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“Aniquilação”


Alex Garland sabe muito bem como criar suspense, mas infelizmente o gênero por si só não se sustenta numa trama previsível!


Na trama um pouco “complicada” de vai e volta na história, que se baseou no livro de mesmo nome... Aniquilação, nós temos o que até pode ser considerado bom até certas alturas de alguns atos do longa (não sendo todos). Temos um grupo de cinco mulheres cientistas (várias áreas das ciências) indo a um lugar que está cercado por um “um brilho” algo de “outro mundo”, até aqui poderia estar tudo bem.

A trama toma propensas proporções quando a bióloga (impecavelmente interpretada por Natalie Portman) “uma das lideres” vai até o brilho por motivos “não profissionais” e meio que “forçadamente” é tudo meio que preparado para que a situação em si aconteça; houve outras expedições nessa área com o “brilho”, mas nada comparado a que tem essas cientistas por trás, para provavelmente desvendarem o “mistério” do brilho.


O que mais me deixou chateado em relação ao longa de sci-fi e suspense de Garland é que a demora para mostrar o que “praticamente” já está óbvio, pelo menos ao meu ver, se estendeu num filme que poderia ser muito mais ousado do que foi. É interessante notar que Garland roteirizou e dirigiu Aniquilação (“Annihilation”) da forma dele, meio óbvio né, mas o que eu quero dizer é que sua assinatura é memorável, nota-se isso aqui e em “Ex_Machina: Instituto Artificial”, que por sinal é ótimo.


Sou apaixonado por drama, ficção-cientifica e suspense; são gêneros que fazem meus olhos brilharem, assim como outros também. Algumas das cenas mais tensas do longa são tomam pela paleta de cor mais sombria, por vezes escura em consequência de ser proposital ao suspense da trama e da cena em questão, mas em termos de qualidade isso nota-se ser um ponto fraco, pois quando se está numa sala de cinema isso até se deixa passar, mas quando o filme está num serviço de streaming é importante uma qualidade visual. Não estou falando que o final não tenha essa qualidade, mas ele peca nas cenas em que eu citei.


Como eu citei Garland sabe trabalhar o suspense e isso é bom, o que deixou seu trabalho aqui notável foi à trilha sonora de Ben Salisbury e Geoff Barrow, que deram vida ao “brilho”, as próprias cenas que não precisavam de fala, só necessitavam da trilha... As pontuações para com as cenas de suspenses são notáveis a dupla fez um excelente trabalho.


Os efeitos especiais do longa desapontaram um pouco, ou melhor bastante... Para um diretor renomado a essa altura do campeonato eu esperava mais dos sets de locações com os efeitos visuais. O brilho, por exemplo, é um dos pontos visuais mais críticos aqui... É notável, pois nota-se algo muito falso. O último ato do filme contém a grande parte do que o filme todo deveria ter de efeitos visuais.


Não senti uma presença forte da fotografia, infelizmente. Eu realmente esperava mais das personagens de Jennifer Jason Leigh e Tessa Thompson, parece que elas estavam ali dando o mínimo de suporte e convenhamos que isso chateia, as duas são atrizes maravilhosas.


Quem realmente rouba completamente a cena é Portman... Não haveria de ser diferente, mas por outro lado a sua coadjuvante não deixou nada a desejar, Gina Rodriguez entrega um desempenho incrível de não vidrar os olhos da tela, seu momento é perto do terceiro ato, uma cena fenomenal, que inclusive é uma das cenas que eu mais gostei do longa.



Aniquilação” é bom, você provavelmente vai lembrar-se dele no dia seguinte, mas não como deveria de ser lembrado. O final em minha opinião foi demais de previsível e nossa a sensação é de que esse final já aconteceu em outros longas, pode ser que não “idêntico” ao que vemos aqui, mas a base é a mesma de muito outros filmes de suspense que chega até ser “manjado” e previsível.

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