“thank u, next”
“É sobre amizade, e como ela pode te tirar de momentos escuros.”, o álbum “thank u, next” de Ariana Grande.
Caso você também tenha pensado, como eu pensei... “O que!!! Um novo álbum, em muito menos de um ano, do lançamento do anterior!”, talvez se pegue surpreso com o quinto álbum de estúdio de uma das jovens promessas do pop, “thank u, next” de Ariana Grande, traz mais uma vez, o amadurecimento, mudança e o crescimento (assim como o pop), que ainda é de uma cantora que tem uma potente voz, e que fala de seus sentimentos, num álbum fresco e notável.
No ano passado a cantora lançou o “Sweetener”, que contou com a produção de Pharrell Williams. Os hits (e singles) eram até pouco tempo, as faixas: ‘no tears left to cry’, ‘God is a woman’ e ‘breathin’.
Quase seis meses se passaram e a cantora teve várias reviravoltas em sua vida; e como ela mesma afirma, ela ama trabalhar, foi aí que surgiu “thank u, next”, que trouxe os baitas sucessos e singles, como a faixa título do álbum e o popzão ‘thank u, next’, o suave e surpreendente hip-hop ‘7 rings’ e a faixa pop urban ‘break up with your girlfriend, i’m bored’, os mesmos foram os que ficaram no ranking do top da Billboard.
A primeira faixa é ‘imagine’, que é sonoramente suave, e até chegarmos no refrão com um tímido agudo dela, entoando a frase “imagine a world like that...”, as batidas soam suaves também, a não ser pelas batidas sintetizadas no fundo, que trazem sons estranhamente bons de se ouvirem. É linear a mensagem aqui, ela imagina como seria passar um dia com o seu amado “normalmente” e de um jeito bem romântico. Em ‘needy’ temos uma faixa também bem calma, mas com um som intimidante, que perto da sua metade traz um coro entoando um só um som, para o vocal dela; não é a mais marcante do álbum, ela fala sobre amor, como ela amou alguém e como ela sente essa necessidade de ser amada.
‘NASA’... Não se engane, não é uma música sobre a bem conhecida agência dos EUA, responsável por pesquisas e desenvolvimentos de tecnologias e programas de exploração espacial. Grande deixa bem claro na letra que quer um pouco de espaço; a faixa pop traz o seguinte sample... “Um pequeno passo para a mulher, um salto gigantesco para as mulheres”, frase dita pela famosa drag queen Shangela. “Porque eu estou tentando fazer o melhor que eu posso e eles não conseguem encontrar algo para me satisfazer...”, diz a avó da cantora no sample que inicia a faixa ‘bloodline’, que é uma música que sobre um cara que ela não quer em sua linha sanguínea, aqui a cantora tenta um rap, mas ela suavemente continua em sua base, que é o pop, os vocais são maravilhosos, e se intercalam um pouco.
Com ‘fake smile’ temos um baita sample, uma introdução da música ‘After Laughter (Comes Tears)’ de Wendy Rene. Depois a música ganha batidas que soam instrumentais e soam como se estivemos nos anos 60, e a cantora traz versos novamente que soa como um rap, e um baita trabalho com R&B, soa também como uma balada; é a minha faixa favorita, aqui ela tá cansada do que dizem dela e não consegue aguentar mais falsos sorrisos, como se tudo estivesse bem. Já em ‘bad idea’, traz o vocal sinistro dela, alcançando notas altas e voltando para as baixas, numa simplicidade que só ela consegue, ela alerta na letra que é uma péssima ideia contatar alguém que não deveria.
Temos a faixa ‘make up’, que traz já o vocal dela mais agitado. Aqui mais uma vez ele fala de um relacionamento, e como ama quando eles fazem as pazes, e ainda também soa irônica quando faz analogias a maquiagem. Eu amei a introdução de ‘ghostin’ que traz um som mais metálico e de uma sonoridade melancólica profunda; novamente temos a cantora com um vocal bem calmo suave, mas bem gostoso de se ouvir, é uma canção que fala uma decepção em seu relacionamento, e quanto ela apostava nele, mas que algo deu errado quando ela pensa no outro, estando com o atual. Em ‘in my had’, temos um outro sample, que diz o seguinte “Olha só, você está apaixonada por uma versão de uma pessoa, que você criou na sua cabeça. E você está tentando, mas não consegue consertar essa versão, e a única coisa que você consegue consertar é você mesma! Eu te amo, mas isso, já foi longe demais, o suficiente, é o suficiente. Estou a dois quarteirões daí, já estou chegando aí.”, quem disse foi o gerente de turnê e amigo Duck Millbrook; a letra é exatamente a essa introdução, algo que ela imaginou e criou na cabeça dela, sobre esse amor.
‘7 rings’, não foi o single que eu mais gostei desse álbum de primeira, aprendi a gostar dele e como eu cite ele é a faixa hip-hop, as batidas são sonoramente boas, e criam a atmosfera que fala um pouco de ostentação, beleza e sobre o que ela quer ela consegue, ela deixa isso bem claro no refrão.
Talvez ‘thank u, next’ seja a faixa mais fraca do álbum, e também a mais chiclete. A introdução traz batidas calmas a princípio, e o vocal da cantora também segue esse ritmo. Aqui é uma música sobre os seus ex-namorados, e como ela fala, ela é muito grata pelos seus ex’s, há ela cita o nome de cada um deles. A faixa comparada as outras citadas acima é a mais fraca.
Fechando o álbum, temos ‘break up with your girlfriend, i’m bored’, temos os vocais dela também bem calmos e suaves, as batidas bem sintetizadas e que soam urbanas, alguns coros e a letra é toma lugar numa possível “traição”.
Não posso dizer que esse é o melhor álbum da cantora, mas posso afirmar que é mais um dos trabalhos que marcaram o pop. “Dangerous Woman” continua sendo meu favorito, mas eu amo o que ela vem trazendo, seus hits são chicletes e duradouros, são maravilhosos nas pistas das baladas e óbvio são seu trabalho. Ela sabe muito bem emplacar sucessos e como passar sua mensagem. É válido lembrar também que Ariana, ganhou seu primeiro Grammy, o de melhor álbum pop vocal, por “Sweetener”.
Nota: ★★★½
Mais ouvidas: ‘imagine’, ‘NASA’ e ‘fake smile’ (estragando o fone de ouvido e berrando o sample).
