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‘Westworld’: Por que a virada da série funcionou mesmo que provavelmente víssemos a chegando


Quem acompanha ‘Westworld’ pode ainda estar digerindo aquela reviravolta do episódio 7. Aviso... Muitos spoilers estarão presentes neste artigo, sobre o 7 episódio da série, então fique avisado!


Bernard é um anfitrião (no começo não parecia). Havia uma teoria que sugeria isso; Os criadores da série realmente fizeram um excelente e cuidadoso trabalho, amarrando tudo e nos entregando pistas do que estava por vir, mas tudo com calma e com cuidado para nos despistar (nós os telespectadores que não percebemos logo de inicio essa virada). Eu sou bem claro em dizer que essa reviravolta foi surpreendente, pois mesmo que muitos esperassem por isso, numa era de grandes especulações nas redes sociais e na web, ainda sim foi genial. Como disse, nesse tempo em que vivemos várias mentes colaboram para resolverem um mistério, e foi o que fizeram com a série, para encontrarem e preverem “aquela reviravolta”, que muitas vezes pode ou não agradar, mas o caso é que ‘Westworld’ agrada e muito, a série se vê repleta de mistérios e cada episódio vamos perdendo o fôlego ao acompanhar a trama se desdobrando perfeitamente e claro e iremos ter mais reviravoltas para o final desta 1ª temporada.


Essa reviravolta com o personagem de Bernard não é uma pegadinha, pois como já disse, as pistas estavam lá (para aqueles cuidadosos e atentos), não claramente, mas de uma maneira sutil; salvas mais uma vez para o roteiro. Desde o nome do episódio já tínhamos uma pista... O nome do episódio “Trompe L’oeil”, refere-se a uma técnica de pintura, que é usada para fazer objetos bidimensionais parecem 3D. Não bastasse o título, a cena de abertura do episódio, onde pega Bernard acordando, depois de ter um pesadelo, parece algo que já vimos na série, e é, pois vimos essa cena com os (repetidamente) ciclos de narrativa de Dolores e com Maeve.


Somos mais introduzidos ao trama, onde estamos a par da tumultuada relação entre DELOS e Dr. Ford, e isso se desenrola na revelação sobre Bernard ser um anfitrião, onde depois dele perder o emprego ele leva Theresa a casa da família robô de Ford; no caminho ele diz a ela: “Quanto mais eu trabalho aqui, mais eu acho que entendo os anfitriões. São os seres humanos que me confundem.” E ela descobre, que Bernard é mais uma das criações de Ford; mas antes dessa descoberta somos introduzidos há um movimento de câmera, que é presente na série, onde Theresa aponta para uma porta, que Bernard não pode ver, a câmera gira 360 graus atrás dele, mostrando que a porta estava lá e nós não a vimos, pois estávamos vendo através da perspectiva de Bernard. Isso mostra uma demonstração de como extraordinária essa série foi construída (escrita e dirigida).

Há ainda o momento em que Theresa está frente a frente com Ford, a linguagem corporal é predominante ali naquele momento. Ela está com as mãos na cintura o enfrentando, não o mostrando fraqueza; ela faz exatamente o que Bernard disse a ela, mas isso não a ajuda em nada, pois ela está realmente numa posição vulnerável. Claro que isso é mérito também das maravilhosas atuações de Sidse Babett Knudsen e Jeffrey Wright, que nos entregam atuações fantásticas.


Outro momento brilhante (o principal), é a revelação de Bernard ser uma criação de Ford; onde o horror e suspense adentram nas cenas, com Theresa descobrindo a verdade, a partir dos designs de Bernard, e quando percebemos que Bernard a levou para o cruel destino dela, a mando de Ford, o verdadeiro vilão aqui, e somos imersos a trama se desdobrando em nossa frente, e sabemos que Ford é rei de seu jogo (até porque é lógico, já que ele o co-criou), que é Westworld.


Esse assassinato elaborado de Ford, abre várias perguntas, mas uma que se faz importante é... Será que ele matou Arnold? Resposta a ser respondida futuramente (assim esperamos).


Outra coisa muito importante é a foto de Arnold, que Bernard viu no escritório de Ford e na foto há dois homens, um é Ford e o outro era Arnold (assim pensávamos), mas aquele homem é o pai de Ford, como vimos antes, quando Bernard encontra a casa onde está a família (sinistra) robô de Ford. Então, há um espaço na foto, como se pudesse ter outra pessoa naquele espaço... E mais uma vez Bernard, pode não ter visto quem era o Arnold, pois ele não viu a porta e mais Ford disse que: “eles não podem ver as coisas que podem prejudica-los” e ainda a vida de Arnold foi “marcada por uma tragédia”. Tudo cuidadosamente se desdobra nessa trama, e há mais coisas para se desdobrarem na trama.


E há outra coisa, e essa pode dar medo! As conversas secretas de Bernard e Dolores, onde ele oferece a ela o caminho para o labirinto, que é algo que irá a “libertar”... Um anfitrião guaiando o outro. Mas o que difere um do outro é que Bernard é um anfitrião privilegiado, como assim? Ele não é submetido ao que Dolores e Maeve são, por exemplo. Ele não vive o mesmo dia repetidamente (mesmo com pequenas mudanças), o ciclo narrativo dele é ampliado a cada dia, pois a posição dele é diferente... Dolores e Maeve sentem que há algo de errado com elas (mesmo elas achando que são humanas, o que não são... Maeve acha isso até um certo ponto), ele não sabe que é um anfitrião (na verdade quem não sabia, éramos nós), ele vive dia após dia como um chefe de departamento de uma enorme empresa, que lida com problemas e lida com inteligência artificial. Com certeza ele esquecerá do assassinato de Theresa e do desaparecimento de Elsie? Ainda não sabemos, mas o que sabemos agora é que sim, os anfitriões (robôs), podem matar os convidados (humanos), dando possibilidades a maravilhosos desfechos para a trama.


Eu não ficaria impressionado se Maeve não chegasse ao destino, mas ficaria feliz se ela conseguisse o quer e eu não ficaria surpreso se Dolores não encontrasse a sua tão sonhada “paz”, já que agora ela está indo para descobrir a sua história, mas quem fortaleceu esse despertar crescente nela, decerta forma foi Bernard, nas condersas particulares dos dois e agora sabemos que ele é uma obra de Ford, podendo ele a guia-la para fins e propósitos de Ford; o que seria trágico, mas é um ponto de vista, uma teoria minha, o que me surpreenderia, seria ver ela e Maeve, realmente sendo donas de suas próprias histórias. Eu também gostaria de saber a verdadeira identidade do Homem de Preto e saber se estamos numa alucinante viagem de narrativas de tempos diferentes, que é o que parece! Tudo isso e o que esperamos se encaminha aos três episódios finais da temporada, que nos responderam o que queremos saber (ou não).



Fonte: Collider.

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