“American Horror Story: Roanoke”
Essa 6ª temporada de ‘American Horror Story’, poderia ser brilhante, mas se apagou e se perdeu! A ideia era boa, mas a finalização foi horrível e mostrou que a equipe de roteiristas da série não conseguiu entregar o que poderia ter entregado... Um final feliz (não em ‘American Horror Story’, será?).
O agito... Todo o burburinho de “Roanoke” se fez em seu marketing, que não entregava o tema da 6ª temporada da série, melhor que isso, tudo estava escondido (o mais interessante, é que conseguiram esse feito, na era digital, onde informações voam), Ryan Murphy o criador da série de antologia de terror estava dando suspense aos telespectadores e até esse ponto as coisas fluíam tranquilamente.
Uma grande ideia... Que ideia genial, trazer um “falso” documentário para ‘American Horror Story’ que é uma das melhores séries da atualidade, mesmo com seus erros (salvo a 2ª temporada, que foi espetacular!). Os primeiros cinco episódios mostravam um documentário, onde havia uma “recriação” de uma história “verídica”, vivida por uma família, que sofreu o terror na pele... Literalmente, os cinco primeiros episódios mostravam que ‘American Horror Story’ estava renascendo e trazendo brilho de novo a série, o 6º episódio que teve “a grande reviravolta”, foi maravilhosamente dirigido por Angela Bassett que também integrou o elenco desta temporada.
A insistência... Eu não lembro de ter gostado do desenrolar de “Coven”, de “Freak Show” e nem de “Hotel”, mas “Roanoke” parecia que nos entregaria algo bom, mas como já citei, Murphy e sua equipe de roteiristas não conseguiram ir além, após o 6º episódio, só desastre após desastre e muitas decepções... Eu entendo que os “fantasmas” são a alma da série, mas poxa, tá cansativo, está exaustivo já, eles são como se fossem humanos, mas não são; eu entendo o ponto do terror, mas eu quero que algo bom aconteça depois de muita desgraça... Foi um descarrilamento de decepções acumuladas na reta final da série, digo isso com muita tristeza, pois eu gosto demais da série (mesmo que eu tenha pulado a 1ª temporada).
As cenas realmente merecem aplausos, levei vários sustos e falei horrores de palavrões e muitas alterações de emoções... Tanto os planos abertos e fechados estavam ótimos. Quem diria, que teria canibalismo, e ares de filmagens tensas com os celulares, deram o tom da série, mas de novo o roteiro não sustentou as atuações, a produção e o resto. Atuações deslumbrantes, Adina Porter estava excepcional, Lily Rabe voltou deslumbrante, Bassett e Sarah Paulson sempre ótimas, que maquiagem sinistra para o personagem de Finn Wittrock.
Entendo que a cena do terror na série vai a gostos (ou a um único gosto), não é possível agradar a todos, mas é possível ir a encontro dos temas, que vem a agradar o grande ecrã, mas a falta de aprofundamento ou de “possibilidades” para com o roteiro, deixa a série cada vez mais desinteressante quando estamos na reta final da temporada; a uma falta do que representa o segurar do telespectador, até o final e entregar um final bom, que tira o que seria frenético e fresco (se colocado em prática, o que citei), para uma série que é muito boa, mas que está deixando a desejar.