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‘Orange Is The New Black’ – 5ª Temporada


‘Orange Is The New Black’ voltou com uma temporada completamente magistral; com certeza uma das temporadas mais marcantes da série e que teve um balanço incrível entre comédia, drama e suspense! Performances de tirarem o fôlego.


Na nova temporada da série original do Netflix, a trama começa aonde a 4ª temporada parou, na cena onde Daynara (Dascha Polanco) estava com uma arma em sua posse e a apontava para o um guarda da penitenciária (vivido por Michael Torpey), e em volta deles estavam uma roda de detentas. O arco desta nova temporada foi construído todo em cima dos acontecimentos que veem após a decisão de Daynara, que infelizmente fica sobre as influências e gritos de suas colegas de cela (e também sobre suas escolhas). O roteiro estava sensacional, o ponto dessa temporada foi realmente ver as coisas saírem fora do controle, e sim sabemos que não há “controle” na trama, que aborda o que acontece numa penitenciaria feminina, onde vemos abusos de autoridades, corrupção, humilhações e um monte de abomináveis outros assuntos, mas daí vem a questão que a série se faz ser o que ela é, o seu ponto de vista sobre seu assunto, que se é tratado, a humanidade.


Todas as temporadas anteriores nos preparavam para está temporada (não estou dizendo em afirmação), o que eu quero dizer é que esta temporada foi uma temporada magnifica, todas as anteriores possivelmente também, mas essa mexe com o telespectador, já estamos acostumados a ver as detentas de Litchfield em situações precárias, deploráveis, mas chegou ao nível do estopim, do basta, do... “Nós não somos animais”. Em todos os episódios desta temporada, há o ar de clamor por “revolução”.


A morte de Poussey (vivida por Samira Wiley) foi um dos grandes pontos da temporada anterior, que ressoou muito nesta nova temporada... Onde vimos o luto de Soso por sua companheira, assim como o luto e revolta de Taystee (Danielle Brooks), pelo acontecido. É claro que Taystee é uma das personagens principais e seu arco nessa temporada foi muito bom de acompanhar, fato pela incrível performance de Brooks.


Não há um episódio que não tenha comédia e drama, os dois andam felizmente lado a lado na série, que sabe usar os dois. As drogadas Leanne e Aleida (vividas por Emma Myles e Julie Lake), mais uma vez se fizeram presentes, quando assumem o comando por um momento, e criam um “show de talentos”, onde os candidatos são os guardas. E claro eu não podia deixar de mencionar aquela incrível cena onde um dos guardas (Evan Hall) escolhe o strip-tease como seu “talento”, e sim a cena é uma das mais “picantes” e engraçadas da temporada.


Indo nos arcos engraçados, foi maravilhoso ver mais da dupla Flaca e Maritza (interpretadas por Jackie Cruz e Diane Guerrero), logo quando elas foram as “vlogueiras” da penitenciária; a dinâmica de Cruz e Guerrero é incrível de se assistir, ambas hilárias, e elas tiveram os arcos mais “leves” da série.


Os flashbacks também são o “must”, onde conhecemos o passado dos personagens, e ao meu ver um dos flashbacks mais interessantes desta temporada foi o da detenta Frieda (interpretada por Dale Soules), onde vimos que não devemos subestimar uma pessoa, ainda mais se for pela aparência, mas isso é o mais engraçado da série, você fica a mercê de saber o que elas são, as camadas são tiradas, ainda mais quando a série trata de “detentas”, ou seja há o pré-conceito e claro um julgamento.


Outras personagens que também foram interessantes de ver foram a já estabelecida Suzanne (Uzo Aduba) e Alison Abdullah (Amanda Stephen); onde vimos mais de Suzanne, também uma das personagens principais da série, a pegamos depois do seu pesado arco final da temporada passada que envolveu a sua atual parceria, a Maureen (Emily Althaus), nessa temporada vemos mais da doença de Suzane, o que a torna uma bomba-relógio ás vezes; já Alison a conhecemos mais em um flashback que mostra um pouco de sua história, mas seu tempo em tela nessa nova temporada foi bem maior (um pouco óbvio, já que a personagem chegou na temporada passada), também foi bom de ver mais da relação dela com a da hilária Cindy (Adrienne C. Moore), já que agora as duas estão bem amigas.


O suspense foi um dos pontos altos dessa temporada também (o que já é de se esperar, não é mesmo!). A trama de Red (Kate Mulgrew), que envolveu o guarda Piscatella (vivido por Brad William Henke), foi um dos pontos altos da trama (também né, foi perto dos episódios finais), aliás esse último personagem também teve o seu “flashback”, e foi também um dos interessantes. Do episódio nove para frente a tensão começa.


As melhores das melhores (e das fortes) cenas que mostra todo o abuso de autoridade de um guarda “masculino” de uma penitenciária feminina, é quando o Piscatella impõe o terror “caçando” as detentas e as mantendo em “cativeiro”, um verdadeiro filme de terror. Red, Piper (Taylor Schilling), Alex (Laura Prepon), Boo (Lea DeLaria), Nichols (Natasha Lyonne) e Flores (Laura Gómez), presenciam momentos aterrorizantes e desumanos.


E claro outras cenas épicas da série são as do último episódio, todo o clamor que nós esperamos (pelo menos eu), aconteceu nesse último episódio, nas cenas finais, que cena linda e agonizante de fazer transbordarem lágrimas, onde vemos Red, Frieda, Piper, Alex, Nichols, Flores, Gloria (Selenis Leyva), Taystee, Cindy e Suzane, todas de mãos dadas e unidas por uma causa muito maior que elas; a cena é desconcertantemente linda e impactante, e foi a cena final, uma p#&@ cena de final de episódio, o que me deixou muito, mais muito apreensivo pelo que iria acontecer, mas o que nos conforta são que ainda a mais duas temporadas pela frente, mas o final dessa vai marcar o que está para vir (óbvio).


‘Orange Is The New Black’ é sem dúvida uma das melhores séries do Netflix (e ainda é uma das primeiras originais do serviço de streaming), e uma das melhores séries da atualidade, vindo a se mostrar uma série que dá gosto de se acompanhar, e essa 5ª temporada, só reforçou isso ainda mais; o que mais me chamou a atenção foram os arcos apontarem para a “rebelião”, que foi o grito de “basta”, de mesmo que elas sejam criminosas, elas ainda são pessoas, e precisam ser tratadas com dignidade, a série mostra a realidade do que realmente acontece em penitenciárias (visto que há poucas mostras de acontecimentos em penitenciárias masculinas), a série mostra o que acontece com as pessoas, que estão lá e pelo que elas passam, nos dando as situações que são horríveis, e que nos fazem questionar a humanidade, e nos ressalva sobre nossas escolhas.

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