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‘Os Defensores’


A série dos super-heróis da parceria entre a Marvel Television e o Netflix, agora conhecidos como ‘Os Defensores’ é uma das boas atualmente entre as de super-heróis na tela e em tese, mas também é cansativa em sua história, que mais parece pertencer a uma nova temporada do Punho de Ferro!


Se você assistiu as seguintes séries... ‘Demolidor’ (com Charlie Cox, interpretando Matt Murdock / Demolidor), ‘Jessica Jones’ (Krysten Ritter), ‘Luke Cage’ (Mike Colter) e a do ‘Punho de Ferro’ (com Finn Jones, interpretando Danny Rand / Punho de Ferro), digamos que os heróis de bairros (e da classe C), do universo gigantesco da Marvel, você provavelmente vai gostar de ver todos eles juntos, numa forma de “Os Vingadores” do Netflix, mas eles são ‘Os Defensores’ (‘The Defenders’).


Esses quatro heróis com poderes (menos Matt), que se unem (depois de terem um primeiro contato não muito agradável e particularmente maravilhoso, me refiro ao do Luke com o Danny) para salvar Nova Iorque das mãos de uma corporação maligna e perigosa (também conhecidos como “Tentáculo”, uma versão da Hidra, mais voltada para os bairros de Nova Iorque), liderada por Alexandra (magnificamente interpretada por Sigourney Weaver), que tem em “mãos” uma poderosa arma... Ou melhor a nova e poderosa Elektra (fenomenalmente interpretada por Elodie Yung); vão aprender a trabalhar em grupo (ou não) e mais sobre quem é o vilão... Finalmente, já não era sem tempo! Confesso que quando eu soube que os quatro super-heróis teriam suas séries individuais e que depois se uniriam para uma única série deles juntos, eu simplesmente surtei e comprei a ideia de imediato, até porque sou apaixonado pelo tema “super-heróis”, claro que nem todas as séries individuais me agradaram, mas isso poderia ser concertado (e foi), com a união deles, a se tornarem os ‘Os Defensores’.


O que eu mais fiquei me perguntando foi como eles iriam cruzar as histórias, e isso fica meio que “quase” respondido, nas séries solos de cada um, com os acenos de um herói, na história do outro e também; participações, como a de Luke sendo introduzido na série da Jessica; introduções dos vilões, como o Tentáculo sendo introduzido na série solo do ‘Demoloidor’, com a presença da vilã Madame Gao (Wai Ching Ho) e claro com a Claire Temple (maravilhosamente interpretada por Rosario Dawson). Óbvio que a concretização das histórias se cruzarem mais, aconteceu justamente aqui, com Jessica e Matt se encontrando, o mesmo para Luke e Danny e depois todos eles se juntando.

Os cortes de cenas de um heróis para o outro, deram um certo “charme” para a série, eles simbolizavam a troca de bairros de Nova Iorque, e para qual herói cortariam, o que também se fez presente junto a fotografia de Matthew J. Lloyd e James McMillan, que trabalharam com uma paleta de cores um pouco fria e ao mesmo tempo colorida.


Nos créditos do roteiro temos... Douglas Petrie, Marco Ramirez, Lauren Schmidt e Drew Goddard, esse último inclusive escreveu o sexto episódio (“Reduzido a Pó”), junto a Ramirez, que foi um dos melhores episódios, pela carga dramática e de suspense e também bem sanguinário; não que os outros episódios eu não tenha gostado, mas esse eu amei, pelas boas reviravoltas.


Já a direção dos oito episódios (formato muito interessante, a princípio seriam mais episódios, mas gostei desse formato a lá ‘Stranger Things’), ficou a cargo dos cineastas que trabalharam nas séries solos, sendo eles...



S.J. Clarkson (séries ‘Jessica Jones’; “Mistresses”), Phil Abraham (séries ‘Demolidor’, ‘Orange Is The New Black’ e “Mad Men”), Farren Blackburn (séries ‘Punho de Ferro’; ‘Demolidor’; “Doctors”; ‘Doctor Who’), Uta Briesewitz (séries ‘The 100’; ‘Orange Is The New Black’; “Black Sails”; ‘Punho de Ferro’; ‘This Is Us’; ‘Fear The Walking Dead’; ‘Jane the Virgin’; ‘Jessica Jones’; “Awkward”; ‘UnREAL’; “House of Lies”; “Suburgatory”; “Weeds” e “Hung”), Félix Enríquez Alcalá (séries ‘Quantico’; ‘Shades of Blue’; ‘Criminal Minds’; “The Good Wife”; “Defiance”; “Resurrection”; “Covert Affairs”, ‘Suits’; “Southland”; “Person of Interest”; “Grimm”; ‘Blue Bloods’; “Castle”; “Burn Notice”; “Dr. House”; “Law & Order: Special Victms Unit” e “Braking Bad”), Peter Hoar (‘The Last Kingdom’; ‘Punho de Ferro’; ‘Demolidor’; “Da Vinci’s Demons” e ‘Doctor Who’) e Stephen Surjik (séries ‘Punho de Fero’; ‘Designated Survivor’; ‘Luke Cage’; “Person of Interest”; “Bates Motel”; ‘Jessica Jones’; ‘Flash’; ‘Arrow’; ‘The Black Lis’; “Burn Notice” e ‘Arquivo X’).

O que quase todos os diretores citados ali em cima tem em comum é que dirigiram, quase todas as séries solos dos heróis. Há uma outra coisas que eu quero apontar é o fato do roteiro ter pego bastante na história de Matt e Danny, a de Matt / Demolidor, até foi boa, até porque ele é o primeiro defensor e um dos brilhos da casa, agora eles forçaram com mais acenos da história de Danny / Punho de Ferro; foi um dos pontos que mais me incomodou na trama.


Definitivamente a melhor dupla de se ver em tela foi à formada por Jessica (aliás acompanhar essa personagem é o que não esperamos de uma heroína, já que os padrões ditam como uma mulher deve se portar, e isso é o melhor dela) e Matt, eles entregaram o alivio cômico e o que funcionou muito bem, dois heróis bem diferentes pelo sexo e pela personalidade, espero que repitam nas séries solos; Ritter e Cox entregam atuações maravilhosas e a dinâmica deles funciona bem, diferente da de Colter e Jones, com seus personagens... Luke e Danny.


Um dos planos sequências incríveis é o da luta do Luke com Danny, é muito engraçada e plausivelmente de um encontro de dois heróis que se conhecem numa hora não muito oportuna, e os dois estão do mesmo lado, mas não sabem, foi incrível sim ver um esmurrando o outro (mais o Luke esmurrando o Danny).


Foi muito bem explicada a história do Tentáculo, a organização de vilões que mais “precisamente” poderia ser só da história do Punho de Ferro, mas não, eles tiveram seu momento aqui nessa série, com história da Alexandra e da nova Elektra. Detalhe que ‘Os Defensores’, prezou por esse arco e por colocar bastante ação na série (já que ela é de super-heróis e do gênero de aventura), mas me refiro ao universo das artes marciais, que me lembrou de muito o desenho de “As Aventuras de Jackie Chan”, o filme “O Grande Dragão Branco” e outras referências.


Pode ser que foi previsível o arco de Matt / Demolidor e da Elektra, ser o arco de grande interesse e de romance, mas foi um previsível necessário e mais uma vez bom de se ver em tela, também ressalto que é bom acompanhar a dinâmica de Cox e Yung, já que são um dos casais mais icônicos do cânone da Marvel, pelo menos para minha pessoa. Minhas várias salvas de palmas para a abertura da série, pois a abertura de ‘Demolidor’ é uma das melhores e a dessa série também é muito boa, também ressalvo a brilhante e fantástica trilha sonora da série, composta por John Paesano, que soube fazer uma das peças mais importantes fluir junto ao todo... Aliás a minha faixa favorita é a de número oito, a ‘Chinese Drive Through’.


Ressalto que eles poderiam ter melhorado o roteiro, se apegaram muito ao Tentáculo, o que foi legal de ver, mais não muito atraente, para um grupo de super-heróis enfrentarem; se estamos falando de “super-heróis” com poderes, nada mais justo do que ter “super-vilões” e ação... Óbvio que é uma superprodução e que é foi válido ver todos eles juntos, agora para um próximo passeio, seria melhor ainda as colocações que citei.

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