“Atômica”
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Espetacular, de tirar o fôlego, e de vidrar os olhos... O melhor filme de ação do ano! Charlize Theron merece muitos aplausos!
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Fazia tempo, muito, mas muito tempo que eu não assistia há um filme de ação que se respeite e que respeitasse esse gênero. O diretor David Leitch, trouxe este ano a melhor adaptação que poderíamos ter, “Atômica” (“Atomic Blonde”) se baseia na obra literária (uma graphic novel) de Antony Johnston, chamada ‘The Coldest City’. Na trama que se passa na Berlim dos anos 1989, a espiã Lorraine (impecavelmente e deslumbrantemente interpretada por Charlize Theron), é incumbida de descobrir onde está uma lista que tem nomes de agentes que atuam em Berlim, depois do assassinato de um agente do MI6 (interpretado por Sam Hargrave); claro que ela tem ainda em seu encalço outros agentes querendo essa preciosa lista, pois o ano é o mesmo que o histórico ano da queda do muro de Berlim, e que foi marcado historicamente tendo o fim da Guerra Fria.
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O roteiro de Kurt Johnstad é muito bom, devido a ter algo a se apoiar e adaptar, sim, mas creio que é mais do que isso, ele realmente é bom, o tema de espionagem conta muito, e ainda mais num tempo histórico; a principio eu achei meio estranho à forma como o filme estava contando a sua história, eles introduziram a personagem principal, contando o que aconteceu com a missão que foi dada a ela e partimos a ver isso através de suas frescas memórias, o que logo fui me adaptando e gostando, até porque o filme não nos cansa (eu pelo menos não me cansei), era ação atrás de ação e boas falas através de ótimos atores.
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Uma das únicas coisas que em meu ponto que me pareceu é que “Atômica” é um filme da atualidade, dos dias de hoje, bem ao estilo da nova roupagem de “007” e não que aconteceu no final dos anos 80, talvez a “culpa” disso se deva ao visual (que é incrível e deslumbrante) e ao figurino de Cindy Evans, que conversam e ao mesmo tempo também não conversam com o filme, mas de qualquer forma eu gostei, pois é um filme de ação visualmente deslumbrante.
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O fato e que é inegável que é ao meu ver o melhor filme de ação deste ano, Leitch não é um diretor famoso da famosa Hollywood (apesar de ter créditos por isso e mais), e sim um coreógrafo de dubles, é nítido que seu trabalho é um primor, ele tem créditos por trabalhar com dubles em “V de Vigança”, “Clube da Luta”, “300”, “O Ultimato Bourne”, “Tron: O Legado” e outros. Outro trabalho incrível e deslumbrante é o de Jonathan Sela com a fotografia.
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Insana e maravilhosa trilha sonora de Tyler Bates, com muitos acenos aos anos 90... Com músicas de Depeche Mode, George Michael, The Clash, The Cure, Queen e David Bowie... Quando em sã consciência você pensaria que a clássica música ‘Father Figure’ iria acentuar e dar ritmo extravagante a um incrível plano sequência de luta, uma música que fala de um homem tendo cuidados paternos e etc; eu nunca imaginei, mas Bates sim e fez incrivelmente.
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Óbvio que um dos melhores planos sequências é o que eu citei acima, simplesmente pelo o que eu falei, o filme não decepciona como um filme de ação e ele sabe que as pessoas “se cansam” ainda mais quando elas lutam. As cenas acontecem num prédio e Lorraine luta com mais de cinco homens; e a cena dela saltando da sacada do prédio, pendurada a uma corda, que por sua vez está “amarrada” no pescoço de um policial, é um espetáculo incrível e de toda a cena (e o filme) é de tirar o fôlego.
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James McAvoy é outro incrível ator, eu gostei dele como coadjuvante para Theron, e os dois tiveram uma doa dinâmica e notável química; claro que o personagem dele me pareceu ser bem previsível em suas ações... Poxa é um filme de espiões, mas tirando isso eu gostei do arco dele.
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Uma outra notável coadjuvante é Sofia Boutella, que finalmente ganhou um bom espaço em tela, o arco da personagem dela também era previsível, mas ótimo e era o par “romântico” de Theron, o que já me chamou mais ainda a atenção, pois chega de clichês... As duas tem muita química e sim eu amei a cena das duas se beijando e tendo relações sexuais, foi visualmente incrível e mexe bastante com o telespectador.
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Quem rouba a cena é Theron, não que ela roube, pois o filme é da personagem dela, mas óbvio que a atuação dela é incrível e não só isso, todo o treinamento que ela teve para com o papel, que exige várias cenas de luta e sua bagagem é insana, se antes eu havia me entregado a incrível atuação dela em “Mad Max: Estrada da Fúria”, aqui eu tive um segundo round, ela também está creditada na produção de “Atômica”... Lembrando que é um incrível papel para uma atriz, ainda mais do porte dela. Faltam-me elogios para essa incrível atriz.
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Não sou o maior fã de filmes de ação, mas quando eles são bem feitos eu os aprecio, e “Atômica” soube ser um filme incrível do começa até o fim, em muitos filmes do gênero há cenas que você sabe que aquilo não é real, e aqui não, os personagens batem, apanham e ficam sem fôlego, algo normal. Queria muito que os próximos filmes deste gênero, seguissem esse padrão fantástico de “Atômica”.