“Os Incríveis 2”
Essa continuação era mesmo necessária? (Ver o Zezé, nunca é demais!).
Lá em 2004, o estúdio da Pixar (uma subdivisão de filmes de animação da Disney), traria mais um filme para sua seleta coleção, que marcaria e deixaria o nome do estúdio ainda mais na trilha de ser um dos estúdios de animação de grande renome.
A história traz uma família de super-heróis, onde os chefes da família (o pai e a mãe), eram super-heróis conhecidos, que se uniram e tiveram filhos, e eles tiveram que deixar um pouco de lado a vida de super-heróis (não só pelo fato de criarem uma família, tem mais), seus filhos também tem poderes, mas não podem usa-los (como o Flecha gostaria). “Os Incríveis” (“The Incredibles”), arrecadou mais de seiscentos milhões dólares em volta do globo, ou seja, muito dinheiro e ele em 2005 abocanhou dois óscares de suas quatro indicações (sendo eles, o de melhor filme de animação e melhor edição de som).
E após quatorze anos, a sequência apareceu, mas ela não está tão incrível assim!
Em 2015 a Disney, realizou D23 (lá nos E.U.A.), uma expo da marca, para apresentar suas novidades, e claro a Pixar estava lá, com seus novos lançamentos e mostrando que alguns de seus sucessos teriam continuação... “Os Incríveis 2” (“Incredibles 2”), era uma dessas novidades, e imagina quanta alegria rever a grande família de super-heróis da Pixar novamente, incrível não é mesmo. Pense nesses quatorze anos. Óbvio que a sequência poderia vir antes (amaríamos).
Levando em consideração que não é nada fácil fazer uma animação, ainda mais de um estúdio de renome, deve levar de três a cinco anos para se concretizar (isso se não mais tempo), e ela deve ser aprovada, e é uma animação que será uma sequência, pois seu primeiro filme (o dos “Os Incríveis” no caso), foi um sucesso, de bilheteria e de crítica; então tudo até que está bem, mas pense que “Os Incríveis” foi um filme muito bom e que o medo de dar uma sequência é algo natural, até porque muitas sequências são péssimas.
Brad Bird que retomou como diretor e roteirista infelizmente não soube fazer uma sequência para um dos filmes magistrais do estúdio.
O que não me entra na cabeça é a cópia escancarada que é a sequência, para com o que foi o primeiro, e que o feminismo pode e está em alta, mas isso não é pauta para vangloriar uma personagem feminina (aqui no caso, a matriarca Helena), que é uma personagem que engloba a família. O filme começa de onde o primeiro acaba, até aí tudo bem, mas o enredo se vê preguiçoso, realmente uma cópia. Um outro vilão, que estava na cara o tempo todo, deixou o longa previsível demais.
Me lembro que “Os Incríveis” entrou para as entranhas da cultura pop nos anos dois mil, e que a animação como eu citei acima, é uma das que fez o estúdio ser renomado.
E claro que aqui no nosso país a preferencia é pela dublagem, e eu também não vou negar que animações devam ter esse crédito, de serem vistas dubladas. Michael Giacchino, também retomou para a sequência, cuidando da trilha sonora, que é um dos pontos altos e necessários do longa.
O melhor conjunto de cenas, se deve ao personagem Zezé, o bebê.
Quando o bebê está assistindo à televisão (quando deveria estar dormindo, quem nunca?), e vê um ladrão, que é dado como errado, logo olha para a lata e lixo, que está fora da casa e que está sendo invadida (a lata e lixo) por um guaxinim, o bebê logo assimila o que viu na tv, com o que está vendo e parte para defender sua casa, onde seus múltiplos poderes se manifestam, culminando no melhor conjunto de cenas o filme. Claro que todas as aparições dele são o outro ponto alto do filme. Talvez “Os Incríveis 2” (e só talvez), não foi a melhor sequência da Pixar, e que talvez nem precisaria ter existido.
Nota: ★★★
Plus... Curta “Bao”
Os filhos são para o mundo, e não para as mães!
Já é de praxe que antes de todas as animações da Pixar, haja um curta de animação. E o de “Os Incríveis 2”, foi o curta “Bao”, da diretora Domee Shi knows. O curta é profundo e inevitavelmente de cortar o coração, e as mães que estavam nas salas de cinema o vendo, devem ter sentido isso, eu que não sou mãe, senti! “Bao” é extremamente tocante.
No curta, um bolinho de massa que desperta, gritando como um bebê pouco antes de sua criadora (uma mulher chinesa mais velha), estar prestes a come-lo, vê nele um filho. O bolinho se torna seu filho substituto.
Ele fica mais velho e “chato” - como a maioria dos adolescentes e jovens, e isso incomoda a mulher que o criou e o tratou como filho, logo ele arruma uma namorada e as coisas tomam proporções inesperadas. O curta é um belo exemplo de como as mães lidam com uma criança, cuidando delas, educando-as, dando carinho, vendo elas crescerem, e algumas lidam com a fase “rebelde” de algumas; até chegar ao ponto da partida de seus filhos, quando eles deixam o lar e vão viver suas vidas. Shi knows fez um excelente curta da via real. É forte e é emocionante.
Nota: ★★★★★