O Parque e o Mundo dos Dinossauros
- Gabriella Strege
- 10 de dez. de 2018
- 16 min de leitura

“Você se lembra da primeira vez que viu um dinossauro?”.
Difícil seria começar a falar sobre minha franquia favorita sem usar a famosa frase do último filme lançado, “Jurassic World: Reino Ameaçado” (“Jurassic World: The Fallen Kingdom”). Essa frase dita pela Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) claramente nos faz lembrar da primeira vez que vimos um filme com dinossauros, seja nos cinemas dos anos 90, na fita cassete verde ou agora, na era digital, pelo computador nos em sites e streamings. De qualquer modo, a sensação de ver esses animais tão extraordinários, ganharem vida é incrível e traz nostalgia aos mais velhos e brilho nos olhos dos mais novos.
Esta matéria trata-se de todos os filmes da franquia de Jurassic Park e Jurassic World. “Sejam bem-vindos ao Parque dos Dinossauros”!
“Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros” / “Jurassic Park” – (1993)
O primeiro filme da franquia, lançado em 1993, com certeza foi e é o de maior sucesso e o favorito dos fãs. O filme teve direção de Steven Spielberg e o roteiro de David Koepp e Michael Crichton, autor dos livros “Jurassic Park” e “O Mundo Perdido”, dos quais os filmes foram inspirados. Observação aqui para a palavra ‘inspirados’, pois quem leu os livros e viu os filmes sabe muito bem o quanto é diferente e que somente algumas partes dos livros aparecem nos três primeiros filmes.

Como atores principais do filme temos Sam Neil (como Dr. Alan Grant), Laura Dern (como Ellie Satler), Jeff Goldblum (como meu personagem favorito, Dr. Ian Malcolm), Richard Attenborough (como John Hammond), BD Wong (como Dr. Henry Wu). As crianças, os irmãos Alex Murphy e Tim Murphy, foram interpretados por Ariana Richards e Joseph Mazzello, respectivamente.
Curiosidades sobre o elenco... Harrison Ford, que interpretou Han Solo e Indiana Jones, recusou o papel para interpretar Dr. Alan Grant. Jim Carrey fez o teste para Dr. Ian Malcolm.

O filme com produção da Universal Pictures, Legendary e entre outros, conta sobre o paleontólogo Alan Grant, a paleobotânica Ellie Sattler e o matemático Ian Malcolm que foram convidados pelo bilionário e sonhador John Hammond a visitar uma ilha na Costa Rica, chamada de Nublar, habitada por dinossauros criados a partir de DNA coletado de mosquitos preservados em âmbar. John Hammond é o fundador da InGen, uma empresa de bioengenharia e biotecnologia que é responsável por esses estudos e dar vida novamente aos dinossauros. O problema é que devido a uma queda de energia proposital, os dinossauros ficam a solta e todos os humanos na ilha se veem em apuros, e correm contra o tempo para achar um meio de sair da ilha, vivos.

O filme se destaca de uma forma surreal em relação aos outros, devido a riqueza de detalhes e perfeição dos efeitos práticos e dos dinossauros se comparado a tecnologia da época. Pra quem é mais novo, talvez não entenda o quão incrível foi o trabalho da equipe para este primeiro filme, e provavelmente esta é a razão dele ser o favorito dos fãs (além, é claro, de ser o primeiro filme sobre dinossauros lançado). A música tema, criada para o filme é muito boa e óbvio que não podia vir de outra mão talentosa, se não a de John Williams, que também é parceiro de Spielberg a anos.

Só para se ter uma ideia, Spielberg contratou um paleontólogo chamado Jack Horner, além de outros profissionais para ajudar com os animatronics, stop-motion e efeitos visuais, como Stan Winston, Phil Tippett, Dennis Muren, Michel Lantieri e George Lucas (uhum, ele mesmo, o próprio George Lucas, criador da saga Star Wars). Detalhe, não foi usado stop-motion, mas era a ideia original que Spielberg tinha; no final, foram usados “dinossauros reais” (pessoas vestidas de velociraptores, por exemplo), fantoches, animatronics, CGI (Computação Gráfica) e também, Tippett desenvolveu o sistema Go-Motion, que consistia numa versão melhorada do Stop-Montion, a qual era usado um borrão de movimento (motion blur) entre um quadro e outro, deixando a animação mais suave e menos ‘robótica’.

Uma curiosidade sobre os animatronics, é que o animatronic do Tiranossauro Rex dava constantes defeitos durante a gravação, principalmente nas cenas com chuva, ganhando ‘vida-própria’.

Kathleen Kennedy, produtora, relatou sobre a situação... “O T-Rex ficava maluco, às vezes. Nos assustava muito. Estávamos almoçando e, de repente, o T-Rex ganhava vida. A princípio não sabíamos o que estava acontecendo, e então percebemos que era a chuva. Você ouvia pessoas começarem a gritar”. Tal defeito aconteceu inclusive numa das cenas mais apavorantes do filme, a cena em que as crianças são atacadas pelo T-Rex no Explorer. A verdade, é que o teto não deveria ter quebrado naquela cena, o animatronic caiu em cima do carro, quebrou o vidro e assustou de verdade as crianças, ou seja, o berro delas e o medo que mostram no filme, são reais.

Além dos efeitos práticos e especiais que mereciam destaque, temos o roteiro e direção que foram excelentes. O filme é tão bom que resultou em diversos prêmios. Em 1993 ganhou prêmio BAFTA na categoria de melhores efeitos especiais e também o prêmio Saturno, com melhor filme de ficção científica, melhor direção (Spielberg), melhores efeitos especiais, melhor roteiro (Crichton e Koepp).
Em 1994, ganhou o Oscar de melhores efeitos especiais, melhor som e melhor edição de som. Ganhou o People’s Choice Awards de filme favorito. Ganhou Young Artist Awards de melhor filme familiar de ação / aventura, melhor atriz jovem em um filme dramático (Richards) e melhor ator jovem co-estrelando em um filme dramático (Mazzello). No Motion Picture Sound Editors ganhou o prêmio de melhor edição de som, e no Awards of the Japanese Academy ganhou o de melhor filme estrangeiro.

“Sem dúvidas “Jurassic Park” para mim é até então o melhor filme da franquia, o peso dele para a época, atravessou a barreira do tempo... Rever o filme novamente esse ano, foi bárbaro, um completo mix de emoções, eu amo esses bichos pré-históricos que mexiam com o meu imaginário quando pequeno e ainda se duvidar até hoje mexem. Spielberg tem um espaço na minha lista de cineastas que eu amo, e se tem uma coisa que ele sabe fazer é captar nossa atenção e fica nítido isso aqui. O filme tem cenas icônicas, mas a cena das crianças no carro, sendo atacadas por um dinossauro imenso, que na verdade foi um erro e que resultou numa fantástica cena, é o meu vislumbre que o cinema pode e é mágico.” – Jonatas dos Santos Pereira.
“O Mundo Perdido: Jurassic Park” / “The Lost World: Jurassic Park” (1997) Após a pressão dos fãs, em 1997, foi lançado “O Mundo Perdido: Jurassic Park”. Ao contrário do segundo livro de Crichton, intitulado “O Mundo Perdido”, a continuação do filme não foi tão boa assim. E digo isso com convicção, pois o segundo livro achei tão bom quanto o primeiro. O filme também teve como diretor Spielberg, com Crichton e Koepp como roteiristas, e infelizmente o segundo filme não alcançou o sucesso do primeiro.

A história que a continuação conta, se passa quatro anos depois, numa ilha chamada Sorna, mais conhecida como ‘Sítio B’. Nessa ilha, os dinossauros eram criados, melhorados e se estivessem conforme os requisitos, mandados para a Ilha Nublar (a ilha mostrada no primeiro filme). No filme, John Hammond não é mais o diretor da InGen, e sim seu sobrinho, Peter Ludlow (Arliss Howard). Hammond sabendo que seu sobrinho pretendia mandar uma expedição à ilha Sorna a fim de capturar espécimes de dinossauros e leva-los a nova sede do Jurassic Park, em San Diego, decide chamar uma equipe para combater os planos do sobrinho. Dr. Ian Malcolm, a paleontóloga Dra. Sarah Harding (Julianne Moore), o fotógrafo e integrante do Greenpeace Nick Van Owen (Vince Vaughn) e o perito em equipamentos de campo Eddie Carr (Richard Schiff) vão à ilha para resolver o problema – além da filha de Malcolm, Kelly (Vanessa Lee Chester), que foi escondida. No final, é claro, eles tem que fazer de tudo para salvar suas vidas na ilha que está cheia de dinossauros soltos.
Sandra Bullock, Gwyneth Paltrow, Helen Hunt, Teri Hatcher, Elizabeth Hurley e Sherilyn Fenn fizeram teste para o papel de Ellie Sattler. E Moore acabou interpretando a Dr. Sarah Harding.

Precisamos deixar claro que o filme não é ruim, como muitos na crítica dizem. Geralmente ouvimos falar que o roteiro é ruim e que os personagens não foram bem explorados. Ele tem cenas muito boas, como a cena do T-Rex na cidade (sim, estou falando da cena do cachorro). Ou a cena do trailer no penhasco, que é muito tensa.

Mas o que eu vi mais reclamação da crítica foi o excesso de cenas à noite (o que nunca dá de ver nada, e eu particularmente não gosto também de filmes escuros assim). Outra coisa que é muito reclamada é a cena da Kelly Malcolm “lutando” com os velociraptors no final enquanto faz acrobacias de ginástica – eu admito que ficou um pouco exagerado, mas gente, o filme tem dinossauros e humanos juntos, custa entrar um pouco na brincadeira? Se levar tudo a sério, ninguém vai gostar de nenhum filme.

Temos também a polêmica que envolve todos os filmes sobre tamanho e anatomia errados ou também a ausência das penas nos que depois se descobriu que possuíam penas, etc. São situações que muitos gostariam que imitasse o máximo possível da realidade, só que, sendo um filme, nunca vai ser tudo igual, é ficção, vai ter sempre coisas que fogem da realidade pra fazer o filme ficar interessante, divertido, etc.

“Então acho que pegam um pouco pesado de mais com “The Lost World”. Acredito que sim, poderia ser melhor. Como a parte da garotinha no início do filme que é atacada por Compsognathus na praia; foi uma história muito explorada nos livros e que foi de grande importância, mas no filme, ficou só por aquilo mesmo. Aliás, o livro “The Lost World”, como informei no início, é muito melhor e mais rico em detalhes do que o filme, sem falar que é muito mais sombrio e sangrento. O que nos conforta, são os efeitos especiais e a fotografia, sempre impecáveis. Em suma, o filme não é ruim, o filme é bom e divertido, só não é melhor que o primeiro.” – Gabriella Strege.
“Jurassic Park 3” / “Jurassic Park III” (2001) Se o segundo filme não agradou a crítica, vocês podem imaginar o que pensaram do terceiro. Infelizmente, “Jurassic Park 3”, lançado em 2001, não é o favorito e é o mais detestado pela grande maioria dos fãs – tendo sim uma porcentagem que defende o filme e realmente gosta. A terceira parte teve direção de Joe Johnston, e foi escrito por Crichton, Alexander Payne, Jim Taylor e Peter Buchman e produzido por Spielberg, Kathleen Kennedy e Larry J. Franco.

O filme conta sobre um casal – Paul Kirby (William H. Macy) e Amanda Kirby (Téa Leoni) – que buscam ajuda do Dr. Alan Grant. Eles informam que são ricos e que querem fazer uma excursão pela ilha Sorna e que irão pagar bem, quando na verdade, eles estão procurando o filho deles, Eric Kirby (Trevor Morgan) que desapareceu 8 semanas antes. Eric estava próximo da ilha junto com Billy Brennan (Alessandro Nivola), quando um acidente faz eles pararem na ilha. Quando o Dr. Alan Grant chega na ilha com o resto do pessoal, além de tentar encontrar o garoto, eles tem que fugir de uma nova ameaça: um Epinossauro. E o restante do filme é basicamente como os outros: tentar sobreviver, fugir dos dinossauros e sair da ilha o quanto antes.

O filme divide bastante a opinião da galera sobre ser ruim ou não, então vou deixar aqui a minha opinião sobre ele. O filme é bom e divertido, tem bastante tensão e partes com suspense. Assim como os antecessores, a fotografia e efeitos são excelentes.
A parte mais legal com certeza é as que mostram Eric se virando sozinho na ilha, ele se mostra muito esperto, diferente do segundo filme, onde vimos Kelly lutando com velociraptors.

O legal também é que trouxeram o Espinossauro, Ceratossauro e um aviário com Pteranodons para o filme (não digam que Pteranodon é “dinossauro com asa” ou “dinossauro que voa”, isso é totalmente errado). Só que o Espinossauro se tornou a parte detestável pra alguns fãs, pois ele mata o Tiranossauro Rex no filme (esse é o tipo de spoiler que não tem como deixar de comentar). E ainda gerou polêmica sobre o T-Rex morto ser filhote ou não, e se fosse adulto como que o Espinossauro poderia matar ele. A morte do T-Rex, que era a marca registrada do filme foi a gota d’água pra muitos fãs.

Outra polêmica é a anatomia do Espinossauro, que vem mudando há muitos anos, e na época que o filme foi feito, não tinha sido achado fósseis de Espinossauro mais completos. Também a anatomia do Ceratossauro é criticada, principalmente o crânio que está basicamente um “T-Rex com chifre”.
“Outra coisa que a maioria dos fãs detestou e eu principalmente, foi o casal, os pais do Eric. O filme todo tem um lado de “romance” por causa deles, e pra mim, isso estragou o filme, deixou o filme muito chato com constante brigas sem sentido.” - Gabriella Strege.
“Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” / “Jurassic World” (2015) Quando se teve notícia de que iria sair um novo filme de “Jurassic Park”, os fãs piraram. Em 2015 foi lançado “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”, cheio de referências aos filmes anteriores e também, muitas polêmicas e mais uma vez um público dividido. O filme tem direção por Colin Trevorrow, que também é responsável roteirizar junto a Rick Jaffa, Amanda Silver e Derek Connolly.

O filme traz novos personagens e uma história bem interessante. Ele conta sobre o sonho de John Hammond que virou realidade, vinte e dois anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, é aberto o parque Jurassic World, expondo dinossauros como em um zoológico, além de ter diversas atrações, brinquedos e áreas temáticas. Claire Dearing (Howard) é a gerente de operações do parque, situado na Ilha Nublar, e se depara com a situação de além de cuidar do parque, ter que cuidar dos seus sobrinhos Zach (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins). No parque trabalha também Owen (Chris Pratt), que consegue significativos avanços com a domesticação dos velociraptors e se vê alvo também dos interesses militares de Hoskins (Vincent D’Onofrio – sim, o vilão Wilson Fisk de “Demolidor”). Como se nada pudesse piorar, um dinossauro híbrido nomeado de Indominus Rex, aparentemente foge da jaula e causa o maior caos no parque inteiro.

O filme nos surpreende de diversas formas. Primeiramente, com a quantidade de referências ao primeiro filme, o que nos faz arrepiar, chorar e se emocionar. O filme é bem estilo aventura, com um pouco de suspense e tem também um tom cômico, vindo principalmente de personagens como o Owen e o Lowery (Jake Johnson), um funcionário que trabalha na sala de controle do parque.
O que a crítica tanto pontua negativamente no filme, é o roteiro, que talvez tenham se empolgado tanto com efeitos, dinossauros e “mais dentes” – como o próprio filme mesmo critica – que esqueceram que a grande maioria do público que assistiria o filme, são pessoas que não são apenas fãs de dinossauros ou dos filmes anteriores, mas também um publico inteligente e exigente que não se contenta com “pouca coisa”. E a maioria dessa crítica negativa é feita pelos próprios fãs de “Jurassic Park”, que primeiramente, se irritaram com o tanto de efeitos visuais. O CGI que era pra ajudar a criar os efeitos e deixar o filme bom, acabou “forçando demais” algumas cenas – o que se torna muito chato pra quem entende que aquilo tudo foi feito no computador. Mas muito se engana quem pensa que os dinossauros foram feitos só de computação gráfica. Por exemplo, foi feito um animatronic da cabeça do Apatossauro que morre na frente de Owen e Claire. Assim como também pessoas foram usadas para ajudar a dar vida aos velociraptors.

O que não nos deixa tão contentes, é que grande parte dos dinossauros são efeitos visuais, não teve todo aquele trabalho manual do primeiro filme – e que vamos ser sinceros, ficou muito bom, até mesmo pra época. Mesmo assim, não podemos negar que os efeitos estão bons, assim como a fotografia e o som.

Uma coisa bacana no filme – e um pouco hipócrita ao mesmo tempo – é uma cena que é citado sobre o interesse das pessoas no parque, interesse o qual caiu ao longo do tempo, pois pessoas se acostumaram a ver dinossauros e eles não são mais novidade pra ninguém. As pessoas sempre buscam mais coisas, e com isso, o parque busca sempre algo maior, e consequentemente, dinossauros maiores, mais agressivos e com mais dentes. O que acaba virando hipocrisia, pois é justamente o que aconteceu com os filmes da franquia. Embora o povo goste, sempre quer mais. E eles fazem mais filmes, com histórias sempre parecidas, e com dinossauros maiores e mais ferozes.

É a vida imitando a ficção. Outra coisa que irritou bastante o público (e eu, principalmente) foi Claire usando salto pra correr de dinossauro. A conclusão que tiramos é que isso seria praticamente impossível, pois ou o salto quebraria ou escaparia do pé, sem falar a dor de usar isso tanto tempo. Ou talvez a personagem estivesse ocupada demais tentando sair viva, que tenha esquecido que estava de salto o tempo todo. Ou de repente não queria ficar descalça. De qualquer forma, foi um detalhe que irritou bastante gente.

Uma coisa bem legal no filme é que além da nostalgia, ele resgata um ator que participou do primeiro filme: o B.D. Wong, que fez o Dr. Henry Wu, o geneticista-chefe responsável pela ideia de preencher as lacunas do genoma de dinossauro com DNA de outras espécies, ou seja, é por causa dele que os dinossauros “voltaram a vida” e é por causa dele que ‘existiu’ “Jurassic Park”, literal e cinematograficamente.
“Porém, não podemos deixar esses detalhes estragarem o filme. “Jurassic World” é sim um bom filme, é divertido, levamos uns sustos, torcemos pelos personagens; alguns a gente torce para que morram – temos cenas que nos remetem a nostalgia dos primeiros filmes, temos lutas muito boas dos dinossauros e o final é um pouco previsível, mas muito bom.” - Gabriella Strege.
“Jurassic World: Reino Ameaçado” / “Jurassic World: The Fallen Kingdom” (2018)
Novamente nos vemos com um segundo filme, que também divide várias opiniões, como sempre. “Jurassic World: Reino Ameaçado” já começou polemizando com o nome, pois primeiramente, havia sido traduzido como “Jurassic World: O Reino Está Ameaçado” e através de um abaixo-assinado, fãs pediram (inclusive eu fui uma das pessoas que assinou) para o nome ser mudado para “Reino Caído” ou “Reino Ameaçado”. Ainda bem que nos deram atenção e mudaram o nome, porque tinha ficado ridículo, a tradução literal.

No filme temos Trevorrow novamente, mas como roteirista, assim como Connolly e temos J.A. Bayona, assumindo a direção. Tivemos Spielberg na produção junto de Trevorrow, Belén Atienza, Frank Marshall e entre outros.

O filme se passa três anos depois do anterior, Claire Dearing (Howard) fundou um “Grupo de Proteção dos Dinossauros”, organização dedicada à preservação dos dinossauros e da ilha onde eles estavam. Durante esses anos, o parque foi fechado, a ilha ficou “abandonada” e os dinossauros ali presentes viviam uma vida em liberdade e longe dos humanos, até que um vulcão em atividade na ilha começa a ameaçar a vida dos animais.

Muitos debates são feitos referente aos dinossauros, se deveriam ser salvos ou deixados pra morrer, e Claire, vendo a situação, decide contatar Owen (Pratt), a fim de ter ajuda para tirar os animais de lá.
Claire também ganha supostamente o apoio de Benjamin Lockwood (James Cromwell), o ex-parceiro de John Hammond, e também o apoio Eli Mills (Rafe Spall), para iniciar a missão de resgatar os animais e traze-los para um suposto santuário de Lockwood nos Estados Unidos. Mal sabia Claire, que era quase tudo mentira.

O filme novamente trabalha com a nostalgia, principalmente do meu personagem favorito da franquia, Dr. Ian Malcolm (Goldblum), que resolve dar o ar da sua graça no filme, além de também como de costume, nos dizer verdades e falar a famosa frase... “A vida encontra um meio.” (escorreu uma lágrima nostálgica aqui).

O filme fica nesse empasse de salvar dinossauros e de sobrevivência, como sempre. O bom do filme, é que ele é muito, mas muito mais do que a gente imagina.
Primeiramente, vendo os trailers, eu tinha achado que o filme já estava todo entregue e que era só juntar os pontos que eu iria saber o final. Mas não, o filme é bem mais que isso. Infelizmente, como no antecessor, o filme traz um novo hibrido, o Indoraptor – o que já nos faz pensar “de novo a mesma coisa”. E podemos dizer que sim, a participação do novo dinossauro é bem previsível, assim como outras situações no filme. Mas não se engane. Como eu falei, o filme é bem mais do que a gente imagina.
Tem muitas cenas fortes e assustadoras, tem o ar de aventura, tem muitos momentos de tensão e momentos que nos fazem chorar (sim, aquela cena!), e também temos claro, o tom cômico que é vindo principalmente do personagem Franklin Webb (Justice Smith), um analista de sistemas pra lá de medroso, que junto com a médica veterinária Zia Rodrigues (Daniella Pineda), fazem parte do time que tenta salvar os dinossauros.

Os momentos de maior medo, tensão e suspense geralmente estão acompanhados da garotinha Maisie Lockwood (Isabella Sermon), que além de tudo, nos deixa com “uma pulga atrás da orelha” por causa de um segredo envolvendo ela mesma. Aliás, se tem uma coisa que sempre tem nos filmes do Jurassic Park / World são crianças!

O filme ainda é bem recente para adicionar todos os detalhes que eu queria, aparentemente qualquer detalhe a mais vira um spoiler. Gostaria somente de frisar que para o final eu esperava mais, parece que ficou faltando alguma coisa, mas isso não significa que o final foi ruim.
Aliás, o final e a cena pós-crédito nos lembram imediatamente do segundo filme, “O Mundo Perdido: Jurassic Park”– onde temos T-Rex em San Diego e neste, vemos Blue e T-Rex na cidade – e do terceiro filme “Jurassic Park III” – onde no final temos pteranodontes voando e Alan Grant dizendo... “Eles devem estar procurando um novo local pro ninho”, enquanto que neste filme vemos pterossauros pousando numa torre de Las Vegas). Como eu disse, muitas referências, e este final mais o pós-crédito, já nos dão uma breve ideia do que acontecerá no próximo filme, que está previsto para 2021.

Lembram de quando eu expliquei sobre a polêmica de “Jurassic World”? Pois então, os responsáveis do filme ouviram nossas preces pois trouxeram vários – eu disse vários! – animatronics para o filme (além é claro, das outras formas de efeitos já citados anteriormente... Os práticos). Nós podemos citar aqui alguns dinossauros que foram usados com animatronics: Indoraptor, o T-rex, a velociraptor Blue, etc.
Falando em dinossauros, esse filme foi o que mais tivemos dinossauros, os principais que podemos destacar são: Baryonyx, Carnotauro, Allosauro, o fofinho Stygimoloch, além dos já mais conhecidos como o Galimimo, Anquilossauro, Estegossauro, Triceratops, Compsognatus, Estiracossauro e mais uma vez, o Mosassauro e o Pteranodonte. Uma pena que a maioria, e os mais favoritos da galera, não ganharam tanto destaque.

Em suma, podemos informar que o filme é muito bom, como sempre, com fotografia e efeitos bons, som também. O filme peca em algumas coisas (principalmente quando insiste em trazer mais do mesmo), mas em nenhum momento deixa de ser bom, inclusive, quando assisti pela segunda e terceira vez eu gostei muito mais do que na primeira (que eu vi no cinema). Ele nos toca profundamente em questões ambientais e animais, o que eu achei muito importante, além de ser um filme que de qualquer forma vai te divertir e eu acredito que tenha sido tão bom quanto o primeiro “Jurassic World” (com exceção daquela cena triste, é claro). Então se você viu e não gostou, de repente é só questão de ver de novo e entender melhor o que está acontecendo. Lembrando que, teremos um novo filme (e acredito que será o último da franquia) que será lançado em 2021, e talvez os pontos que não se encaixaram nesse filme façam mais sentido no próximo.

“A sequência de “Jurassic World” nos compele com seu estonteante visual. Eu realmente não esperava muito desta sequência, já que meus olhos se drenaram com o primeiro, de tantos efeitos visuais. Quando fui assisti-lo no cinema, o que mais me marcou e doeu o meu coração, foi aquela cena dos dinossauros na ilha, e a sala estava com famílias e crianças e ouvi uma delas soltar a frase... “Porque está acontecendo isso, não!”, foi devastador, e uma cena linda ao mesmo tempo.” - Jonatas dos Santos Pereira.
Tanto o parque, quanto o mundo dos dinossauros, trouxeram o brilho em nossos olhares ao ver essas criaturas na grande telona, grandes nomes foram os responsáveis por trazerem o lúdico para o cinema, assim como vimos que os elencos tem nomes de peso. Mais não é só isso que deixa essa franquia interessante, apesar de seus erros e de sua história (parecer) se repetir a cada novo filme, é algo muito bom ter várias emoções em tela, num filme só e essa franquia tem disso... Outro fator é que é uma franquia para toda família assistir junto. É uma franquia que esbanja conquistas, desde seu primeiro filme que contribuiu para a história do cinema trazendo para a telona essas criaturas não vistas ali antes e efeitos práticos que são soberbos, assim como a continuação que movimentou a bilheteria mundial, mostrando que as pessoas ainda se importam com os dinossauros, e mais que isso, que elas querem os ver.
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