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‘The OA’



Finalmente uma boa série de ficção científica, que valha a pena acompanhar. ‘The OA’ é magistral, prende a atenção do começo até o fim!

A princípio a série de ficção cientifica / drama e suspense do Netflix, ‘The OA’, parecia-me desinteressante (não pelo trailer, que se mostrou muito bom), mas sim dado ao seu misterioso tema, tudo bem que o os gêneros estavam claros, mas do que se tratava a série não; há o ponto principal, a ficção cientifica, não é sobre tecnologia e monstros... É sobre “humanos” lidando com suas escolhas, e a série também envolve temas complicados, que englobam a ciência e religião. Em ‘The OA’, seguimos Nina / Praire e OA (incrivelmente interpretada por Brit Marling), uma jovem que “misteriosamente” volta a enxergar e também volta para casa, depois de ter passado sete anos presa em cativeiro, a sua volta causa tumultuo e desperta certos mistérios; sua vida tem um retorno nada calmo, que lhe reserva algumas reviravoltas.


Os criadores Zal Batmanglij e Marling, merecem nossa atenção para o roteiro insano, que a série traz; o drama é muito bem notável, junto ao grande suspense e o tema de “quase morte” é muito interessante, que foi abordado muito bem ao meu ponto de vista; a série nos toma e nos deixa ansiosos para saber o que vai acontecer; claro que houve alguns diálogos sem sentido, ou que não precisavam estar na série e alguns pontos desconexos entre o roteiro e a filmagem, exemplo é a cena do primeiro episódio em que OA está no hospital e saí da cama, e fica em pé (detalhe, seus pés no contexto da cena e por motivos óbvios dos acontecimentos), eles não suportariam tais movimentos, mas são pequenos detalhes.


A atenção da série quanto ao seu tema é muito bem vista... E é como já citei a série é “insana”; o primeiro episódio é sempre aquele que nos mostrará como a série será e do que ele se trata (assim esperamos por vezes), mas ‘The OA’ funciona diferente, dado ao mistério da série, somos introduzidos em uma série que a personagem principal no primeiro ato da mesma tenta suicídio, a partir disso a trama se desenrola e há claro o tema principal, que aborda as EQM’s (experiências de quase morte) o que é um tema muito interessante, e que a série mostra através do ponto de vista desta personagem, e a forma da série em “contá-la” é fascinante e mais ainda há o tempo da série, que é divido em presente, passado e futuro.

Os oito episódios de quarenta e poucos minutos dessa primeira temporada, são todos dirigidos por Batmanglij, o que também é interessante, já que ele também a criou, junto com Marling que interpreta a personagem principal e os dois ainda completam o time de produtores da série. A filmagem ficou muito boa, o meu único problema com a direção de Batmanglij se deve ao fato de a câmera não estar estabilizada e sim freneticamente em movimento, acompanhando realmente bem de perto os personagens, esse foi o que mais me incomodou.

Por falar em filmagem, minhas ressalvas vão para a hipnótica e fascinante fotografia de Lol Crawley, seu trabalho é visualmente incrível; não posso também deixar de citar o trabalho de Rostam Batmanglij, Danny Bensi, Saunder Jurriaans e Jay Wadley para com a trilha sonora da série, que é perfeita, e da tom aos momentos representados na tela, é notável o som de uma orquestra, sons de violinos... A música tema de abertura traz um som incrível do piano.


Tenha o tema EQM’s como tema central e para a história e algumas cenas há a necessidade de efeitos especiais, e a série traz alguns bons e um dos mais importantes nem tanto assim, que é a cena de OA e as conversas dela com a “ententidade” Khatun (interpretada por Hiam Abbass), não são aquele deslumbre visual, que poderia ter sido, me inclino para os episódios finais, aonde é absurdamente visível o exagero e o mau uso dos efeitos visuais... Também há uma cena de OA, quando criança, num plano sequência que tem a presença dos efeitos visuais, que a meu ver não foram ao máximo aproveitados, para uma série de gênero de ficção cientifica.

Já os possíveis (creio eu) efeitos práticos são absurdos... Nós podemos os ver no cativeiro que OA, Homer (Emory Cohen), Scott (Will Brill), Rachel (Sharon Van Etten) e Renata (Paz Vega) estão na linha do “passado”... O que ajudou muito foi o cenário, que também ficou incrível, nas ambas linhas temporais, mas quando víamos o cativeiro deles, percebemos a incrível produção de design para com o cenário.


Outro ponto interessante do cenário foram as locações aonde Praire (OA), BBA (Phyllis Smith), Steve (Patrick Gibson), Jesse (Brendan Meyer), Alfonso (Brandon Perea) e Buck (Ian Alexander) passaram, sendo na casa “abandonada”, no condomínio e na escola, todos os sets são “cleans” nessa linha de tempo, os sets foram muito bem feitos.

Se você nota algo familiar no personagem “Hap” (Jason Isaacs), o cientista e sequestrador de OA e dos outros (citados mais acima), é porque o ator participou de uma das maiores sagas cinematográficas de todos os tempos, ele esteve presente nos filmes do “Harry Potter”. Isaacs entrega uma atuação boa, mas não muito memorável, já que seu personagem é o que chamamos de “vilão”, só que um vilão que permeia no lado bom e mal (no meu ponto de vista).


Quem desconcertantemente rouba acena é a personagem Praire / OA, na incrível atuação de Marling; não nego que demorei a ter empatia com a personagem central, mas a cada episódio ela vai nos ganhando e ficamos na torcida por ela; há um dos vários planos sequências da personagem, que envolve um cachorro na história, que nos faz ficar em estado de agonia pelo teor e peso da cena... Interpretar uma jovem cega, não é fácil, mas Marling tirou de letra...

Claro dividindo o papel com Zoey Todorovsky, que faz a Nina quando criança. Outra atuação digna de palmas é a da Alice Krige, no papel de Nancy, a mãe de Prairie, a carga dramática é incrível, num papel incrível, onde uma mãe se vê tentando proteger a sua antes filha cega, que ainda não está pronta para detalhar para seus pais (Scott Wilson no papel do pai), o que aconteceu nos seus anos presa em cativeiro.


De fato ‘The OA’ é magistralmente um espetáculo televiso (feito para o streaming), intrigante, que mexe conosco, trazendo vários suspenses, dramas e muita ficção cientifica... Há eu amei o formato da abertura da série começar quase no final da mesma, o que no meu ponto de vista é muito incrível e que sai fora do comum, não vou ser hipócrita em não dizer, que em partes a série e sua história eram previsíveis, mas em outras muito imprevisível, ‘The OA’ é uma ótima série e possívelmente uma das melhores deste ano.

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