“A Bela e a Fera”
Uma adaptação fiel, mas ao mesmo tempo muito artificial!
A “Bela e a Fera” (“Beauty and the Beast”) de Bill Condon, é o terceiro live-action feito dos filmes de animação da Disney, uma adaptação totalmente fiel, onde vemos a cada cena, música, fala e cenário um pedaço da animação original, fazendo com que o telespectador viajar no tempo e se lembre do original (a animação).
A trama como todos sabem, acontece em uma pequena cidade onde uma jovem chamada Belle (Emma Watson) que vivia com seu pai Maurice (Kevin Kline) em uma pequena aldeia (onde ela é totalmente deslocada), ao ver que somente o cavalo de seu pai voltou após o mesmo ter ido a uma viagem a trabalho, vai à procura de seu pai, acabando por encontra-lo trancafiado em uma cela em um castelo enorme e sombrio somente por ter pegado uma rosa pela qual a mesma o pediu, não pensou duas vezes em trocar de lugar com o mesmo e viver para servir a Fera (Dan Stevens) que o havia prendido por roubar a rosa.
O homem que estava por trás da Fera sofreu uma maldição que uma feiticeira chamada Aghata (Hattie Morahan) jogou sobre ele por ser altruísta e egoísta, não somente ele, mas todos que viviam em seu castelo, tendo o mesmo como única solução de quebrar a maldição (antes da ultima pétala de uma rosa cair), ganhar um amor verdadeiro, sem a importância da aparência. Após vária tentativas fracassadas, o mesmo estava por desistir quando Bela apareceu, e incentivado por seus funcionários que estavam em formas de objetos, acabou conseguindo fazer com que Bela se apaixona ao viver com o mesmo diariamente, fazendo com que assim o conhece-se melhor.
As situações mais marcantes na animação nós também vemos na adaptação, como por exemplo, o famoso vestido amarelo, a valsa entre os protagonistas, a ajuda que o Cogsworth (Ian McKellen), Lumière (Ewan McGregor), Mrs. Potts (Emma Tompson), Maestro Cadenza (Stanley Tucci), Madame Garderobe (Audra McDonald), Plumette (Gugu Mbatha-Raw) e Lasca (Nathan Mack) dão a Fera. O que é muito curioso, pois sempre se foi dito que não há muitas adaptações feitas onde são fieis aos originais, e nessa vemos exatamente o contrário do que dizem, ela é tão fiel que até nos surpreende, a produção realmente foi fantástica ao conseguir realizar tal feito.
O roteiro basicamente é um musical, no decorrer do filme ouvimos mais musicas do que fala, e isso acaba sendo desgastante. Apesar das canções darem continuidade ao roteiro contando a história, se torna cansativo e monótono para quem assiste, tornando o filme chato. O roteiro que existe e vemos, está bom, mas poderiam ter melhorado um pouco na questão de ter tantas músicas.
As músicas que ouvimos durante o filme são de Alan Menken e as letras de Howard Ashman e Tim Rice. A fotografia, o figurino e os efeitos visuais estão maravilhosos. Os efeitos da cena da mesa de jantar quando Bela vai comer com os talheres, pratos, copos, guardanapos e a cozinha com a comida sendo feita, louças sendo lavadas e secadas, dançando e trabalhando em suas respectivas funções, foi incrível, foi uma das melhores, se não a melhor, cena do filme.
O efeito dos objetos que vemos no original serem quase idênticos é incrível!
Já a aparência da fera esta boa, mas acho que poderiam ter feito algo melhor com a captura de movimento, para uma fera ele estava lindo, parecendo algo realmente artificial, diferente dos outros efeitos.
Eu estava esperando uma história por trás da que conhecemos, como “Malévola”, por exemplo, mas me surpreendi ao ver que o filme foi fiel ao original. O longa realmente está bom, mas acredito que poderiam ter diminuído um pouco a quantidade de músicas no mesmo, pois isso acabou deixando ele um tanto monótono. A trama nos lembra um pouco de nossa infância, quando assistíamos as animação da Disney, e nos surpreende ao ver um filme que realmente faz jus ao original já que é tão difícil de se ver.