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“Jogo Perigoso”


Uma trama consistentemente boa, mas com poucas doses de bons suspenses e quase nada de terror! Carla Gugino está excepcional.


O filme produzido pelo Netflix e com direção de Mike Flanagan, é uma adaptação da obra literária de mesmo nome (no inglês “Gerald’s Game”), do famoso autor Stephen King. Não cheguei a ler o livro para poder fazer certas “comparações”, mas creio que o filme não deixe a desejar, só é um filme que cansa o seu telespectador, não é um filme que tem uma trama que irá nos prender, a trama recebe doses de suspense (que é seu gênero principal) e é completada com monótonas cenas.


Jessie (interpretada por Carla Gugino) e Gerald (Bruce Greenwood) são um casal de “quarentões” que vão para sua casa de campo, para ficarem a sós e para apimentarem sua relação (que não está tudo aquilo), o que poderia dar errado? Gerald prepara uma brincadeira sexual, envolvendo “algemas” para Jessie, e quando eles estão em meio a sua “brincadeira sexual” e a discussões, ele tem um infarto; Jessie então se vê desesperada, pois está presa a algemas, que por vez estão nos “braços” da cama, seu marido está morto (isso não é um spoiler, tá na sinopse e no trailer), e mais um detalhe... Não há sinal de civilização, ali perto.


Percebemos uma trama bem concreta, com o começo bem alinhado e direto, somos tomados por um suspense intrigante; depois o segundo ato (a metade do filme), já sente “preenchida” por “cenas” que o deixam monótono, quase dando (se é que não deu) sono ao telespectador; e o final teve uma reviravolta inesperada, era esperado que a “mocinha” conseguisse se “salvar”, realmente muito bom. Os créditos do roteiro são de Jeff Howard e Flanagan.


Flanagan soube fazer um bom trabalho com as filmagens, as técnicas que o mesmo usou para captar a trama são de dar um certo brilho nos olhos, e o mais engraçado é que boa parte do filme se passa num único cenário, mas isso não é um empecilho, ele soube dar a nós, os telespectadores um certo ar de suspense (aos poucos, mas deu). A fotografia de Michael Fimognari, é boa, mas não muito marcante. Não me lembro muito da trilha sonora.




Outro ponto positivo do filme são os efeitos visuais. Na cena do eclipse, vemos o quão bom os efeitos visuais estão, sabemos que algo “criado” e não natural, mas é algo muito bem criado e bem feito, a meu ver.





O melhor de “Jogo Perigoso” (“Gerald’s Game”) sem dúvida (além dos pontos positivos citados acima) é a atuação de Gugino, que está impecável, ela tem de lidar com a morte de seu marido, sua situação, com suas “paranoias” e sua consciência. Tudo isso, a atriz conseguiu captar e expressar todas essas coisas; a personagem lida com ela mesma numa situação que “parece” não ter saída. Outra boa atuação é a de Chiara Aurelia, que faz a Jessie mais nova, a jovem traz voracidade a um papel tenso, onde temos os o tema: assédio sexual de menor, que envolve as cenas dela, e nos causa repudio tal cena e todo o contexto dela.


No final das contas o longa que sente como de suspense, é bom e bem feito, mas o que realmente deixou a desejar são as poucas quantidades do suspense e os preenchimentos monótonos que a trama tem, fazendo com que o filme se arraste.

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