top of page

‘The Umbrella Academy’


Uma frenética obra prima! ‘The Umbrella Academy’ é tudo o que queremos ver em uma série de super-heróis.


A “despretensiosa” proposta do Netflix, em transformar os quadrinhos do ‘The Umbrella Academy’, sucesso da Dark Horse, criado e escrito por Gerard Way (ex-vocalista da banda de rock My Chemical Romance), e com desenhos do quadrinista brasileiro Gabriel Bá... Talvez não fosse pensar que uma adaptação pensada por Jeremy Slater para uma série de televisão (ou aqui no caso, para o streaming), chegaria a ser um hit (será?). ‘The Umbrella Academy’ não só é um sucesso, como mostra-se ser um espetáculo visual, é devidamente as páginas dos quadrinhos ganhando vida na tela (no caso, é o que acontece), com o charme que uma série de super-heróis disfuncionais deve ter.


O apelo dramático, certamente se deve aos quadrinhos. Lá mora o roteiro, mas nas páginas de quadrinhos tudo é possível, já algo para se ver na televisão, nem tudo ficaria ou pode ficar legal, mas os roteiristas da série, souberam utilizar muito bem o que Way criou para o que agora pode ser visto nos atuais ecrãs (os serviços de streaming) e o que eles poderiam ou não agregar a série.


Temos comédia ao ponto, muita e boa ação, drama muito bem construído, que é o que gira em torno dessa trama, pois temos seis adultos (com poderes e habilidades), lidando com o passado que ainda os assombra, e com o presente que lhes é o que sobrou de uma infância e adolescência em holofotes (isso para alguns), pois eles eram os “heróis”, criados e treinados por um bilionário que os adotou, para essa finalidade, serem heróis. E temos personagens com camadas, que são muito bem construídas.


A trama apresenta seis protagonistas... Os Hargreeves ou melhor o Umbrella Academy... O nº 1 / Luther (Tom Hopper), que está em sua missão na lua; nº 2 / Diego (David Castañeda), que é um “herói” lidando com o crime ao lado da polícia local; nº 3 / Allison (Emmy Raver-Lampman), que virou uma atriz famosa.


Continuando temos... Nº 4 / Klaus (Robert Sheehan), que literalmente caiu no mundo das drogas (um dos maravilhosos alívios cômicos); nº 5 / Número Cinco (Aidan Gallagher), que voltou de sua viagem no tempo (ele tem esse poder); (e o que aconteceu com o nº 6?); nº 7 / Vanya (Ellen Page), que “é” ordinária, não tem nenhuma habilidade ou poderes (será?).

Bem eles se unem pelo motivo do pai deles ter falecido, e porque o nº 5, volta de sua viagem pelo tempo, com uma má notícia, que o mundo vai acabar e que eles precisam o salvar, mas essa é a única pista... Em meio a eles se descobrirem como equipe, irmãos, adultos e tudo o que vem com esses pacotes!


Nunca me apaixonei tanto por antagonistas, como me apaixonei aqui, os matadores de aluguel Cha-Cha e Hazel, que são os “vilões” mais maravilhosos que podemos ter em uma série de super-heróis.

Pela rigidez de Cha-Cha, que só quer terminar o trabalho o mais rápido possível e o deprimente (porque ele se encontra assim), Hazel, com suas falas icônicas de quando está cansado ou com fome. Com certeza as cenas dos dois perseguindo o nº 5, é incrível. Assim como a cena deles drogados destruindo um local chave, para a trama. Mary J. Blige e Cameron Britton dão um show de atuação, assim como todos os outros atores, mas é muito divertido e é um deleite vê-los em cena.

A série tem sets incríveis. Dois deles são a mansão, e a lanchonete de rosquinhas que são o must no quesito de design de produção, e em questões de carregar um olhar aos anos 70.

Uma incrível fotografia também, e abro espaço para as cenas: as dos flashbacks; a de Allison e Luther dançando e a do encontro de nº 5 e Luther com Cha-Cha e Hazel. Assim como o figurino que também brinca com as roupas, onde o personagem nº 5, veste ainda o uniforme deles, quando adolescentes; Cha-Cha e Hazel estão trajados de smoking, o tempo todo; enquanto temos Allison com roupas atuais e Klaus que é um personagem gay, em um episódio usando só cueca, e num outro usando a saia da irmã.

Outro elemento incrível da série e no ponto, é a trilha sonora... Onde nas cenas de ação temos músicas de rock, que pontuam as cenas. Em uma das cenas onde os heróis estão na mansão, temos uma cena, quadro a quadro, onde é mostrado o que cada um deles está fazendo (no caso dançando), ao som de ‘I Think We’re Alone Now’ da cantora americana Tiffany; além dela temos músicas do The Doors e até do Queen, e entre outros. A trilha sonora de composições instrumentais conta com a participação de Jeff Russo.

As filmagens e montagem da série, são frenéticas e de arrepiar. É tudo muito fantástico visualmente de se ver.

Os episódios correm perfeitamente, como devem ser, mas não uma pressa desenfreada, é algo que monta e fecha arcos da trama, no que pode ser dizer, “viradas de páginas de quadrinhos”. Muitas séries não sabem ou souberam fazer isso, onde contam com suas numerosas temporadas, e aqui é só a primeira. Nós ficamos vidrados para ver o próximo episódio, quando um acaba. É algo muito bom e muito bem elaborados.

Hoje para esses anos dourados que estamos tendo na história da televisão (tanto aberta como paga) e streaming, com séries muito bem produzidas e elaboradas, ‘The Umbrella Academy’ não deixa nada a desejar, e ela não é mais uma série de super-heróis, ela é apenas “a” série de super-heróis, talvez o que estávamos precisando. Ela é uma obra-prima do que se pode fazer com um material realmente bom (com o de Way e Bá, vindo de quadrinhos), é em minha opinião uma das melhores séries de super-heróis da atualidade.


Nota: ★★★★★

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Siga
  • Facebook - Black Circle
  • Instagram - Black Circle
  • Twitter - Black Circle

© 2014 - 2019 Pipoqueiros

bottom of page