O Quarto de Jack - Crítica
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Surpreendentemente humano, de um baita cuidado, O Quarto de Jack, mostra todo o amor de uma mãe por um filho.
O filme é inspirado no livro de mesmo nome em inglês “ROOM” (O Quarto), da escritora irlandesa Emma Donoghue, o narrador do filme é Jack um menino de 5 anos que mora num quarto de quase 8 metros quadrado, com sua mãe Joy, o quarto é a casa dos dois, um lugar único, para o menino de cabelos compridos que cumprimenta todos os moveis do quarto.
A claustrofóbica filmagem nos prende junto aos personagens, agoniza em alguns momentos, traz a possível e provável realidade de pessoas que vivem em cativeiro.
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Para Jack, tudo é lúdico, as coisas que aparecem no quarto, como roupas, comida, trazidas pelo homem que raptou sua mãe, são parte da TV, ou seja, o menino criou o mundo lúdico, pois o pequeno espaço onde mora, não o permite expandir seus horizontes para um possível mundo realístico, sua mãe criou as fantasias para o garoto não saber da horrível verdade que eles vivem.
É tocante e de cortar o coração quando o menino fica fascinando com a aparição de um rato, um ser vivo, além de sua mãe e homem. Há momentos em que vemos a dor da mãe, e sentimos isso na tela, pela fascinante atriz Brie Larson, outro banho de atuação é do ator que interpreta Jack, Jacob Tremblay. As cenas agonizam – nos, pela forma que tudo acontece, pela angustia de Joy, pelos momentos de felicidade e frustações de Jack.
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Fiquei na torcida e quem não ficou, para os dois saírem daquele cubículo chamado de quarto, que traz a dor de uma mulher que passa pelo pão que o diabo amassou ao ser raptada, estuprada e conviver com o seu estuprador e ter um filho dele, mas quem disse que isso a desestabilizou, não meus caros isso deu mais força a jovem que é uma tigresa com seu filho, ela não mede esforços para manter Jack protegido, mesmo sendo a criação de algo horrendo, pois a criança em momento algum tem culpa, do que lhe acontecerá.
Ao armarem um plano suicida para poderem ver a luz do dia, e verem a família que lhes é de direto, vemos mais uma vez o amor em sua forma pura e que esclarece como nós humanos realmente somos, debaixo das peles e ossos, o amor de uma mãe que se vê em desespero, pela sobrivênvencia e a coragem de uma criança que se abre para a realidade ao ajuda a sua mãe.
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Quando inseridos de volta a civilização, a possível não aceitação da realidade e dos anos que Joy passou fora, veem abruptamente em reações lindas de atuação, o momento em que o seu pai despreza, o seu filho é tocante. Um dos melhores filmes que mostra uma triste realidade, com absurdo cuidado, um filme merecedor de aplausos.