“Wonderful Wonderful” (Deluxe)
O The Killers trouxe o melhor álbum de rock alternativo do ano! Carregado de mensagens claras, a banda se superou. É de fato um trabalho magistral!
A banda americana de Las Vegas, de rock alternativo, conhecida como The Killers, debutou seu mais novo trabalho este ano (no mês de setembro), o “Wonderful Wonderful” que é o quinto álbum de estúdio deles e é um dos trabalhos mais potentes deles (não descartando os outros), é impressionante o quão maravilhoso este álbum é, por falar sobre amor, fé, política, força e etc. Nas letras há o poder do que precisa ser dito e ouvido! Tenha certeza de que as pistas das discotecas da década de 80 são lembradas pela banda, que reavivam essa pegada em seus trabalhos. Se uma frase descreve esse álbum, eu posso me assegurar na frase... “Nothing can break, nothing can break me down” (“Nada pode, nada pode me derrubar”), na potente e maravilhosa voz de Brandon Flowers, o vocalista da banda, na faixa ‘The Man’.
É bem perceptível uma baita sonoridade, com os solos de guitarra, baixo, acompanhados da bateria, indo até há notas de teclado e claro há também os sintetizadores. No mês de agosto a banda cedeu uma entrevista a Rolling Stones, aonde falaram do processo de criação desse novo e sublime álbum, eles disseram que este é um trabalho mais adulto e pessoal, que traz a idade que eles têm e o que isso representa para eles, com suas emoções e conflitos. A produção de “Wonderful Wonderful” é de Flowers, com Ronnie Vannucci Jr. (o baterista da banda) e Jacknife Lee (o produtor, que já produziu a banda U2).
Em ‘Wonderful Wonderful’ primeira faixa, que também dá nome ao álbum, temos uma música calma, a princípio (ela parte depois para batidas pesadas), a bateria se faz presente na letra que aclama e da voz, a crianças sem mães e aos que procuram sentido, no que pode ser a atual conjuntura do que estamos presenciando e vivendo, é uma faixa bem sombria, mas verdadeira, que se mostra ter ares dos trabalhos de uma outra banda, a do Depeche Mode. Uma das minhas faixas favoritas é a ‘The Man’, que foi o single para nos preparamos para este álbum, na letra de pop-rock ouvimos Flowers dizer como um homem dever ser, a música traz também sintetizadores, deixando-a com um ar de eletrônico audível.
‘Rut’ traz frases potentes e bem ecoantes, nessa faixa... “Don't give up on me” (“Não desista de mim”) e... “I'll climb and I'll climb” (“Eu estou subindo e subindo”); a rotina nos pega e por vezes no consome, a letra é bem clara, quanto a isso; os toques instrumentais da guitarra, junto aos vocais de Flowers são o must. Uma das baladinhas fica por conta de ‘Life to Come’, onde temos uma música mais ou menos calma. ‘Run for Cover’ tem o explicito clamor da banda, ao fazer dessa faixa não só um dos hits deste álbum, mas também uma mensagem sobre a atual conjuntura da política em que os EUA, está passando (não só eles!), lembrando que a faixa foi o segundo single liberando, antes do lançamento do álbum.
Com a faixa ‘Tyson vs. Douglas’(outra favorita), há fragmentos da infância do vocalista, as batidas dos anos 90 são os toques perfeitos, onde há a percepção do que o vocalista, quando era criança se abasteceu de ver a derrota de Tyson, a letra reflete sua abordagem, com o acontecido. ‘Some Kind of Love’ (a minha favorita), é uma faixa drenada de sentimento, traz todos os sentimentos do vocalista, pela sua esposa, que sofreu de transtorno de estresse pós-traumático, causados por traumas na infância dela, a música é “a” balada romântica do álbum, e as doces vozes que aparecem nas estrofes finais da música, são dos três filhos deles.
Na faixa ‘Out My Life’ traz maravilhosas batidas de groove, a música fala de estrelas do rock, como Springsteen e McCartney e nas letras, onde Flowers diz que quer tirar alguém de sua cabeça, de seu coração, mas não consegue. Em ‘The Calling’ temos uma faixa que traz dois assuntos que muitos não gostam de tocar, mas que devem sempre ser mencionados, que são a religião e a política, a faixa também é uma das calmas, com um refrão que gruda. ‘Have All the Songs Been Written?’ (outra favorita), é potente, com o grande vocal de Flowers, junto a um coro e com a participação do grande guitarrista Mark Knopfler, dando incríveis solos do instrumento a música. ‘Money On Straight’, é uma faixa calma, é uma outra baladinha maravilhosa com ares dos anos 80, muito boa mesmo.
Faixas bônus (remixes)... Há duas versões de ‘The Man’ em remix. Há a de Jacques Lu Cont, onde notasse as batidas de eletro, voltadas para os anos 80, e que realmente é um remix para tocar em baladas. E há a versão de Duke Dumont, que tem as batidas, que claro focam um pouco nos vocais de Flowers, e depois recorre às batidas mais sólidas e pesadas do eletro.
É um prazer indescritível ouvir “Wonderful Wonderful”, é sublime, é um álbum que traz um sentimentalismo à tona, é puro rock! O álbum do ano, o de rock alternativo, traz o doce toque do romantismo, algo que impressiona.