‘Mindhunter’
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David Fincher cinematograficamente nos mostra o que está por trás das mentes mais perversas, e o que se pode aprender delas!
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Ao primeiro contato com o trailer da série ‘Mindhunter’ que vem a ser mais uma original do serviço de streaming do Netflix, estávamos diante de mais um trabalho soberbo para a tv (e streaming), não tive dúvidas com essa, que valeria a pena ver. Eu queria muito ver um bom drama, não que não tenhamos, mais em ver algo “diferente”, não precisaria ser inovador, mas ao mesmo tempo eu jamais pensaria que fosse algo histórico e marcante, que dá nova visão para o Departamento Federal de Investigação (o FBI), no que diz respeito aos seus vastos estudos, que viriam ajudar e prever assassinatos, feitos por mentes sociopatas.
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Claro que a série serve como “entretenimento” um vislumbre televisivo, mas sua base é real, nua e muito crua… A equipe aprofundou-se nas reais entrevistas dos assassinos ali mostrados, que mais tarde viriam a ganhar o seu próprio e adequado termo “serial killer” (“assassino em série”), uma observação pelo agente Robert Ressler, nos anos 70.
O outro agente, John E. Douglas e o autor Mark Olshaker (os caçadores de mentes), deram vida ao livro publicado em 1995, com o título “Mindhunter”, que contava sobre o trabalho de Douglas e de Ressler, sobre casos mais importantes. Dito isso, a premissa da série segue dois agentes… Holden (Jonathan Groff) e Bill (Holt McCallany), do FBI, que criaram uma nova unidade dentro do departamento, uma que investiga o comportamento de assassinos, a fim de entender o que se passa na mente deles e para poderem prever futuros assassinatos e colocar esses estudos a disposição das forças policiais.
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O roteiro da série é impecável! Joe Penhall que vem ser o criador dela, junto com outros roteiristas, sabe como guiar-nos através da tela, isso deve-se também a fonte magnífica disposta a eles.
Já Fincher, exímio cineasta, dirigiu alguns dos episódios da série e também está por trás da produção dela, nos põe dentro de uma série soberba, no que diz respeito a estarmos intactos na trama visualmente deslumbrante, que se passa nos anos 70 (essa temporada). Não há o que reclamar do roteiros e direções. Há tem mais… Charlize Theron também assina a produção da série.
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Temos impecáveis sets, figurinos, e óbvio o must fica com a baita trilha sonora original, produzida Jason Hill, é o clímax para adentramos a tensão; outro destaque vai para o departamentos de som e mixagem dele. A abertura é fenomenal.
Não poderiam ter escolhido um elenco melhor! Groff e McCallany entregam performances deslumbrantes, sem contar que seus personagens são uma baita dupla, cada um com distintas personalidades, mas que se complementam; e há um certo prazer em vê-los juntos, um baita “bromance”.
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Confesso que até pegar gosto em ver a dupla de agentes, foi demorado. Tudo nessa primeira temporada, só começa a mudar, quando conhecemos a personagem Dr. Wendy, que é impecavelmente interpretada por Anna Torv.
A personagem é baseada na pesquisadora Ann Wolbert Burgess, que desenvolveu métodos nas áreas de violência sexual e traumas, ela trabalhou ao lado de Douglas e Ressler nos anos 80, com a criação dos perfis dos assassinos em série das entrevistas. É engraçado falar isso, mas a série ganhou vida com a personagem adentrando na trama e óbvio unindo-se aos agentes.
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Outra incrível atuação é a de Cameron Britton na pele do serial killer, Edmund Kemper. Na série esse ponto, em mostrar os diálogos entre os agentes e os assassinos, é algo bem obscuro e necessário. Tentar entrar na mente deles é pode ser o prato principal, mas somos imersos visualmente, através dos personagens, principalmente quando vemos o quão o trabalho dos agentes e da doutora, pode e os afeta socialmente. ‘Mindhunter’ traz uma nova visão a dramas policiais, é um respiro para o gênero e é sem dúvidas uma série que entra para minha lista de melhores séries.
Nota: ★★★★★