“Maniac”
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Insanamente uma série incrível, de não vidrar os olhos... Cary Fukunaga é um impecável e notável cineasta.
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Meu primeiro contato com um trabalho de Cary Fukunaga com produção do Netflix foi o incrível longa “Beasts of No Nation”, e já foi amor a primeira vista. Quando o serviço de streaming anunciou uma “série limitada” com completa direção de Fukunaga, eu surtei e como está num trecho de uma das músicas da banda Legião Urbana, na hora eu pensei... “Tem bagulho bom ai!”. Ao ver o trailer meu coração disparou, eu fiquei fascinado com a fotografia, com a direção, o roteiro e claro com Emma Stone e Jonah Hill no elenco; eu não entendi nada do trailer, mas eu sabia que “Maniac” séria uma baita série limitada, e minha nova obsessão... E não é que eu estava certo, ela é uma obra-prima!
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Na insana trama, nós temos duas pessoas, que participarão de um “teste farmacêutico”, para testar os efeitos de uma droga, até aqui tudo bem. Annie (Stone) e Owen (Hill), são essas “duas pessoas”, a trama tem ar e tempos lá no que parece ser um futuro. As razões deles, são distintas para estarem realizando os testes, ela tem um distúrbio e ele tem esquizofrenia... A promessa da droga (ou remédio), que foi criada pelo doutor James (Justin Theroux), é que a droga pode curar qualquer doença mental. Tudo começa a dar “errado” (ou certo), quando Annie e Owen começam a unirem-se nos seus “testes”, de formas inusitadas.
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Meus elogios a Fukunaga, são extremamente válidos, já que o cineasta é um dos melhores deste século, “Maniac” é o trabalho dele, que até o momento, é o que eu mais aprecio.
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Filmar ideias, sobre o que se passa na cabeça de pessoas que sofrem mentalmente não nenhum pouco uma coisa fácil. Fukunaga desbrava esse mundo com sua impecável direção, é lindo de se ver. Claro que essa filmagem não seria nada sem a mente de Patrick Somerville que assinou a criação da série junto a Fukunaga.
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Os cenários são soberbos, desde a uma passada nos anos 70 ou 80, uma ida ao que seria uma outra dimensão, um lugar de trama expiatória e até mesmo uma terra mágica... É incrivelmente um estrondoso sci-fi, com drama e comédia (um humor negro).
Na trama há várias cenas intensas e maravilhosas, por exemplo no segundo episódio (intitulado ‘Winmills’), vemos a partir do ponto de vista da personagem Annie, temos uma baita cena da personagem, e entendemos o porque da situação dela, é muito tocante e ao mesmo tempo forte.
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Já no sétimo episódio (intitulado ‘Ceci N’est Pas Une Drill’), temos uma cena para pessoas com estômagos fortes, onde vemos um personagem ser decepado ao meio, e seu intestino e órgãos saem para fora, é repulsivo e nojento ao mesmo tempo. Além dos sets exuberantes, da incrível filmagem, do insano roteiro, nós temos uma p*#@ trilha sonora, Dan Romer é um exímio compositor, deu a “Maniac” a exata, perfeita e necessária trilha sonora, é um banho sonoro incrível, as composições complementam a série de uma maneira linda.
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Stone e Hill, entregam performances impecáveis, para papéis lindos e sensíveis, papéis esses de camadas profundas, de pessoas não muito bem mostradas, e por vezes muito mal compreendidas pela nossa sociedade. Sim eles estão numa série, algo “ficcional”, mas suas atuações transbordam da tela para o espectador, as drásticas e dolorosas situações de seus personagens, por mais lúdicas que Fukunaga tenha as deixado em tela.
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A notável série limitada, “Maniac” é o que precisávamos pelas lentes de um incrível cineasta, de uma soberba equipe, de um baita roteiro, que comportam temas não muito explanados, doenças mentais não são brincadeiras, ninguém quer passar por isso... Enfim é uma incrível obra-prima.
Nota: ★★★★★