“Primeira Página: Por Dentro do The New York Times”
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As decisões da primeira página de um dos maiores jornais do planeta, se veem num documentário que se vê as pressas e instiga a “possível” queda do grande The New York Times!
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Um documentário ao meu ver tem a capacidade de nos mostrar coisas que sabemos, mas não vamos a fundo, indo a investigar, e nos mostra um outro lado, uma busca, um ponto de vista (os outros gêneros muita das vezes também), ou simplesmente documenta, e esse gênero que sim, “meio” que menosprezado pela massa, é um gênero maravilhoso, entre os outros, só que poucos sabem fazer um documentário centrado, só que a questão mora aí, “centrado” não existe, quando se procura, se investiga, há um ponto, mas tudo é investigado ou deveria ser, a questão é que este documentário é bom, só que em certos pontos se desvia. Em “Primeira Página: Por Dentro do The New York Times” (“Page One: Inside The New York Times”), acompanhamos alguns rostos do jornal e como o jornal passou pela fase da falência de grandes jornais, como ele “meio” que se reinventou e como a primeira página é disputada.
Ao ver esse documentário de 2011, dirigido por Andrew Rossi, vemos que ele é bom, tem a estética do gênero, mas que deixa um pouco a desejar, mesmo que quando eu leio o jornal eu saiba qual seja a matéria que irá me chamar a atenção, pois ela pode muito bem estar na primeira página (ou não); somos introduzidos ao roteiro de Rossi e Kate Novack, sobre um olhar de por trás das câmeras do jornal mais conhecido (entre os que conhecem o grande The New York Times), o tema era para ser a “primeira página”, somos introduzidos a redação, mas logo vem temas como a “morte do jornalismo”, e como todos esperavam para ver queda do jornal, depois vemos como o jornal se manteve na era digital e como ele é bem respeitado e um grande jornal, mas o foco se perde.
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Tudo vai se encaixando, isso é muito interessante, e os bons documentários sabem como usar desse artificio cinematográfico, que é o encaixe dos temas e cenas... Logo no começo vemos como funciona a escolha da primeira página, o que é muito interessante, quando vemos como o The New York Times escolhe o que vai chamar a atenção dos leitores.
Outro ponto interessante do documentário é que ele mostra que esse jornal está há anos em pé e possivelmente pode continuar assim, e que ele passou por dificuldades, pois o papel está sendo deixado de lado, nessa era tecnológica, vemos o quão esperto o jornal foi, em vender o seu conteúdo, para o seu público online, é como é dito no documentário, “nada é de graça, tudo tem um custo”; e jornalismo não é brincadeira, ainda mais um que fala de um dos maiores países do mundo.
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Há de termos um personagem que nos cativa (pelo menos ele me cativou), vemos um enfoque bom no repórter David Carr do jornal, seu modo excêntrico me chamou a atenção, e ele fala abertamente sobre sua vida e tem um posição bem forte e notória ao que diz respeito aonde ele trabalha, o The New York Times; tem aquele ditado... “Não é o lugar que faz as pessoas, são as pessoas que fazem o lugar”, se não for um ditado, nesse caso usaremos como se fosse, partindo desse ditado há dois planos sequências, em que Carr, naquela ano sendo o colunista de mídia do jornal, mostra que para você saber o que você está falando, deve se ter propriedade, e ele têm, quando defende que jornalistas que estudaram para isso, sabem o que estão fazendo, quando ele debate com “caras” de sites e blogs, que veem o The New York Times, como algo era bom, mas que não é mais; são cenas maravilhosas.
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O documentário nos faz indiretamente questionar se ainda há espaço para os tradicionais jornais de papéis, numa era tecnológica e mostra que o The New York Times, conseguiu e ainda consegue o que muitos outros não conseguiram, se manter o melhor e que é ir além do que podem e encontrar soluções para respostas que parecem ser complicadas.