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Ave César – Crítica


Os irmãos Coen, podem até terem filmes bons, em seu currículo, mas não se pode dizer o mesmo de Ave César, que declinou a comédia, que poderia ser muito bem aproveitada, mas não foi. A atuação do grande elenco de peso estava boa, mas o roteiro pesado, muitos personagens para uma só trama.

A trama trazia o que “realmente”, acontecia num estúdio de cinema, dos anos 50, com um dos pontos fortes dos Coen, que é a realidade, com o que eles lidam com seus longas, um toque de humor é dado a Ave César, mas deixaram cair uma grande quantidade desse gênero, sem ponderação, o que nos mostrou uma trama, que a principio parecia interessante, mas tomou um rumo totalmente desinteressante.




O personagem de George Clooney é um ator, “o mais” requisitado, que está numa grande produção do estúdio, que coincidentemente se chama “Ave César”, os comunistas, decidem sequestrar o ator, o que gera, um enorme desconforto para o gerente do estúdio (Josh Brolin), que terá que lidar com o desaparecimento e tentar achar o ator sequestrado, isso que ele já tem que lidar com seus assuntos pessoais, cuidar dos assuntos dos atores (limpando os podres), cuidava das produções e da administração, o que se mostrou ser a trama central, mas cercada, pelos que o cercavam.

Uma das cenas hilárias do longa, é com os personagens de Ralph Fiennes, que era um diretor muito sério com métodos e o de Alden Ehrenreich, um ator de filmes de “faroeste”, do estúdio (Capitol Pictures), onde o ator é escalado para um filme, que é um drama ou romance, longe do que estava acostumado, o ator tem dificuldades, de como se portar no set e também há dificuldades em sua pronuncia, deixando o diretor, aflito, o diretor tenta ensinar a pronuncia certa da palavra que o ator está erando e a cena dos dois é maravilhosa, cômica. As personagens das gêmeas, também são hilárias, interpretadas, por Tilda Swinton, que arrebentou em seu pouco tempo em cena, assim como a personagem de Frances McDormand, uma projecionista, que tem também uma das melhores cenas no longa.




O longa se estendeu muito, deixando o foco central da trama as vezes de lado, também houveram as participações de Scarlett Johansson, uma loba, sob a pele de um carneiro, essa é descrição de sua personagem, teve também a participação de Channing Tatum, que pra mim, um dos papéis, mais desaproveitados do filme, a cena dele como um ator de um filme musical, dentro do longa foi até que legal, mas o seu final, Ave César.

Alden Ehrenreich, teve um mergulho como um bom ator, que ele mostrou ser, com o seu personagem, que me surpreendeu, parecendo ser um ingênuo, mas foi, quem salvou o dia, no caso ele salvou o estúdio, não que os comunistas (aqueles do cativeiro, onde o personagem de Clooney, ficou, fossem “malvados”), fossem um problema, ele solucionou o caso, de um jeito interessante, colocando a frente, mostrando, que estava vestindo a camisa da empresa e sim, sendo um bom funcionário, independente de seus colegas de trabalho, serem ou não profissionais.


Foi bom ver as “verdades” por trás das câmeras, mesmo que filmadas para um longa, com um enorme elenco, as subtramas, sufocaram a trama principal, deixando o longa meio bagunçado.

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