‘American Horror Story: Cult’
Cuidado abaixo possíveis spoilers!
Pode vir a ser uma temporada de tirar o fôlego e bem aterrozinate. Sarah Paulson e Evan Peters entregam performances deslumbrantes e hipnóticas.
Se você já acompanha a série antológica de terror ‘American Horror Story’, já deve saber que em quesito de susto ela é excepcional e de deixar o telespectador vidrado também não é nenhuma novidade, até porque a metade da temporada passada mostrava tudo isso (não que as outras não entregassem esse quesito, em minha opinião “American Horror Story: Asylum” é a melhor temporada de todas, até o momento), e dava a entender que seria uma temporada maravilhosa, mas acabou não sendo! Em sua sétima temporada, intitulada de ‘Cult’ (em boa e clara tradução... ‘Culto’), temos uma trama que traz temas interessantes e a lá combinações perfeitas para o gênero de terror e de suspense.
Na trama que se passa após as eleições presidenciais de 2016 dos EUA, vemos que a eleição de Donald Trump para presidente dos EUA, causou um estopim apavorante e trouxe com ele certo “medo”, dado a postura dele perante o seu cargo; temos dois pontos de visões, um de Ally (interpretada por Sarah Paulson) uma mulher homossexual casada com Ivy (Alison Pill) e com quem tem um filho chamado Oz (interpretado por Cooper Dodson)... Ela estava torcendo para que Hillary Clinton ganhasse a eleição, há ela tem fobias (de palhaços, sangue e outras coisas); o outro é o de Kay (interpretado por Evan Peters), que amou o noticia do novo presidente e ele ainda se fortalece que isso foi um acontecimento perfeito, pois para ele as pessoas precisam do “medo”, para serem fortes, junto a ele há Winter (Billie Lourd) uma jovem “estranha”, que acaba sendo uma “mandada” dele e consegue “coincidentemente” a vaga de babá do filho de Ally e Ivy.
Para um primeiro episódio de estreia de uma nova temporada de uma série consagrada, que vem se descuidando com seu tema e trouxe temporadas passadas fracas, ele está muito bom e insano (claro que ressalvo que o primeiro episódio de “American Horror Story: Coven” também está nessa posição!). Somos muito bem introduzidos ao tema desta nova temporada, houve muito susto e momentos de aflição (pelo menos, eu os tive), os criadores Ryan Murphy, Brad Falchuk juntos a Todd Kubrak e Joshua Green, realizaram um ótimo trabalho com o roteiro; Bradley Buecker também fez um ótimo trabalho com a direção.
Um dos planos sequências incríveis deste episódio é o de quando a personagem Ally vai há um supermercado a noite e começa a ter “paranoias” de que está vendo pessoas com mascaras a perseguindo, e se você consome muitos filmes e séries dos EUA, sabe como os supermercados dela tem os corredores grandes, os takes em planos abertos são estrondosos, ainda mais quando a câmera vai aos poucos se aproximando, a tensão é a lá ‘American Horror Story’.
Outro plano sequência bom foi o da volta do palhaço Twisty (interpretado por John Carroll Lynch) que esteve em “American Horror Story: Freak Show” e que voltou, mas mais para ser alusivo a um quadrinho nesse episódio e em outras cenas, claro que foi previsível o arco dele aqui, mas mesmo assim ele é uma das criaturas da série mais aterrorizante e assustadora já criada, para a esse gênero e para o grande ecrã.
Os veteranos da série, Peters e Paulson dão shows de atuações, o que não é nada de novo e sim cada vez mais apreciável... Paulson é incrível do começo até o fim, seus personagens dentro da série sempre tem um peso dramático brilhante e nessa temporada eles capricharam em Ally; outra atuação de não tirar os olhos é a de Lourd, que traz uma personagem “complexa”, por enquanto.
Uma coisa intrigante deste episódio foi que vimos é que a personagem de Ally “tem” fobias e vimos bem quando ela foi se consultar com seu psicólogo (vivido por Cheyenne Jackson), que a aconselhou de ela não deixar isso afetar sua vida, foi dito a ela por Ivy, que praticamente o que aconteceu a ela no supermercado ou melhor o que “viu”, foi uma neurose criada pela imaginação dela... Será mesmo? Tudo indicava que sim, mas aí em uma das cenas do último ato do episódio há um acontecimento com Oz e Winter, em que vemos os mesmas pessoas com as mascaras que ela “imaginou” no que pareceu bem real, dado ao teor da cena. Então fica a dúvida a desbravar nessa temporada.
Sinceramente espero que ‘American Horror Story: Cult’ seja boa e que não seja mediana, e que não traga uma narrativa boa que nos prenda até a metade ou até o final e depois se dissipe como aconteceu com as anteriores e chega, já basta de fantasmas... Pelo menos eu não aguento mais! ‘Cult’ tem uma premissa boa, se souberem trabalhar direito nela, há chances dela ser boa.
As temporadas anteriores de ‘American Horror Story’ foram transmitidas aqui no Brasil pelo canal de televisão pago por assinatura FX, a nova temporada deve chegar ainda este mês no canal.
