“Labrinth, Sia & Diplo Present… LSD”
Sejam bem vindos ao maravilhoso mundo de LSD… A melhor colaboração possível!
Quando três grandes nomes do pop resolvem se unir (num trio), e fazer uma “colaboração” musical, o resultado é definitivamente surpreendente. Eles são “o” trio, o must do must (na minha opnião), do momento. Compõe / performam e ou produzem; o inglês Labrinth (trabalhos para e com The Weeknd, Nicki Minaj), junto a uma das maiores vozes do pop americano e uma grande hitmaker, Sia (trabalhos para e Katy Perry, Rihanna, Camila Cabello), comandam os vocais (e que vocais), que contam com a produção e engenharia de batidas de Diplo (Beyoncé, MIA, Justin Bieber, Beyoncé). Eles formam esse genial e super grupo, o LSD (que ironicamente e esteticamente leva a inicial de cada um, nesse nome do grupo e ou trio).
No ano passado quando a música ‘Genius’ deles apareceu, eu fiquei... “O que é isso, de quem é?”. Estava feito o “estrago”, o gostinho de quero mais… E teve mais, depois veio os singles: ‘Audio’ (ainda em 2018), depois já neste ano vieram ‘Thunderclouds’, ‘Mountains’ e ‘No New Friends’. O trio tem em mente com essa colaboração, trazer o eletrônico (que nunca sai de cena, só cresce), mais voltado para as técnicas e estilo o gênero, indo a fundo na EDM (Eletronic Dance Music) e no trap (um estilo de instrumental do rap). Esse álbum, traz bem a proposta, onde nos singles já nota-se o trabalho de Diplo com as batidas, os instrumentais e sintetização da aparelhagem eletrônica e óbvio os magistrais vocais dos dois cantores.
O álbum abre com a faixa introdutória, a ‘Welcome to the Wonerful World of’ (uma das minhas favoritas), que no caso é uma preparação para o que ouviremos (vocais de alto impacto, sons metálicos, duetos, e batidas instrumentais e sintetizadas), há um que dueto harmonioso dos dois cantores, que fala sobre mantermos os olhos neles, sobre o céu azul, poesias e sobre vivermos nossos sonhos, há uma pausa e daí vem o que parece ser um riff (mais bem seco), que nos introduz ao que dá um rock, é como se estivemos num show, depois a solos de guitarra e nossa é o must; com as batidas colocadas, tudo se fecha com uma voz robótica nos desejando boas vindas ao mundo do trio. Com ‘Angel in Your Eyes’, temos o pop eletrônico, o cantor é quem abre com seus agudos vocais, depois temos a cantora, e um loop de seu vocal imerso nas batidas do DJ, uma trap, mas bem dance eletro.
‘Genius’ traz os cantores, falando sobre gênios, tais como: Galileo, Einstein e Steven Hawkins, e como ele, o cantor se declara para sua amada, já a cantora traz em sua letra... “(...) Ohhh, meu deus, baby, baby, você não consegue enxergar, eu tenho tudo o que preciso (...)”. Há batidas pesadas e muito de eletrônico e é mais um eletro pop.
Na faixa ‘Audio’ as batidas são mais suaves, e temos o inebriante vocal da cantora, ela traz rimas (na letra original claro). Na letra eles falam sobre contemplar o céu, as estrelas e de fazer uma batida (um som) legal, e eles também falam que tem alma e que ainda tem esperanças. O cantor também aparece com seus vocais calmos e até atingir notas altas, e temos traps harmoniosos.
Já em ‘Thunderclouds’ uma leveza e calma, algo bem raggae e tropical no começo, até o vocal de Labrinth assumir notas incorporadas e bem altas, e o seu soul. As batidas seguem de traps, e há até o que pode ser uma bateria nervosa. A letra é bem sombria e dramática, onde eles falam o seguinte:
“(...) Você está dizendo essas palavras, como se você me odiasse… Nossa casa está pegando fogo, enquanto você está causando… Aqui nas cinzas sua alma clama (a-a-ah)... Não tenha medo dessas nuvens tempestuosas… Essas trovoadas, oh, não… Estas nuvens tempestuosas, oh, não, não… (...)”.
Seguindo temos ‘Mountains’ que traz um dueto dos cantores bem harmonioso e óbvio, no começo, onde não há uma briga constante pelas notas altas, as traps também são postas na medida, lembra um soul, e um indie. Isso até eles irem para os agudos e um pouco de berros pontuados, sonoramente bons. Em ‘No New Friends’ temos outro dueto, mas esse é o “dueto” dos cantores… Sia incrivelmente com vocais distintos, mas que se convergem nas batidas sintetizadas e com os vocais do cantor. É uma música bem divertida, é pop maravilhoso… Há eles não querem saber de “novos amigos”.
Sabe quando você tem aquela música favorita, então aqui é o meu caso, com a faixa ‘Haven Can Wait’, onde temos a cantora num rap suave, mas mandando a letra, ela é uma rainha benevolente em seu castelo, o doutor acabou de dar as más notícias, mas não, hoje não… Baby, o Céu pode esperar. Forte a letra não é mesmo! Depois ela e o cantor correm para o refrão com seus vocais agudos com o pop, destruindo (no bom sentido!) e há uma baita trap, Diplo, manda muito nas batidas.
Com ‘It’s Time’ temos o que chega perto de um soul, R&B e até um caminho ao gospel, o cantor destrói nos vocais, indo e vindo de tons; as batidas trazem provavelmente um piano, com notas suaves e delicadas. Encerrando o álbum temos uma participação, no remix de ‘Genius’ o rapper Lil Wayne, que casou muito bem com a canção, trazendo seu rap, brincando com o alfabeto e o nome do grupo.
“Labrinth, Sia & Diplo Present… LSD”, provavelmente será um dos meus álbuns do ano (nossa que álbum, valeu a espera), todas as faixas soam maravilhosamente bem.
Se os cinco singles fizeram o estrondoso impacto deles no mercado fonográfico, e dando mais ênfase com a música eletrônica de qualidade (e com letra), é interessante os acompanhar! Sia é uma baita cantora, sua voz, suas letras dispensam “currículo”, assim como Labrinth, que é o must aqui e a “novidade”, apesar do cantor já ter uma baita carreira; já Diplo traz batidas inebriantes para os dois, que arrasam nos vocais. Esse álbum cumpriu sua proposta e ainda, trouxe essa moderna e inesperada colaboração, que não é nada alucinógena e sim viciante.
Nota: ★★★★★
Mais ouvidas: ‘Welcome to the Wonerful World of’ (só no repite), ‘Thunderclouds’, ‘Mountains’ (amei muito), ‘No New Friends’, ‘Haven Can Wait’ (minha queridinha), ‘It’s Time’ e ‘Genius’ versão remix - feat. Lil Wayne.
