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“Aquarius”


Um suspense nacional excepcional! Kleber Mendonça Filho nos leva numa história de enfrentamento entre cias x pessoas; até onde você iria para conseguir o que quer? Essa é a pergunta que entona os dois lados do enfrentamento. Sônia Braga só reforça que o cinema nacional é excelente, dando nuances e performances estonteantes.


No longa de drama / suspense “Aquarius”, mergulha na vida de Clara (Sônia Braga), que é uma jornalista aposentada e que passou por um câncer, e está sendo perseguida por uma construtora, vezes do engenheiro Diego (Humberto Carrão); essa construtora quer destruir o edifício Aquarius, aonde ela mora (por sinal só ele mora lá), para construir um prédio residencial. Clara vê seus dias, que antes pareciam sossegados serem arruinados, pois há só ela nesse edifício, e a construtora quer demais esse edifício.


O modo que o suspense é posto aos nossos olhos, não é aquele de filmes americano, que muitos podem estar acostumados, aqui o diretor brinca conosco, mas não faz pegadinhas, pois é claro o que ambas as partes querem e faram para sustentar suas decisões, claro que somos introduzimos no longa pelo olhar de Clara e logo as coisas andam e vamos descobrindo o que está acontecendo, pois somos levados a descoberta bem de leve, indo para a tensão, até chegarmos num ponto em que nos sentimos incomodados.

Há várias pessoas que vão contra Clara, mas ela bate e firma o pé, na sua decisão de ficar no lugar que escolheu e que ela gosta, é o direito dela então os incomodados que se retirem não é mesmo, bem não é assim que “Aquarius” lida com enfrentamento, de um lado Clara que já tem sua opinião formada, do outro a construtora representada por Diego, que quer muito conseguir “esse novo projeto”, que é o edifício, e quando confrontado sua tática como ele mesmo diz, no começo era para ser “formal”, depois as coisas mudam e tomam proporções grandes.



O roteiro é brilhante, atual e muito condicente com o nosso país (graças!). Não há falas jogadas, todas são bem aproveitadas pelo elenco, dado que os sets que ajudaram e muito, os planos são muito bem feitos.




As proporções do enfrentamento chegam a porta de Clara, mas precisamente dentro da sua casa e de sua família. Também vemos como é vida de Clara, depois de se aposentar, de criar seus filhos e enfrentar um câncer; muitas salvas para a cena em que Clara vai tomar banho de ducha, depois de um banho de mar, Braga transporta uma brilhante nuance nessa cena, que de fato é linda demais. As cenas de sexo são explicitas sim, mas não gratuitas.


Braga entrega uma excelente performance do começo ao fim, ela inebria nossos olhos (pelo menos os meus ficaram). É muito bom ver essa volta do cinema nacional, digo isso, pois estamos tendo bons filmes este ano e em termos de mais gêneros é muito bom; Falar e mostrar padrões de classe é algo a se chegar perto e é o que todos os países tem, o filme mostra isso, mostra drama, trabalha muito bem o suspense, e no final é um filme excepcional.

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