Jaume Collet-Serra fala sobre ‘Águas Rasas’

Temos ouvido falar muito do filme Águas Rasas (The Shallows), e parece que o filme realmente vai ser muito bom. Mas temos que esperar para confirmar. O diretor do filme Jaume Collet-Serra (A Órfã), respondeu a umas perguntas ao Collider, onde foi discutido sobre o filme, a criação do tubarão, da mulher sozinha e da gaivota ferida. O filme tem seu orçamento no valor de mais ou menos US$ 17 milhões.

Confira a entrevista que o diretor Jaume Collet-Serra deu ao Collider:

“Quando eu vim a bordo, eu caí de amor com os possíveis desafios de fotógrafa-la, e eu gostei da ideia de fazer de um filme de verão para jovens, que na verdade é algo que está se tornando muito raro.

Mas eu não cai exatamente de amores pelo personagem na primeira leitura que fiz do roteiro. Assim que foi sempre aberta para discussão. E sabíamos que iríamos encontrar o ator que realmente tem uma grande influência, porque é muito mais inteligente para lançar alguém e, em seguida, escrever para essa pessoa, quando há apenas uma pessoa no filme. É muito diferente quando há 20 partes contra uma parte. Se você tem 20 papéis que você pode lançar que melhor se encaixa desde o início, mas com um filme como este você vai ter que mudar o personagem para melhor atender o seu ator. Blake (Lively) é inteligente, ela é dura, ela é capaz. Assim, o personagem tinha que ser esperto, resistente, e capaz. De certa forma, fez muito melhor, porque você quer que a pessoa passe por isso. Ao passar alguns anos mais velho do que a originalmente escrita tornou-se diferente, sabe? Com Blake poderíamos fazer Nancy, alguém que tinha acabado de sair da escola médica, mas é quase um médico, e é muito inteligente, de modo que ela é capaz de tirar os brincos e suturar a si mesma que não estava no roteiro original. Isso faz parte do personagem. Quando você tem alguém que é inteligente e capaz, você pode fazer coisas que são muito mais interessantes.”, disse o diretor sobre a atriz Blake Lively.

“Sim. Três ou quatro anos, mas é mais do que número. Obviamente, Blake é uma mãe, não é uma questão de idade, é uma questão de maturidade. O personagem mais jovem no roteiro original era mais imaturo. Mas você não pode fazer Blake imatura, porque Blake nunca foi imatura, sabe? Ela tem sido um forte ser humano por um longo tempo, então você tem que fazer a personagem madura. Eu acho que ela também é muito espiritual. Acho que ela é uma grande modelo, e os jovens, as jovens estão indo para ver o filme e se sentir inspirados por ela. Eu espero.”, disse o diretor a respeito da idade da personagem no script original.

“A ideia temática é que eles estão jogando em um ambiente que não pertence a eles. Eles estão se divertindo em um ambiente, mas eles estão perturbando o que está embaixo. Não que eles não deveriam estar lá, mas eles se sentem como os reis do mundo, e ainda assim o mundo é maior do que eles estão pensando naquele momento de sua diversão na superfície. É por isso que o corte do som lá é cortar a música, era a coisa lógica. Porque debaixo da água, não é uma festa. O que quer que esta lá fora, o peixe, a tartaruga, qualquer que seja, eles não se importam que essas crianças estão festejando, o que realmente criou o sentido.

Eu não quero apenas ter um de dois minutos de montagem de vídeo de música. Assim, a primeira vez que eu tentei, eu tentei com nenhuma música de diversão, a apenas uma pontuação (do compositor do filme Marco Beltrami). Mas a realidade era, mesmo que as imagens eram bonitas, nós realmente não temos a energia que eu acho que meio que precisa ter para o filme. Então, eu vim com a ideia dessa mudança de perspectiva, explodindo uma música e, em seguida, deixá-la cair fora. Eu acho que faz o público se inclinar para a frente, e ser como, "o que está acontecendo?". E eu acho que isso é interessante.”, disse o diretor sobre a trilha sonora do longa.

"E é por isso que eu acho que eu poderia fazer este filme tão brilhante na luz do dia. Quando você faz um filme de suspense / horror, a escuridão é (seu) amigo, porque permite que a imaginação vá selvagem e quais não. Assim, você sempre acaba indo para a escuridão. Mas aqui você pode ficar tão brilhante como você quer, porque sob a água sempre vai ser mais escura. Você pode ser feliz lá em cima, visualmente, mas escuro embaixo. Essa foi uma lufada de ar fresco, visualmente, para mim, trabalhar com essa parte.”, disse o diretor sobre o oceano.

“Você só cruza os dedos e esperar o melhor. A melhor maneira de fazer isso, em teoria, é ter uma coisa física que interage com a água quando você está gravando, como semelhante a um possível tubarão. Até onde você vai? Você constrói um tubarão mecânico? E que as realidades são de que o maior que você construir, o mais difícil é para mover, por isso derrota a finalidade. Assim que acabamos de criar diferentes elementos físicos. Fizemos um fim, achamos que pudéssemos interagir com água, e depois substituímos essas coisas com CGI. Mas quando você estiver na primeira edição, você só vê os mergulhadores que espirram segurando esses objetos, ou coisas assim por meses, e um dia você tem um pouco de um tubarão que vem em tons de cinza, e você está como, “É assim que vão ver”? 'e eles são como' "Não, nós vamos continuar trabalhando nisso". E, eventualmente, torna-se melhor, mas até uma semana atrás, eu nem sabia. É no final do processo que você vê, quase no último minuto. Finalmente o filme vem em conjunto.”, disse o diretor sobre a construção e o efeito do tubarão.

“Nós não queremos CGI. Ou eu não faço. Definitivamente.Queríamos usar (uma gaivota) que talvez tivesse sido ferida na asa bem de antemão, assim que nós encontramos alguns em cativeiro, mas nós realmente tivemos sorte porque esta gaivota era uma gaivota geniosa. Houve um mínimo de treinamento, realmente, porque ele era tão boa. Ela sabia quando olhar para a câmera. Ao olhar para Blake. As pessoas definitivamente pensaram que era loucura ter uma gaivota real, mas que acabou por ser uma das coisas mais fáceis que poderiamos ter feito. E eu acho que o filme é melhor para ela.”, disse o diretor sobre a gaivota.

“Eu acho que ela estava realmente animada para fazê-lo, especialmente seu físico, e no final do dia, como um diretor, você quer encontrar um parceiro que realmente acredita no filme. (Para) algo como isso, tivemos de encontrar alguém que é 150 por cento apaixonado por ele, e ela estava. Ela queria ajudar, queria absolutamente ajudar. Por um dia, você me colocou em que a pedra ou no tanque, depois de um dia eu estaria morto (risos). Você sabe como é difícil para nadar tomada após tomada e executar no dia seguinte nadando de novo? Eu, eu sou um péssimo nadador, mas a maioria dos atores como os que tem calendário apertado, estariam doentes muito rápido. Ela não estava doente um único dia. Mesmo quando ela comeu o caranguejo, ela não ficou doente.”, disse o diretor sobre a atriz Blake Lively.

“Sim. Precisávamos de algo para mostrar que ela estava cuidando de si mesma em primeiro lugar. Blake e eu conversamos sobre isso, nós gostamos de ter a gaivota e ela é uma mulher muito madura, forte, mas não queria que ela se torna-se a Madre Teresa. Precisávamos de uma batida para mostrar que, enquanto ela é altruísta, ela tem a si mesmo como a sua primeira prioridade.”, disse o diretor sobre os cuidados com a atriz Blake Lively, sobre ter comido um caranguejo e uma aranha.

“Um monte de coisas. Eu acho que a criação de tal personagem era um. Trabalhando em um ambiente aberto, luminoso (foi) o outro, e fazendo um filme para os mais jovens. A maioria dos meus filmes tem classificação restrita a maiores, e são muito mais escuros. É completamente diferente. Eu acho que é engraçado, porque ao promover este filme, eles nem sequer mencionam os meus filmes com Liam Neeson, porque eles são tão diferentes. Eles mencionam meus filmes como A Casa de Cera , e A Orfã, que eu fiz mais cedo na minha carreira. Portanto, em termos de marketing, eu tenho a minha carreira de horror, e minha carreira de suspense. Acho que isso é mais perto da parte inicial da minha carreira, exceto com visuais muito brilhantes, por isso é diferente.”, disse o diretor sobre seu o longa, que é seu novo trabalho.

“Obrigado. Espero que sim. Eu não posso enfatizar demais a importância das cores e energia para mim, embora este é um filme de verão, distintamente. E isso é muito emocionante para mim ser capaz de fazê-lo”, disse o diretor sobre o filme, que será lançado no verão lá dos EUA.