“Moonlight: Sob a Luz do Luar”
Uma experiência cinematográfica incrível! Sem dúvidas um longa emocionante e o melhor filme do ano. Fantástica filmagem, fotografia, trilha sonora e atuações fenomenais.
Mais uma obra de arte, só que essa é cinematográfica... “Moonlight: Sob a Luz do Luar” é mais uma inesquecível experiência fantástica quando se trata de cinema, de um bom longa-metragem, transcende pura essência do que é fazer um filme, capta nuances e momentos únicos, com uma história sensível e muito linda, a linguagem do cinema é representada com toda sua glória com esse longa dramático que é marcante. Na trama acompanhamos a infância de Chiron / apelidado de Pequeno (interpretado por Alex R. Hibbert), depois o acompanhamos em sua adolescência (interpretado por Ashton Sanders) e por fim na sua fase adulta conhecido como Black (interpretado por Trevante Rhodes), em meio as passagens de sua vida, acompanhamos seu relacionamento com sua mãe viciada (interpretada por Naomie Harris), seu acolhimento pelo casal Juan (interpretado por Mahershala Ali) e Teresa (Janelle Monáe) e a descoberta de sua sexualidade e seu desenvolvimento como pessoa.
O trabalho de Barry Jenkins é notavelmente incrível, o roteiro é esplendido, não é um longa que abusa de falas, elas existem, mas não enchem todo ele, notamos o trabalho de Jenkins ao adaptar a história de Tarell Alvin McCraney, que é rica e é mostrada nessa grandiosa filmagem que Jenkins também dirige.
Você sabe que algo é bom, quando o conjunto da obra se manifesta ser lindo e te faz pensar, refletir e quando claro, faz seus olhos brilharem, esse longa faz tudo isso com uma delicadeza transmitida pelo seu estonteante visual, o trabalho de James Laxton com a fotografia é fantástico e impressionante.
Outra marca do longa é sua trilha sonora... A música instrumental ‘The Middle of the Worlod’ já se fazia presente e magistralmente notável no trailer do longa, o que me cativou e prendeu a minha atenção para o conjunto todo; outra música é a faixa bônus ‘The Culmination’ que também é notavelmente linda... Minhas salvas de palmas para o incrível trabalho de Nicholas Britell.
Jenkins deixa bem claro que esse longa é uma obra cinematograficamente incrível, sua direção é maravilhosa. Há uma cena em que Chiron pergunta a Juan, o que é um “boiola” e o menino se questiona sobre o assunto, a cena é incrivelmente delicada e forte ao mesmo tempo, depois há a o pleno sequência da praia, onde os adolescentes Chiron e Kevin (interpretado por Jharrel Jerome), se beijam, outra cena linda.
Todas as atuações são incríveis, mas a do Chiron jovem é a mais notável, pelo fato dele já ser adulto e ainda ter a suas inseguranças e sua timidez, como um homem homossexual e seus questionamentos, que o marcaram desde pequeno, ser negro, gay e traficante, questionamentos e afirmações, para a sua vida... Rhodes desempenha nuances incríveis ao papel, que é sim complicado, sua química com André Holland (como o jovem Kevin) é maravilhosa; Holland também entrega um ótimo desempenho.
“Moonlight: Sob a Luz do Luar” traz um tema incrível, com uma história linda, tocante e muito sensível, que traz questionamentos que pesam sobre a vida e acima do que é mostrado, e como eu citei acima não é fácil ser um negro gay e ainda pelas condições ser um traficante (como mostra a história), tudo é muito bem mostrado no longa que é um incrível filme dramático deste ano, sem sombra de dúvidas.