante; ficaram visível as coreografias, e nossa o porque que a Jasmine perdeu sua essência? Porque talvez adaptações estão suscetíveis a visões dos seus adaptadores.


Guy Ritchie que dirigiu o longa, também leva os créditos pelo roteiro, junto a John August. Eu sinceramente quando penso em live-action penso que a forma real pode ser mais palatável, mas erro meu ao pensar dessa forma!

Quando pequeno e quando via as animações da Disney, eu não estava nem aí para o contexto da história, não tinha capacidade para isso, naquele momento. Depois de anos, quando cresci, me dei conta das fortes mensagens que alguns filmes trazem consigo e os de animações então, destroem-nos! O filme do “Aladdin” em animação traz mensagens sobre ética; classes sociais; fome no mundo; quão a voz de uma mulher não ecoava como deveria e claro; o filme mostrava uma outra cultura, a do oriente médio, sendo um filme de estúdio americano.


Ritchie tem em seu currículo filmes de ação, isso não é um impedimento para fazer outros filmes de outros gêneros, até porque ele fez um de fantasia e aventura, que é o caso aqui, mas é nítido já no primeiro ato do filme, que a ação é sua especialidade, com a cena de Aladdin, correndo nas ruas… As cenas mais mágicas se fazem boas, como a do encontro de Aladdin e do Gênio, mas não superam a do original, faltou magia, romance e o grito social e cultural aqui.


O filme faz menções interessantes ao seu original, grande parte foi inspirado e refeito. As músicas contaram com as composições originais e presença de Alan Menken, que trouxe novidades também. É de fato um belo musical, isso detém o filme em si, sei que ele não se resume a isso, mas é o mais visível dele. Não me encantei com os sets e muito menos com o figurino.


Os vilões das animações da Disney são maravilhosos e alguns, chegam a ser até icônicos, e Jafar é um deles. Marwan Kenzari deu vida ao vilão aqui; nossa foi uma baita decepção, apesar dele ser novo, o do desenho tinha maravilhosas expressões e isso não foi bem passado em tela.


Eu sinceramente não gostei da química em tela de Aladdin e Jasmine de carne e osso, vividos respectivamente por Mena Massoud e Naomi Scott. Algo não funcionou bem, e talvez eles não sejam os culpados… Como eu disse adaptações tendem às vezes mudar certos aspectos. Na animação, os dois se conhecem de uma bem legal de se ver. Outro ponto é que a personagem de Jasmine aqui não tem o impacto que a da animação teve, lá ela tinha uma voz e um discurso.


Sem sombras de dúvidas, quem dá brilho ao filme e rouba completamente a cena é o Gênio. Interpretado por Will Smith, que além de ser a parte mágica da história, é o amigo de Aladdin e o ele é um tremendo alívio cômico. Sei muito bem que comparar pode ser algo complicado e às vezes, emoções falam mais alto, mas é inegável comparar o que a nova proposta do estúdio nos traz, uma vez que as aclamadas animações deles fizeram sucesso e mexeram e mexem com o imaginário de muitos.


Nota: ★★½

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