Ponte dos Espiões - Crítica
O filme foi baseado no incidente com avião U2 em 1960 e no romance homônimo escrito por Giles Whittell “Bridge of Spies”. A direção do filme é de Steven Spielberg com o roteiro de Matt Charman e Joel e Ethan Coen. No dia 8 de setembro de 2014 foram iniciadas as filmagens, em Brooklyn e em Nova Iorque, e no dia 16 de Outubro de 2015 a Touchstone Pictures lançou o filme na América do Norte e a 20th Century Fox distribuiu nos territórios restantes.
No filme conta-se que durante a Guerra Fria, James Donovan (Tom Hanks) um advogado especialista em seguros, teve que aceitar um caso muito diferente do seu habitual trabalho, o caso era pra defender um espião soviético chamado Rudolf Abel (Mark Rylance), que tinha sido capturado pelos americanos. Mesmo sem ter experiência legal na área, Donovan se torna a principal peça para as negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética para fazer um acordo de troca entre Rudolf Abel por um piloto americano chamado Francis Gary Powers (Austin Stowell), que havia sido capturado e condenado, quando sobrevoava o território soviético. O mais interessante é que ambos eram desprezados por seus países, pois achavam que tinham dado informações secretas para os países adversários.
Foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance), Melhor Roteiro Original (Matt Charman, Ethan Coen e Joel Coen), Melhor Design de Produção (Adam Stockhausen, Rena DeAngelo e Bernhard Henrich), Melhor Trilha Sonora (Thomas Newman) e Melhor Mixagem de Som (Andy Nelson, Gary Rydstrom e Drew Kunin).
No inicio, o filme parece que seguiria o caminho dos dramas de tribunais onde os direitos constitucionais não eram respeitados por conta da política, mas ao decorrer deles podemos perceber que há muito mais do que trama de tribunais. O advogado Donovan tenta de todas as formas possíveis garantir que o espião tenha um julgamento justo, para que não seja cometido uma injustiça, mesmo ele não sendo um americano.
Atrás da imagem sombria e dos momentos de humor, podemos observar que no roteiro está a tristeza pelo fato da falência do sistema moral e judicial. O filme não tem ações eletrizantes como o esperado ao ler o titulo, o que pode causar frustração nas pessoas que esperavam por algo com cenas de mais ação. Mas os fãs de diálogos afiados e suspense com estratégia ficaram orgulhosos com o filme.
