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“Vox Lux”


“Eles queriam um show, eu dei um show”. - “Vox Lux”. Impactante e tremendo do começo ao fim!


Brady Corbet traz traz um longa com uma história linda e ao mesmo tempo pesada, através de uma cantora pop, mostrando seu sucesso quando descoberta e sua luta para se manter nos dias atuais, no século XXI… Nos tempos dos jovens millennials. Claro que se não fosse por Raffey Cassidy e Natalie Portman, que dão vida e voz a Celeste em dois pontos diferentes da vida da mesma, talvez “Vox Lux” não seria esse retrato atual do que uma artista passa ao ter e ao construir uma carreira, e aqui estamos falando de uma cantora pop, não é coincidência que o longa mostra os bastidores e os momentos cruciais de tomadas de decisões de um astro pop e tais consequências.


No roteiro que também é assinado por Corbet, temos uma incrível precisão de acontecimentos que tornam Celeste (Cassidy e Portman), em uma cantora pop, uma voz de uma geração.

Sua descoberta parte de um ato brutal em sua adolescência, indo ao seu crescimento na fama. É afiado como um bom roteiro dramático deve ser. Há e temos a impactante narração de Willem Dafoe, para alguns acontecimentos da trama, sua voz é imponente, dá uma narração que se faz importante, mas que não é chata.


O primeiro ato (o longa se concentra em três atos), é brutal, deixando o telespectador boquiaberto com a “ação” decorrente nele, é visualmente aterrorizante. É talvez o ato mais sensível do filme.

A música “Wrapped Up” que a personagem Celeste canta (que a desponta na fama de uma estrela do pop), é drenada pelo contexto da cena, é uma música muita linda, que fala de sentimentos e peso deles, e ouvir e aprender… Uma poderosa balada.


Até a metade do longa observamos o crescimento de Celeste (por Cassidy), as tensões dos momentos que ela decide ter uma carreira de cantora são inebriantes. Vemos seus momentos de adolescente adentrando a este deslumbrante mundo da fama, ao lado de sua irmã Eleanor (vivida nos dois períodos por Stacy Martin) e pelo seu gerente (vivido nos dois períodos por Jude Law). Depois temos uma Celeste (interpretada por Portman), mais “madura”, já com uma carreira consolidada, com uma filha e todas as decisões que fizera para ter chegado ali.


Tudo no longa conversa harmoniosamente, desde roteiro, direção, elenco, os sets, e principalmente a fotografia, o figurino e a maquiagem.


Lol Crawley põe as lentes para jogo, nesse longa incrível, que tem muita luz, ainda mais no terceiro ato do filme, que se passa num show. O figurino de Keri Langerman é despojado, conversa com tendências da moda atual, e o que podemos ver nos looks de uma cantora pop, assim como a maquiagem (por vezes pesada) do departamento de maquiagem e cabelo, do longa.


Como eu disse Cassidy e Portman dão vida a uma poderosa personagem feminina, e elas foram a escolha mais que perfeita, pois são monstras em suas fortíssimas atuações e sim, queremos muito mais mulheres fortes nas grandes telonas, Martin também não fica atrás. É um grito de socorro, é uma vitória, é uma carreira… É “Vox Lux” mostrando que o pop é poderoso e os bastidores são ainda mais preciosos.


O filme é uma obra prima dos tempos atuais, ele é forte do começo ao fim, e muito impactante, Corbet traz sua cinematografia que é de brilhar os olhos, é o que um cinéfilo precisa.


Temos um drama intenso, com músicas do gênero pop (nada mais justo não é mesmo), como a própria personagem principal cita, ela gosta de música pop, porque muitas delas não nos fazem pensar muito (talvez, mas elas podem trazer mensagens que veem a marcar gerações). Tudo em volta de uma estrela feminina do pop, não sejamos hipócritas de pensarmos que a fama é só brilho e sucesso, não, não mesmo; e sabemos que todo grande sucesso tem um preço, e sabemos que muita das vezes as mulheres na indústria fonográfica tendem a pagar (algumas delas) um preço alto.


Nota: ★★★★★

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