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“I Love Dick”


Prezado Dick, isso é sobre obsessão...”.


A série do serviço de streaming Amazon Prime Video, “I Love Dick”, nos da uma visão diferente de várias situações que envolvam a mulher, sendo que você tem somente duas alternativas, ou você ama ou você odeia. Difícil ter meio termo. Uma série que trás muito além do drama, situações das quais são reais mais que não saem da cabeça, em especial, mulheres por algum tipo de pré-conceito que ainda existe em nossa sociedade, ou que muitas vezes se fazem, mas não vistas da forma correta, simplesmente pelo fato de ainda vivermos em uma sociedade presa aos antigos ensinamentos (querendo ou não, essa é a verdade).

A trama que é baseada em um romance feminista de mesmo nome da autora Chris Kraus, se passa numa pequena cidade chamada Marfa, no Texas, onde podemos acompanhar a vida de um casal que tem problemas conjugais. Chris (Kathryn Hahn) e Sylvère (Griffin Dunne), que ao se mudarem para essa pequena cidade por conta de um financiamento para o livro de Sylvester sobre O Holocausto, eles acabam achando uma maneira diferente para resolverem seus problemas conjugais e apimentarem sua relação. A obsessão de Chris pelo carismático professor Dick (Kevin Bacon), que é o financiador de vários projetos artísticos de diferentes maneiras, acaba saindo do controle e trazendo mais problemas ao casal, e também ao Dick. Onde acabamos por ver um escritor em conflitos, uma artista procurando um despertar e um professor confuso.


Jill Soloway é a responsável pela criação da série, roteiro e também direção. Soloway (que também é criadora da série ‘Transparent’, também do Amazon), contou com a participação de mais três diretores além dela mesmo para a produção da série, sendo eles, Andrea Arnold, Jim Frohna e Kimberly Peirce. Além da autora do livro e de Soloway, a série obteve mais sete roteiristas, sendo eles Sarah Gubbins, Heidi Schreck, Annie Baker, Carla Ching, Esti Giordani, Diona Reasonover e Dara Resnik. O mais interessante é que praticamente toda a equipe responsável pela série são mulheres.


A fotografia está incrível igualmente os figurinos que estão de acordo com a época de que se passa a história que esta sendo contada. O elenco também está maravilhoso, captando a atenção do telespectador e os envolvendo na trama. A trilha sonora também está boa, e nela podemos ver também a participação de uma música brasileira ‘Baianá’ do grupo Barbatuques. “I Love Dick” vem nos mostrar as peças que nossas mentes podem nos dar, e principalmente algo que não é muito falado e nem discutido na sociedade, o feminismo e os desejos de uma mulher, tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Querendo ou não, nos dias de hoje, as mulheres ainda são reprimidas em certos assuntos, e ás vezes até humilhadas.


Podemos observar que são muito abordados os desejos de uma mulher, todos nós podemos concordar que nos dias atuais a mulher ainda é vista de uma forma meio antiquada, vivemos em um mundo onde ainda há muito machismo, uma mulher deve se casar e viver dentro de casa cuidando do marido, dos filhos e das tarefas doméstica (esse é um pensamento muito errado). Sim! Conforme o tempo isso mudou um pouco, mas não muito. A série aborda a obsessão que muitas mulheres têm mais não demonstram. Os pensamentos, os desejos, os sonhos, algumas atitudes que gostariam de realizar, isso tudo é um tipo de obsessão que esta trancafiada na mente de muitas mulheres que tem medo de se expressar por conta da sociedade e do que ela irá pensar. Claro, há maneiras e maneiras de expressá-las e onde expressá-las.


A abordagem que a série toma para os assuntos pode se tornar cansativa conforme o telespectador vai assistindo, e ás vezes até meio confuso. Precisa-se prestar muita atenção e ter muita paciência ao se desenrolar dela, até mesmo para você entende-la.

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