‘Mr.Robot’ e ‘UnReal’ tem 2º ano com queda
Sempre há aquela expectativa em cima de uma série, ou um programa de TV ir bem ou mal de audiência, de recepção de produção a principalmente levar ao telespectador uma boa história e quando realmente aprece uma série (levando agora pro lado das séries) com todos esses quesitos positivos é certeza de uma alegria em geral e muitas das vezes o “piloto”, é o episódio que pode abrir espaço para uma série, numa grade de TV (ou como hoje em dia, streaming) e pode também ao mesmo tempo vetar a possibilidade de sua existência. A sorte vem quando há uma primeira temporada, e nas maiores hipóteses é ter uma segunda, depois de duas temporadas e tudo fluindo para a série ou programa, daí a produção dela tem o apoio da rede, onde ela está estabelecida (não que ela não tenha antes, mas isso se fortalece), depois de ter sido aprovada e escolhida em meio a possíveis outras séries e programas, depois tem o tempo, que é quem dirá se a série será boa a uma longevidade ou será cansativa e repetitiva. Dito isso o segundo ano de ‘Mr.Robot’ e ‘UnReal’ não foram como o seu primeiro ano.
O fator “tempo”, que citei acima é aonde a maioria das séries vem a falhar, e acabam sendo novamente cansativas e repetitivas. Para muitas séries “americanas”, que tem formato para quase o ano inteiro, se usam da forma processual, aonde se vai alongando a narrativa para 22 episódios (ou mesmo 13 episódios), que coincidem em mais temporadas a caminho, o que pode acarretar em diminuição do rendimento da série, claro para o sucesso também é válido se dizer que um showrunner ou criador com pulsos a manter um bom trabalho é essencial.
A 2ª temporada de ‘Mr.Robot’ se viu com Sam Esmail o criador da série, assumindo o roteiro (com uma equipe) e dirigindo cada episódio da temporada. Será que a 2ª temporada da série teve um excesso de confiança em prosseguir com a história de Elliot e Esmail tem culpa nisso? Em partes sim, em outras não. Muitas vezes uma boa ideia e uma série podem estarem unidas, onde há uma criatividade por trás disso e às vezes é preciso alguém dizer não para muito espaço criativo, que pode acabar se perdendo. No ano passado a série de drama complexo foi um das melhores e premiada, mas seu segundo ano no entendo não foi tão elogiado como o seu primeiro.
Na 2ª temporada de ‘UnReal’ a série meio que passou pela sua conquista, onde a série aborda os bastidores de um reality show, tornando o seu significado incompreensível, desperdiçando o que poderia ter rendido uma temporada inteira em um único episódio e não deu desenvolvimento para os seus personagens. A série traz uma sátira escura e nervosa a respeito do reality show ‘The Bachelor’, sobre o casamento com um pretendente, no caso de sexo masculino. Sua primeira temporada foi muito bem recebida, ao contrário da sua segunda como citado acima. Criada por Marti Noxon e Sarah Gertrude Shapiro, a 2ª temporada da série se viu só com Shapiro a executando.
Mas essas duas séries não são “as” únicas que começaram bem e caíram um pouco, a grande série com esse exemplo foi ‘True Detective’ que por muitos foi datada como sendo o caminho do drama na HBO, isso em sua 1ª temporada com um elenco muito bom, tendo execução de Nic Pizzolatto e direção na integra por Cary Fukunaga, foi dito desde o início, que os dois não partilhavam da mesma visão e ideias para como a história deveria ser contada, mas se saiu uma excelente 1ª temporada; a 2ª temporada da série não tinha Fukunaga para dirigir todos os episódios como na 1ª, ao invés disso houveram vários diretores para a série e o resultado não foi como esperado, levando a HBO permanecer em dúvida a respeito de continuar com a série.
Há uma parcela de culpa por parte dos produtores executivos? Sim e não, por vezes eles acabam cedendo aos caprichos dos showrunners (quando os próprios também podem ocupar o cargo). Ao longo dos anos a percepção e onda de séries originais, vem de novos canais e streaming de prestadores de serviço ou de canais de TV a cabo. O que implica ‘Mr.Robot’ de continuar a ser boa é a sua narrativa, pois seu estilo e história são maravilhosos e no caso de ‘UnReal’ que se tornou algo a ser escapista, pode voltar a ser algo que se propôs que é se tomar nota do que acontece nos bastidores e a como uma história pode ser construída. Também é notável a expansão de conteúdo como citei, antes a muito tempo atrás a TV imperava, hoje já não, temos o streaming tendo a sua ascensão; o que deve ser levado em muita consideração é a palavra moderação ou receber de vez em quando um “não”.
Óbvio que em meio a tudo isso há a crítica, a “muita” supervisão e várias notas da rede para com a criatividade da série, tirando o que poderia ser único e ótimo para o telespectador.
Fonte: Collider.
