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‘Aladdin’: O Diretor Guy Ritchie, Falou Sobre O Filme


A animação de ‘Aladdin’, é incrível, tanto em visual, como em sua história!


Reviver as grandes animações (tanto em visual e bilheteria), vem sendo a nova jogada do Walt Disney Studios, com suas clássicas e maravilhosas animações… Agora em remake. ‘Aladdin’ é um desses live-action, que estam a caminho. Guy Ritchie (filme “Rei Arthur: A Lenda da Espada”), é o responsável pela direção.


A EW, fez sua cobertura do filme e aproveitou para bater um papo com Ritchie, óbvio a fim de saber mais do que podemos esperar desse remake. Há um dos pontos em que vimos nas fotos liberadas do filme, é que o Gênio (vivido por Will Smith) está em uma forma humana, mas acalme-se, pois o diretor afirmou que o veremos em azul e com efeitos especiais, já que ele é o Gênio da lâmpada, não é mesmo! Ritchie falou da estética do personagem:


Há um tipo particular de fisicalidade com a qual eu gosto, aquele visual de fisiculturista dos anos 70 - não infligido por esteróides, mas levantando grandes quantidades de peso e comendo grandes quantidades de comida - então eu só quero um gênio com abdominais, um gênio que parece que consegue mover coisas. Eu queria um semideus tradicional, alguém que parecia um pai grande e forte. Eu não queria um gênio que parecesse tudo o que ele pode fazer é comer também, é assim que você acaba indo. Eu queria um pai musculoso dos anos 70 - ele era grande o suficiente para se sentir uma força, não tão musculoso que parecia estar contando suas calorias, mas formidável o suficiente para parecer que você sabia quando estava na sala.


A explicação dele é bem cabível, já que Smith tem esse formato de corpo, que ele queria para o seu Gênio. Ok, mas o desenho, teve a voz do icônico Robin Williams. E sabemos o quão cômico Smith tende a ser também como Williams foi nos seus trabalhos com comédia. E vimos isso com Smith também, bem lá no começo de sua carreira, na série “Um Maluco No Pedaço” (“The Fresh Prince of Bel-Air”), e tantos outros filmes de comédia que ele fez. O diretor falou sobre essa “comparação” também:

O melhor do papel do Gênio é que é essencialmente uma hipérbole para quem é esse indivíduo, para o ator, por isso é uma plataforma maravilhosa e uma tapeçaria para um ator calçar suas botas, e Will Smith é um extrovertido e você precisa de um extrovertido para o Gênio. Então, quando você encontra uma voz, o que demora um pouco - e é engraçado porque uma das coisas que notamos porque testamos é que a preocupação de Robin Williams era um problema, e esse problema foi aberrado quase imediatamente porque o comprometimento do tom que fomos com Will - e Will retratou nossa interpretação de como o gênio deveria ser, e é diferente da de Robin. Há muita imitação que ocorre no original e isso é muito bem-sucedido, mas seguimos um caminho diferente com esse.


Sobre os animais… Sem falas! O diretor disse que não queria que os mesmos falassem, ele ao invés disso usou mais da questão de deixá-los engraçados, como é o caso do Abu:

Provavelmente tem mais humor do que o original, não tenho certeza se isso aconteceu por padrão... era uma questão de encontrar coisas novas. Acabei de descobrir que havia momentos em que poderíamos tornar mais humorísticos e, de certa forma, tornamos a narrativa mais contemporânea e aplicável ao nosso tempo agora. Foi um filme de um momento específico, o de 1992, e estamos na era em que estamos agora, então há referências contemporâneas sobre como nós, como cultura, mudamos apenas porque é um público moderno. Os filmes mudam de acordo com o tempo em que estamos, refletindo questões contemporâneas em um tema clássico.


Quanto a questões culturais, já que o filme original se passa no oriente médio, e provavelmente este aqui também, lhe foi perguntado do porque dele, um diretor inglês o fazer - o filme. Ele tentou fugir a pergunta, mas ela é crucial e ele a respondeu:

Sim. Eu tenho medo de me sentir da mesma maneira - toda a idéia sobre atuação é que os atores devem agir. Toda a idéia sobre dirigir é que diretores devem dirigir. Eles veem que vem de um filtro e daquele filtro, que é incidentalmente difícil de articular porque, em última análise, o processo criativo é difícil de articular, mas eu sinto isso - tentando explicar o que considero ser um componente secundário do que é principalmente um desafio humano em vez de étnica, minha preocupação era principalmente humana e todos os outros desafios são enfrentados de acordo com o desafio de qualquer componente criativo. Existem apenas decisões que são tomadas, decisões que foram tomadas porque eram óbvias, porque esse era o DNA dessa narrativa em particular; portanto, fora disso, estou confuso, apenas porque talvez eu seja taciturno sobre exatamente como expressar ou articular esse componente em particular porque, para mim, é óbvio.


Esses desafios humanos vistos pelas lentes de um mundo em particular e, uma vez que esse mundo é criado, tudo passa pelo prisma desse mundo. Portanto, o componente étnico é apenas parte da composição de toda a expressão criativa, não é, apenas herda e não é um caminho díspar no todo, está tudo entrelaçado. Não sei dizer como seria ser asiático, mas não acho relevante. O que é relevante é ser humano.


Eu infelizmente discordo de você completamente, Ritchie. Há certas coisas e vivências, que só quem as vive ou passa, a elas cabe nos falar e mostrar, não que isso seja unânime, pois agora que estamos vendo mais filmes onde cineastas mulheres e cineastas negros estão trazendo suas visões para o mundo, o que antes se via pouco. Como vou falar de uma cultura, se não a vivo? É claro que se você a estudar, pode chegar perto de uma conclusão, mas viver e sentir! O filme chegará aos cinemas brasileiros em maio de 2019.

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