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“A Forma da Água”


Um conto de fadas moderno, bizarro e encantador.


A Forma da Água” (“The Shape of Water”) é o mais novo filme de Guillermo del Toro, e se você conhece o trabalho dele já dá pra ter uma boa ideia do que você vai assistir... Eu diria que, de todos os trabalhos anteriores, este é o mais próximo de “O Labirinto do Fauno” (“Labyrint’s Pan’s” de 2006), também muito elogiado. Ambos os filmes possuem personagens femininas que lutam entre dois mundos: fantasia e realidade. Enquanto “O Labirinto do Fauno” é narrado através dos olhos de uma menina, refletindo e falando sobre os medos e desafios da infância, “A Forma da Água” tem como personagem principal uma mulher. Uma mulher sexualmente frustrada e solitária. E o filme reflete muito bem isso. É um filme arriscado em muitos aspectos e eu tiro meu chapéu para o del Toro por ter tanta coragem.

Anos 60, a era da Guerra Fria. Os americanos estão vivendo seus sonhos, ao mesmo tempo em que temem a bomba nuclear e a ameaça Russa. O uso de espiões está em plena floração e ambas as grandes nações estão competindo pela supremacia tecnológica. No meio disso, uma criatura muito curiosa chega a um laboratório de pesquisa espacial em Baltimore.


Um ser diferente de tudo já visto pela ciência moderna. Mas, curiosamente, é a mulher da limpeza muda que melhor parece entender esse ‘monstro’. A ideia de ter uma protagonista que não pronuncia uma única palavra durante todo o filme pode parecer estranha no início, mas Sally Hawkins dá vida a uma personagem memorável e usa todas as expressões corporais possíveis para transmitir exatamente o que ela está pensando e sentindo.


Eu amei “A Forma da Água”, mas entendo que esse não seja um filme para todo tipo de público. Se você é fã de del Toro certamente vai gostar. Além do elenco brilhante o filme apresenta cenários com toques de época que são de uma atmosfera maravilhosamente encantadora de encher os olhos.



A trilha sonora se encaixa perfeitamente na década retratada. Não fico nem um pouco surpresa com todas as indicações e o reconhecimento que o filme tem recebido nessa temporada de prêmios. Inclusive arrebatou 13 indicações no Oscar - incluindo melhor filme, melhor direção e melhor atriz.




O amor é algo que pode assumir muitas formas, é uma força tão forte e tão maleável como a própria água. O filme conta a história desse romance muito estranho e místico entre uma mulher muda e uma criatura aquática. Um romance que você não vê com muita frequência - para dizer o mínimo – portanto acho que assisti-lo vale a experiência.

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