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‘House of Cards’ - 5ª Temporada


“Minha vez!” – Claire Underwood. Sem dúvidas ‘House of Crads’ entregou a temporada que estávamos esperando! Kevin Space e Robin Wright mais uma vez entregam esplendidas atuações.


Se você acompanhou a 4ª temporada de ‘House of Cards’ deve ter percebido que os Underwoods (vividos por Kevin Space e Robin Wright), avançaram mais para o ataque “presidencial”, no que diz respeito a não só Frank, mas Claire também se candidatar (para vice-presidente). Na trama dessa nova temporada o foco foi para o “terror”, para ver o cerco se apertar para Frank, as campanhas e a finalmente a bem mostrada eleição (não que a série em suas temporadas anteriores não tenham mostrado os bastidores da politica americana em sua forma de vela, aliás a série sabe e faz isso muito bem, já que seu tema é mostrar um político corrupto, que é capaz de tudo por poder).


Uma das coisas que eu prezo muito é o roteiro; e se você acompanha meu trabalho aqui no site, sabe o quanto eu falo disso, em ‘House of Cards’ meus olhos brilham ao ver a série, pois eu “possivelmente” espero um baita roteiro... A política não é suja, são as pessoas que estão nela, que podem vir a se tornarem sujos, ou sujarem suas mãos (alguns já tem a sujeira com sigo); a série mostra como Frank lida com a sede de sua ambição, que nos é mostrado muito bem não é mesmo! A série usa do recurso da quebra da quarta parede, que por sinal se fez muito presente nesta temporada, os fechamentos de histórias da temporada passada e o todo o desenvolvimento dessa atual temporada foram muito bons. Minhas ressalvas aos roteiristas Andrew Davies, Michael Dobbs, Laura Eason, Bill Kennedy, Tian Jun Gu, John Mankiewicz, Melissa James Gibson, Frank Pugliese e Kenneth Lin, que cuidam dessa série fenomenal, tendo cuidado com o tema e possivelmente fazendo grandes pesquisas, para entregar há uma das primeiras séries originais do Netflix, ao grande ecrã o que esperávamos.


Alguns arcos que começaram na temporada passada (como já citei antes), foram “resolvidos” nessa temporada, como o arco do roubo de informação, com o personagem Aidan Macallan (interpretado por Damian Young); tivemos muito mais de Lean Harvey (magnificamente interpretada por Neve Campbell); a campanha dos Underwoods contra a do Will Conway e sua esposa Hannah (interpretados por Joel Kinnaman e Dominique McElligott), aliás vimos mais desses personagens; a volta de Doug (Michael Kelly); mais uma vez a ascensão dos Underwoods e um pouco mais da aproximação de Tom Hammerchmidt (Boris McGiver), o redator chefe do The Washington Herald, quanto a toda verdade. Como sempre a fotografia é fascinante, e se você ainda não se acostumou com o tom cinza, preto e mais o branco da série, acostume-se, já é a 5ª temporada!


De fato sabemos que ‘House of Crads’ demora sim, para chegar em seu ponto principal, mas é sábio dizer que isso é devido ao seu tempo, já que cada temporada tem lá seus treze episódios. Os primeiros episódios, foram bons, os do meio foram razoáveis e os últimos foram os melhores sem sombra de dúvidas (ainda mais que os dois últimos foram dirigidos por Wright, que também atua na série e ainda a produz, junto a Space e outros)... O mais engraçado é que eu esperava por tudo o que estava por vir nessa temporada (a não ser aquele impeachment, por isso eu não esperava, apesar de que estava meio implícito), o que já um pouco de minha praxe prever os acontecimentos numa série com a qual me apego e acompanho o que também tornou essa temporada não muito fresca, mas aguardada dado ao que estávamos esperando que acontecesse. Essa previsão (por minha parte) de acontecimentos, e os mesmos padrões vistos em temporadas passadas foram os pontos fracos dessa temporada.


Corrijo-me, dizendo que a série foi “fresca” em seu roteiro, ao bater alguns acontecimentos da real situação política e presidencial dos E.U.A. e ainda reforço que nunca a arte imitou a vida (não levem tudo ao pé da letra e sim contextualizem).


Uma das coisas que eu notei e que eu amei, foi que tivemos mais quebra da quarta parede nessa temporada... Frank falando conosco, no começo, meio, quase final da série e a supresa... Claire falou conosco, sim e finalmente, foi fantástico (eu assistir freneticamente e pausadamente ao primeiro momento da conversa dela conosco). É interessante notar que na trama os Underwoods se fazem de uma situação, para se apropriarem do poder (um dos focos da série); nessa temporada vimos à instauração do terror deles quanto à luta do governo aos ataques terroristas e a (lenta) “corrida” deles para caçarem esses “terroristas”.


Fomos preparados para o momento da ascensão de Claire? É muito provável que sim (e também estava em nossa frente, após a terceira temporada, ficou claro na quarta temporada). Sou bem sincero em dizer que eu ansiava por isso, vocês se lembram (caso não lembrem, vou lhes refrescar suas memórias) que no último episódio da quarta temporada, havia aquela cena em Frank e Claire estam sentados um ao lado do outro naquela sala de emergências, e Frank declara que eles iram instaurar o terror, e ele olha para nós e para nossa surpresa Claire também olha, esse foi baita do indício, que ela também estava ali nessas quebras da quarta parede.


Só vou reescrever o que ela disse no décimo primeiro episódio desta temporada... “Só para esclarecer. Não que eu não soubesse, que você estava aí. Tenho sentimos ambíguos por você. Questiono suas intenções... e sou ambivalente quanto à atenção. Não leve a mal. É o que sinto por todo mundo.”, disse Claire. Wright é fabulosa, ela e Space entregam atuações insanamente incríveis, de darem brilho nos olhos.


O ponto alto desta temporada foi sim ver a ascensão de Claire e ela mal apareceu (no poder, ela sempre quis isso, mas esperou a sua vez chegar) e já tem um time que torce por ela... E indo de encontro a lideranças femininas, a série precisava disso; os personagens Jane Davis (interpretada por Patricia Clarkson) e Mark Usher (Campbell Scott), foram à adição saborosa desta temporada, a serem os coadjuvantes de Claire, há o Mark ainda possivelmente quebrou também a quarta parede, quando no nono episódio desta temporada, no discurso de posse de Frank, ele acenou para nós (ou era só para a câmera?).

O que aprendemos com essa 5ª temporada de ‘House of Cards’ (e com a série toda) é que tudo tem seu tempo, ainda mais para toda a trama se encaixar, ainda creio que a série seja uma das melhores séries da atualidade e dos últimos tempos.

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