Águas Rasas – Crítica
O diretor Jaume Collet-Serra trouxe esse ano para o cinema, um dos melhores suspenses do ano. Para “Águas Rasas” pouco é muito mais. Blake Lively entrega uma atuação maravilhosa.
A personagem principal está numa praia isolada, da qual do começo até o fim do filme nem ela e nem nós telespectadores sabemos qual é o nome desta ilha. (Caso tenha mostrado o nome dela, me desculpem eu não o vi). Nancy (Lively) está tendo um tempo pra si, depois de uma perca, nessa ilha que ela mal, ou melhor, ela não conhece, mal sabe ela que cada minuto contará para serem lembrados eternamente, de sua passagem ali.
Logo depois do primeiro ato do longa, vemos o vilão, que é um enorme e inteligente tubarão, os takes de filmagens de Serra sobre a água são fascinantes e nos prendem, pois a qualquer momento nós esperamos pela presença do rei dos mares, que é uma presença demorada, mas certeira, um dos momentos tensos é quando Nancy põe a mão na água para sentir a vibração da mesma, esperando por algo ruim, mas os reais momentos tensos estão por vir. Claro que a trilha sonora foi um ponto a ser notadíssimo, parabéns para John Ottman.
Cada cena debaixo da água é estonteante, o pavor e medo de Nancy é reciproco com nossas respostas a agonia (pelo menos a minha). Salvas para a cena das águas-vivas, a da Nancy em sua jornada até a boia. A cena da jovem cuidando do seu ferimento na perna é por demais de agoniante, depois minhas ressalvas para a gaivota treinadíssima (eu queria muito, que ela sobrevivesse).
As cenas abertas são estonteantes, a paisagem é de tirar o folego, mas houve uma coisa que me incomodou foi ver a interação de telas dos aparelhos tecnológicos (que possivelmente eram mais um mercham da Sony), em tela, não que me incomodasse muito, mas a cena onde Nancy aparece conversando com seu pai, vemos uma interação da câmera do filme em ângulo aberto, e mais duas telas pequenas dos aparelhos dela e do pai dela, foi meio estranho ver ela sobreposta, mas ok.
É praticamente impossível se livrar de um inevitável ataque de tubarão numa ilha ou praia deserta, sem ninguém pra te ajudar... Nancy foi em muitos dos vários casos de ataques de tubarões uma sortuda, mas pera aí não que estejamos nos gabando do roteiro eletrizante e meticuloso de Anthony Jaswinski, na verdade eu estou sim, pois a personagem central era estudante de medicina (que foi um fator acirrado, para sua sobrevivência) e mais do que isso, foi terem colocado nela o que muitos personagens têm, amor pela vida e muita, mas muita coragem.
“Águas Rasas” foi um daqueles casos onde o que foi entregue em seus primeiros trailers parecia ser tudo ou quase o que filme inteiro seria, mas não foi o que aconteceu. Tenho para mim que este filme entra pra seleta lista dos melhores filmes deste ano e como citado lá em acima um dos melhores suspenses do ano, Serra sabe brincar com o telespectador e nos deixa ávidos pelo que vem a seguir, não é de varde isso do cineasta, já que com “A Casa de Cera” foi por demais de agoniante, em alguns momentos (em minha opinião); ele traz o melhor do horror e suspense, para o mar, o que já torna tudo a níveis altíssimos. Blake Lively deu um banho de atuação, também eu não esperava menos dela (sua casa de preparação “Gossip Girl” lhe moldou, claro que “Quatro Amigas e um Jeans Viajante” foi onde a conheci, mas não foi a mesma coisa com a série mencionada, as primeiras temporadas pelo menos).