“Eu, Tonya”
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Perturbadoramente incrível... Allison Janney é um primor de atuação e Margot Robbie como sempre é excepcional!
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É engraçado como um filme nos dá percepções do que se passa com uma pessoa, não é atoa que a arte imita a vida! Esclarecendo... “Eu, Tonya” (“I, Tonya”) de Craig Gillespie é um filme que merecidamente deve ter toda a nossa atenção, é um longa dramático e de comédia, sobre a turbulenta vida da ex-patinadora de gelo, Tonya Harding (excepcionalmente interpretada por Margot Robbie). Na trama somos introduzidos na vida da ex-patinadora, desde sua infância até o bruto final de sua carreira como patinadora no gelo (uma das melhores); saber como ela se torna uma ex-patinadora é de uma brutal dor ao ver esse estrondoso e brilhante longa.
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O longa tem o seu primor e se encarrega da perfeita tarefa de mostrar como Harfing chegou ao status de “ex-patinadora”. Com roteiro de Steven Rogers, o longa se vê a primeira instancia como uma comédia, e era o que eu pensava que veria, mal sabia eu que era muito mais que isso... Inseridos na vida de Harding vemos, que nossas risadas se tornam pesadas arfadas de insatisfação, de repúdio e de comoção ao que os olhos veem a personagem passar, é fortíssimo; e é um pouco perturbador, há cenas que eu não contive expressões e emoções quanto a trama que eu via, uma trama baseada em fatos reais. Gillespie brica com o modos de fazer um filme, há até espaço para quebras da quarta parede. Drama e comédia se intercalam nesse longa de tirar o fôlego e de nos deixar espantados.
Nota-se o cuidado com o design de produção, com a filmagem e com o figurino que remetem aqueles anos. A trilha sonora é maravilhosa, onde temos as famosas músicas ‘Gloria’ e ‘Dream a Little Dream of Me’.
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Os papéis femininos são marcantes. A personagem LaVona a mãe de Tonya (vivida pela incrível Janney) é uma personagem maravilhosa, que é literalmente uma desprezível mãe. Janney entrega uma performance de cair o queixo, é de fato que sua personagem entra na categoria de piores mães do planeta. Há várias cenas exuberantes, mas há uma em questão, de uma discussão de LaVona com Tonya que é de realmente tirar o folego e de causar enorme e profundo espanto na relação de mãe e filha.
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As cenas de Harding patinando no gelo, fazendo memorais acrobacias no ar são um dos musts do longa. Não bastasse ter uma mãe repudiante, ser a garota “caipira” que se supera pelas suas incríveis performances no esporte da patinação no gelo, ela ainda tem no seu encalço o seu namorado (vivido por Sebastian Stan) que se torna um dos vários aspectos de Tonya, há ser uma azarona, mas também vemos que ela mesma podia ter seguido caminhos diferentes... Podia.
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Definitivamente a cena do espelho é a mensagem principal... Um sorriso por fora, quando por dentro tudo está desmoronando. Uma incrível e fortíssima cena, onde Robbie destrói com os telespectadores, é muito emocional; a atriz exuberantemente conseguiu passar todo o sentimento dramático da situação, a impecável e excepcional atuação de Robbie transbordou fortes emoções na minha pessoa.
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Todo o brutal cômico drama de Harfing é um retrato de se perder uma grande paixão e sofrer por obra de conspiração de terceiros, no caso dela não poder mais exercer sua profissão, ser patinadora no gelo. Mais uma vez um filme extraordinário... E sim, eu o tenho como o melhor filme do ano.