“Mulher Maravilha”
Chegou nos cinemas o primeiro filme de uma super-heroína! Trazendo muita ação, aventura e cenas engraçadas sem deixar de “divar”, enfim conhecemos a “Mulher Maravilha” nas telonas.
Um dos filmes mais esperados do ano (pelo menos para minha pessoa), a amazona da DC, “Mulher Maravilha” (“Wonder Woman”), ganhou seu primeiro filme, sendo também o primeiro de uma heroína nas telonas. O filme tem como diretora, Patty Jenkins, e aí vem algo histórico, Jenkins é a primeira mulher a ser diretora de um filme de uma super-heroína! São dois momentos históricos acontecendo, e a gente não podia estar mais do que contente com isso! Lembrando que vou dar pequenos spoilers durante a crítica, mas nada que entregue o filme! Podem ficar tranquilos.
Então, como você já deve saber (ou não), o filme da “Mulher Maravilha” (interpretada pela maravilhosa israelense, que já amamos, Gal Gadot) estreou nos cinemas do nosso país no dia 01 de junho, o filme conta sobre a história da Diana Prince / Mulher Maravilha. Ele se inicia com Diana recebendo uma maleta vinda da empresa Wayne Enterprises, isso mesmo, a empresa do nosso sem-super-poderes, porém muito rico Bruce Wayne, que dá vida ao nosso tão amado Batman. O que ela recebe é uma foto do seu passado e um bilhete, onde ela acaba se lembrando da história dela e podemos dizer que o filme é em si um “filme passando na cabeça dela”, fazendo com que ela se lembre do que ela viveu como Mulher Maravilha, e assim conhecemos a história da origem dela. Onde também vemos no final do filme (spoiler não muito importante) ela respondendo essa “correspondência”, que provavelmente é o chamado de Batman para que Mulher Maravilha entre para a “Liga da Justiça”.
O tão esperado filme da Princesa Diana antes mesmo de chegar nas telonas do cinema, já tinha gerado muita polêmica, implicando com tudo o que ela fazia ou deixava de fazer. E vou contar pra vocês, nem prestei atenção na axila da moça, que já nos trailers foi alvo de crítica (será que não tinha coisa melhor para repararem?). Deixando os pelinhos da Diana pra lá, vemos um filme incrível com efeitos visuais maravilhosos (ou não, já vou explicar), cenas de guerra e lutas fantásticas, que vou te falar, parece que você tá lendo uma HQ, que criou vida (ou uma cena de luta de anime) com personagens voando no céu e afins. De verdade, o filme tá maravilhoso!
Os detalhes dos efeitos especiais não podiam deixar de ser mencionados. Não sei se vocês como eu, amam filmes, séries e afins relacionados à era medieval, batalhas, guerras e tudo o que envolve esse universo. Não vi todos os filmes e séries envolvidos nesse meio, mas vou citar dois que eu vi e amei, ambos são séries, uma é a “Xena – A Princesa Guerreira”, e o outro é ‘Vikings’. Você deve estar se perguntando, ‘Porque ela esta citando essas duas séries?’. Estou citando porque cenas de batalhas e guerras tem que ter o que? Se você pensou em sangue, machucados, sujeira, pó e afins, você acertou, e foi exatamente a primeira coisa que eu senti falta no filme da nossa Princesa Diana.
Partindo para um outro ponto de vista das lutas, vemos que o pessoal que trabalha com computação gráfica e efeitos especiais, arrasou nas explosões mas estava com preguiça na hora de editar as lutas. Porque meu caro leitor ficou feio. Sabem aquela edição que tá muito na cara que foi editado, e que, pior, foi mal editado? Então. Eles podiam ter gravado as pessoas lutando, assim como em “Xena...” e ‘Vikings’, e usado a edição para cenas mais perigosas. Mas quem disse que fizeram isso? Se foi feito, não foi um bom trabalho, porque praticamente 90% das lutas são computadorizadas, com efeitos bem estranhos. Esse ponto pra mim foi o mais negativo do filme, o que é muito triste, porque essas são minhas cenas favoritas.
Imagino que a maioria dos filmes de super-heróis não foquem nisso, mas Diana luta com “os caras”, se esfrega na areia, explode coisas perto dela, e ela “está lá” linda maravilhosa, com o cabelo limpo, brilhando, sem uma sujeira na cara e sem nenhum arranhão. E isso piora, porque logo depois da primeira luta dela, já podemos ver que a Princesa Diana tem uma espécie de poder, e que ela pode ser talvez parente distante do “Logan” (‘Wolverine’ – Marvel), porque ela consegue regenerar onde machuca bem rápido.
Também podemos notar outros erros como na cena em que Diana aparece entrando num salão com um vestido azul e uma espada que não sabemos onde está presa, e ela consegue andar normalmente... Depois mais para frente ela sai do salão, monta em um cavalo (tudo isso com a espada nas costas) e do nada, isso mesmo, do nada, enquanto ela cavalga, ela tira o vestido, que sai esvoaçando pelo ar, e ela surge com outra roupa (que não estava por baixo do vestido), a espada e o escudo aparecem presos em algum negócio que está sobre o cavalo (que pelo que eu me lembre, não estavam lá antes). Uffa.. enfim, é um conjunto de cenas e detalhes sem sentido que eu e meu namorado (que estava vendo o filme comigo) ficamos nos perguntando... “Como que isso aconteceu? Tá errado isso aí!”.
A trama conta sobre a vida da heroína, Diana, que é filha da amazona Hipólita (interpretada por Connie Nielsen) e do deus grego Zeus, ela foi deixada para ser criada numa ilha muito bem isolada do mundo exterior, chamada Temíscera onde só vivem amazonas. Lá ela cresce sempre tendo vontade de lutar, mas sua mãe a impede. Depois Hipólita acaba aceitando o destino da filha, e então deixa Diana aprender a lutar. Até que um dia aparece um homem, Steve Trevor (interpretado pelo Chris Pine) que sofre um acidente nas águas da ilha, e muda a “trajetória” dela, quando ela o salva. As Amazonas aparecem bem na hora e decidem mata-lo, porém Diana o protege.
Logo em seguida aparece um exército alemão que estava atrás de Steve, e as Amazonas começam uma luta contra os alemães. Decidem depois não matar Steve e então, Diana decide ir embora da ilha com ele, a fim de acabar com a guerra e derrotar o deus da guerra, Ares.
Não se engane pensando que o filme é monótono, porque ele também tem seus momentos engraçados, como por exemplo o fato de Diana nunca ter visto um homem na vida antes de Steve, então ela começa a agir e fazer uns questionamentos hilários! E então somos recebidos com diversas cenas com vários diálogos repletos de duplo sentido para explicar sobre a forma que ela veio ao mundo (na cena em que ela diz ser esculpida na areia, mas ser filha de Zeus, oi?), essa é uma dessas cenas cômicas, e como os humanos se reproduzem. Aí entra outra coisa que parece se contradizer no filme. Ela assim como as outras amazonas, não tem contato com o mundo exterior, mas foi ensinada a falar diversas línguas (espanhol, inglês, francês e por aí vai), assim como aprendeu sobre alguns costumes dos humanos. Mas no decorrer do filme, ela faz alguns questionamentos de situações que a mesma não está por dentro, como por exemplo, o que é a palavra “casamento” e assim por diante. Então ficou nessa... ‘Tá! Ela sabe ou não sabe das coisas?’.
Se você vai ver o filme, fique sabendo que é risada na certa, porque após ela chegar na cidade de Londres junto com Steve, acontece uma série de situações engraçadas, como por exemplo, andar no meio de Londres vestida “para a guerra”, com aquele traje dela, com espada e escudo na mão. E aí tem todo o desenrolar do filme que lá se vai 2 horas e cacetada... Na verdade, 2 horas e 21 minutos de filme.
O filme é repleto de momentos épicos, uma trilha sonora fantástica e figurinos incríveis; a fotografia do filme e os cenários são impecáveis! Tá muito bom mesmo. A superprodução (da Warner Bros. Pictures e DC), está ótima; embora o filme seja muito longo, com mais de 2 horas de duração, e tirando os pontos negativos que citei anteriormente, eu o amei. Se preparem para ver um filme com muita ação, aventura, cenas engraçadas e a Mulher Maravilha “divou” a cada cena.
