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“Entre Idas e Vindas”

  • Jonatas dos Santos Pereira
  • 19 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Um ótimo filme “road trip” brasileiro. Incrível direção de José Eduardo Belmonte, e belas performances de Ingrid Guimarães e Fábio Assunção.


Um filme que tem drama e comédia, e têm muito do gênero “road trip” (“caindo estrada”), é o filme nacional “Entre Idas e Vindas”, que é um filme maravilhoso, indo de roteiro, fotografia, direção e elenco. Na trama quatro mulheres (lideradas por Guimarães, Alice Braga, Rosanne Muholland e Carol Abras), que trabalham em um call center caem na estrada num ônibus / trailer, para irem e levarem uma delas para o próprio casamento, nisso elas encontram um pai e um filho (detalhe pai e filho na tela e fora dela, Fábio Assunção e João Assunção), que estão na estrada, pois o carro deles literalmente os deixa na mão.


Belmonte também assina o roteiro ao lado de Cláudia Jouvin, os dois trabalharam muito bem (em minha perspectiva), o roteiro; foram da comédia ao drama, num filme de “viagem”, com uma ótima abordagem ao gênero, me lembro de ter visto em “Colegas” de Marcelo Galvão, um trabalho parecido, mas com sua peculiaridade. Belmonte junta os gêneros do cinema, e ainda traz mais uma filmagem documental para o longa, que é muito interessante, captando mais para o “road trip”.


As paisagens são bem coladas nas filmagens, dando tons para a história contada, uma das minhas cenas preferidas do longa, é a em que as personagens Amanda e Sandra (vividas por Guimarães e Braga), têm uma discussão na estrada, e saem do ônibus / trailer, e deitam no asfalto, esse plano sequência é muito bonito.


O ponto de partida da viagem das quatro amigas é o casamento de Sandra, uma delas, que acaba sendo parte importante da trama, a líder que é a Amanda se mostra a fim de ajudar um pai e um filho que estavam a caminho de seu destino (turbulento devido a história deles), quando seu carro antigo os deixa a mão, quando suas amigas (principalmente Sandra não acha que dar carona a estranhos é uma boa ideia); o menino acaba sendo o fator de “ajuda” importante. As histórias dos personagens se cruzam nesse ponto e se unem nessa viagem.

As duas mais jovens das quatro, Krisse e Cillie (Muholland e Abras), são o alívio cômico junto ao menino (Assunção); já o drama fica por conta de Afonso, que está nessa viagem para ir de encontro ao que falta na sua vida, para seguir em frente; Sandra, que “vai” casar; Amanda que se vê atraída por Afonso... A trama roda muito bem, tomando desfechos esperados.



As performances do elenco são maravilhosas, mas as minhas salvas vão para Guimarães, Braga e Assunção que como o “trio” tomam as câmeras e nossa atenção (pelo menos a minha), os dois (Braga e Assunção) tem uma forte vertente para o drama, mas quem rouba a cena é Guimarães, ela entrou no tom do longa e entregou uma incrível performance ao lado dos dois que dominam o gênero dramático.


O longa pode ter mirado na comédia, mas passa pelo drama ao mostrar a história dos personagens e a pegada foi mesmo o gênero “road trip”, que Belmonte maravilhosamente trabalhou em união aos outros gêneros presentes no longa. Novamente, um ótimo filme nacional.

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