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‘Westworld’ (2ª Temporada)


Congele todas as funções motoras!” - ‘Westworld’.


Em 2016, a HBO estreou a sua próxima atração hit e sucessora de ‘GoT’, a série ‘Westworld’, que vem a ser uma das melhores séries da atualidade (e uma das minhas favoritas), não só pelos seus gêneros, como o forte drama e o impecável suspense, mas o fator chave, sua base no sci-fi, que é de arrepiar. A série trata do tema de tecnologia, mas, mais propriamente de inteligência artificial, de uma forma assustadora (não a lá ‘Black Mirror’). Tendo de molde e fundo, uma grande aventura, que de se acompanhar, vem sendo épica. Nessa nova temporada que teve um espaço de um ano depois de sua estréia, sentimos o quão é bom uma preparação, e a série sabe muito bem fazer isso, já que sua produção (da 1ª temporada), demorou. Jonathan Nolan, Lisa Joy e toda a equipe, foram mais além nessa temporada; mais sets; mais histórias; mais personagens e muita complexidade, mas no final, tudo entendível e ainda, a série continua de tirar o fôlego e brilhar os olhos.


Na nova temporada, “voltamos” para onde a anterior nos deixou… Com aquele tremendo final! Algumas coisas estavam bem explícitas, mas essa temporada explorou mais a narrativa de seus personagens, o que estávamos meio que perdidos na temporada anterior (no que diz respeito aos episódios iniciais). Dolores (Evan Rachel Wood) e Maeve (Thandie Newton) tem cada uma seus objetivos e é interessante entendê-los e acompanhar essas duas diferentes personalidades e no que suas escolhas as levaram. Nolan, Joy e os roteiristas conseguiram muito bem descascar as camadas dessas personagens, e os outros personagens também, mas o arco da trama em si (principalmente o final), não foi o melhor dos melhores.


Gostei bastante do que nos foi mostrado, quanto as extensões do parque, como a extensão Shogun World, indo ao arco de Maeve no continente oriental, somos introduzidos nessa extensão no quinto episódio desta temporada, intitulado “Akane No Mai”. Nolan, teve inspiração nas obras cinematográficas de Akira Kurosawa, o que foi um aceno aos filmes do cineasta, que ele via quando mais novo.

Foi muito bom, ver outra temática e mais ainda o imenso trabalho da equipe que cuidou dos sets e decoração, como também John Grillo com a fotográfica, e a equipe de efeitos visuais com a ambientação para captarem imagens que submetam ao cenário ali apresentado. É uma versão oriental, da cidade do velho oeste que vimos na temporada passada. Rinko Kikuchi está excepcional no papel de Akane.


As direções também estavam impecáveis. Ressalvo o quarto episódio, o “Riddle of the Sphinx” que teve a direção de Joy, e que fala mais um pouco do arco do Homem de Preto (Ed Harris), nessa temporada; Sendo ela também criadora da série, roteirista e produtora, fomos levados a uma baita experiência, nesse episódio; onde logo no começo ao som de ‘Play With Fire’ do The Rolling Stones, temos uma tensão, e ela se estende, pois ela mostra, apenas o que a câmera quer nos mostrar, num set novo, que não lembra o parque em si. Eu realmente me senti, como se estivesse em outra série no começo. Um trabalho soberbo de direção!


É muito bom quando acompanhamos um personagem e nos apegamos a ele ou eles, e eu desde o primeiro episódio da série, me apeguei a Dolores. Salientei isso, porque ela é uma personagem central, mas tivemos outras histórias no caminho da dela e uma foi bem marcante e interessante, falo do oitavo episódio, o “Kiksuya” onde vimos mais dos anfitriões da Nação Fantasma, os nativos; que aparecem na primeira temporada. Mergulhamos na história de Akecheta, deslumbrante interpretação de Zahn McClarnon; que tem uma outra narrativa, dos anfitriões vistos até aqui.


Creio que, o que me incomodou nessa trama, dessa temporada, foi o que trouxeram em pauta para os anfitriões, ou seja as inteligências artificias, vimos e aprendemos mais “tecnicamente” a respeito do que liberdade significa para alguns, e é óbvio que vimos qual foi o “destino” e o final que muitos tiveram que pagar pela sua liberdade e até os que não a tinham em vista; soa clichê, também concordo! O que eu penso, é que poderiam ter explorado mais essa questão da reviravolta dos anfitriões. Já vimos o que estava nas limitações (dentro do parque), mas o que nos espera fora das limitações, no caso o que ou o quem os esperam fora do parque? Esperamos que as próximas temporadas nos digam isso.

Nota: ★★★★

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