‘Girlboss’
- Jonatas dos Santos Pereira
- 26 de abr. de 2017
- 3 min de leitura

O estilo é o que menos importa na série ‘Girlboss’. Britt Robertson está incrível!

Na nova série original do Netflix, a ‘Girlboss’, somos entregues a uma comédia que caminha junto ao drama... E isso é ótimo; baseada na história de vida de Sophia Amoruso, fundadora da Nasty Gal, somos imersos a vida da jovem Sophia (interpretada por Britt Robertson), que é politicamente incorreta m suas atitude, e anseia por um sucesso precoce e sem esforços, mas isso seria fácil demais; a jovem começa trilhar seu destino a partir de vendas no eBay de roupas vintages (e algumas dessas roupas são customizadas), depois ela cria seu próprio site!

Baseada no livro de mesmo nome, a série contou com o seu desenvolvimento para a tv / streaming, a partir do roteiro de Kay Cannon (“A Escolha Perfeita”), que soube fazer um trabalho bom, mas não tanto com a personagem principal, que demora para conquistar o telespectador. Eu não jugo essa 1ª temporada, por mostrar o começo de tudo, do império que a Nasty Gal se tornara e sobre os espectros da vida da jovem Amoruso, mas a entrega de um personagem mais forte, que realmente faça nos querer acompanhar a jornada dela, seria ainda melhor, é legal acompanhar Amoruso, mas não é tão empolgante.

Agora quanto à moda a série é maravilhosa, os holofotes não são para o “estilo” em si, mas servem para estampar a história (que está muito colorida, por sinal). Mostra que boa parte da moda, não é aquelas “atrocidades” que ouvimos ou vemos, mas sabemos que é um mundo competitivo, assim como qualquer outro. O que não deixa a desejar na série a trilha sonora, onde na cena em eu Sophia está atravessando a ponte com o vestido (e isso é um obstáculo para ela, já que ela tem medo de pontes), ouvimos de fundo a versão de The OC, para com a música ‘Hallelujah’; mas não é só isso, a fotografia também é bonita, não marcante, mas bonita.

As referências vão de ter RuPaul no elenco (com um personagem muito mal aproveitado, por sinal), a Sophia e seus amigos assistindo a morte da personagem Marissa, em “The O.C.”. Há planos sequências fabulosos que representam os fóruns da internet, temos um espetáculo visual, incrível, sem dúvidas isso me agradou muito, e foi muito bem feito e condiz para o pano de fundo da trama.

De longe vemos a entrega de Robertson em suas performances, mas ‘Girlboss’ lhe dá mais espaço e a deixa com uma trama boa, já que “The Secret Circle” (que foi cancelada, após sua 1ª temporada; coincide também de ser dos série dos mesmo criadores de “The Vampire Diaries”) e “Under the Dome”, não se firmaram como boas séries, apesar de que tinham potencial; e “Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível”, apesar da proposta, não é lá seu melhor trabalho. Eu gostei muito da Sophia de Robertson, que me fez sorrir e chorar.

Outra boa atuação, foi a de Ellie Reed, como Anne a melhor amiga de Sophia; eu sei que eu comentei (escrevi), que a série foca mais em Sophia, mas essa personagem tem seu destaque na série, e ela é carismática, diferente da personagem principal (que demora a ter status). O episódio que mostra que Anne também quer participar da Nasty Gal, é incrível, o da viagem das duas para o Coachella também. Há que elenco de apoio de brilhar os olhos... Johnny Simmons, Alphonso McAuley, Dean Norris, Jim Rash e Melanie Lynskey.

Essa 1ª temporada entregou o começo de tudo, e entregou bem, as quedas de Sophia, e como reage a elas são os pontos da série, que exigem mais trabalho e mais “história”, pois a construção do personagem é um ponto critico e que deve ser estudo e cuidado. Se ela é uma anti-heroína, disso não temos dúvidas, mas falta mais entrega para no final ela não ficar só como a “mocinha”. Tudo bem que a série vem bem quando a Nasty Gal está a falir, mas isso demonstra também que Amoruso, não tem medo se expor e já está claro que para as próximas temporadas vemeros isso na tela, e mais da manchada realidade da Nasty Gal.

Em ‘Girlboss’, a personagem principal é o vórtice da série, que tudo sofre, mas tudo supera de “certa” forma, como se nada a atingisse profundamente (a não ser seu namoro e sua amizade); ficamos por dentro da “realidade” de Amoruso. Apesar dos defeitos da série, ela é uma das boas séries de comédia e pode ficar melhor, com devido cuidado no seu roteiro e direção; foi como eu disse ela tem potencial, pois a história ainda não acabou, e Amoruso serve como produtora executiva da série (além de sua própria vida, ser a base da série), assim como Charlize Theron.
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